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Alfabetização de 6 anos

Por:   •  13/2/2018  •  2.031 Palavras (9 Páginas)  •  246 Visualizações

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Nesse trabalho pretendemos diagnosticar as dificuldades deste processo de alfabetização e levantar soluções que possam ajudar a elucidar esses problemas.

A tarefa essencial é descobrir quais as hipóteses de escrita das crianças, mesmo antes que saibam ler e escrever convencionalmente. Assim fica mais fácil acompanhar a evolução individual para planejar as intervenções necessárias que permitam que todos efetivamente avancem.

Os desafios da alfabetização

De acordo com o método construtivista uma de suas características fundamentais é a construção por parte da criança de seu próprio saber. Seguindo do ponto de que a criança sabe e reflete seus conhecimentos, organiza-os, aprofunda-os, enriquece-os e desenvolve-os. Então o professor não é o detentor do saber, mas sim um mediador do saber.

Consciente do seu papel quanto educador, professor deve focar a construção da linguagem, deixando de lado o método tradicional, não se colocando como centro do saber e usando o próprio conhecimento do aluno, assim é possível medir e participar do processo de conceituação da língua escrita.

O processo de aprendizagem da leitura e escrita deve ocorrer de forma natural, espontânea, significativa e vivenciada. O processo de assimilação do código linguístico não é uma atividade que pode ser manualmente desenvolvida e sim Uma atividade de pensamento, uma forma complexa de construção de relações.

Nesse sentido é preciso analisar um novo método que resolva os problemas da alfabetização analisando práticas de introdução da linguagem escrita, vendo até que ponto funciona os métodos de transformação seletiva e deformante de qualquer proposta inovadora de ensino. É preciso procurar sempre uma maneira de oferecer uma boa base sobre alfabetização, e incentivar a leitura pois a mesma atua de forma que haja uma alfabetização concreta e significativa para o educando, esse estimulo faz-se necessário desde os primeiros anos da criança onde tem início om processo de aquisição da linguagem e escrita.

A faixa etária analisada nesse artigo é a de seis anos, fase está onde se inicia a alfabetização na escola, segundo Piaget, teórico usado como base para desenvolvimento deste artigo essa é a fase da primeira infância, importante é o aparecimento da linguagem fase aspectos intelectual, afetivo-social da criança (interação social).

Piaget apresenta alguns conceitos importantes de alfabetização, são eles: equilibração, acomodação, assimilação, adaptação e desequilíbrio. Construindo esses conceitos temos como exemplo.

Supondo que uma criança chamada Kaique tenha aproximadamente cinco anos e reconheça os símbolos do seu nome podemos dizer que conforme Piaget Kaique tenha uma estrutura cognitiva pela qual se convencionou chamar de letra k (ou seja, conhece, reconhece o som geral).

Pois bem, em um contexto escolar, Kaique foi chamado para escrever a palavra cama, automaticamente ele escreve kma. Devido a semelhança dos sons a criança tende a adaptar os elementos comas referências cognitivas que a mesma já tem.

Sendo assim essa criança passou pelo processo eu Piaget chama de assimilação.

Quando dada a comparação da sua escrita com outra sistematização, visualizar que a primeira silaba da palavra cama se escreve comas letras ca e não k cria-se um conflito externo, ou seja, um desequilíbrio.

Kaique agora tem suas certezas abaladas e não consegue compreender um novo estimulo de imediato. Agora faz se necessário desenvolver uma outra estrutura cognitiva ou adaptar algo já existente, para que possa agregar um novo conhecimento: visto que o som de ca é escrito de maneira diferente do que Kaique pensava. Assim fica caracterizado o processo chamado acomodação. Naspolini (1996, p.184) define o processo de acomodação como “modificação do sujeito”, o ato de modificar ou mudar as estruturas cognitivas do sujeito para que possa comportar um novo conhecimento.

É importante frisar que o desiquilíbrio é necessário para o desenvolvimento da criança porque no impasse do desiquilíbrio Kaique cresceu e equilibrou seus conhecimentos novamente, isso acontecerá sempre que houver necessidade de um novo processo de acomodação dando início a um ciclo sem fim, envolvido num eterno aprender.

Naspolini alerta que a prática escolar segundo Piaget, precisa que o educador crie condições para que o educando realize trocas verbais e se sinta seguro e motivado para seguir adiante mesmo em questões desafiadoras, buscando uma reflexão da criança a todo instante.

Emília Ferreiro autora que segue a mesma linha de pensamento que o Teórico Jean Piaget, revolucionou os conceitos sobre alfabetização seu trabalho fruto de uma pesquisa realizada com crianças descreve o meio pelo qual a escrita se constitui como objeto de conhecimento. Antes a alfabetização era muito avaliada sobre a perspectiva do como ensinar. Mas Emília Ferreiro mudou o foco da alfabetização para como aprender.

Sua pesquisa tinha como base descobrir como a criança aprende a escrever, quais meios ela utiliza até chegar a escrita convencional, assim ela tira o foco da escola e volta o foco dessa prática para quem aprende. Assim contrapôs um modelo de alfabetização vigente mostrando que não é preciso a repetição de exercícios vez após vez, isso não é necessário nem torna a alfabetização eficaz. É necessário entender que existe um movimento interno do sujeito que aprende, isso o faz refletir sobre o que está construindo. Quando a criança apenas segue um modelo já estabelecido ela não reflete e não é considerada ativa.

Um sujeito intelectualmente ativo não é aquele que faz diversas coisas nem aquele que faz uma atividade admirável. Um sujeito ativo é aquele que compara, ordena, categoriza, comprova, reformula, abre hipóteses segundo seu nível de conhecimento.

Agora a alfabetização brasileira se abriu para a concepção de que o educando precisa pensar e agir para ser considerado alfabetizado (Weiz,2005).

A proposta de Ferreiro foi surpreendente: ela observou em sua pesquisa que as crianças passam por níveis de conceitos diferentes e sequenciados ao aprender a escrever, isso fez com que conceitos de construção de escrita e de erros fossem alterados. Os níveis encontrados por Ferreiro são:

Pré-silábico: Nível onde a escrita e o som da criança não tem correspondência ela registra garatujas (em linhas gerais esse termos se refere aos primeiros rabiscos infantis), desenhos sem configuração

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