A matemática e o lúdico
Por: eduardamaia17 • 5/4/2018 • 1.298 Palavras (6 Páginas) • 292 Visualizações
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Assim, aprendizado e prazer, educação e jogo, podem e devem fazer parte do cotidiano de um ambiente escolar.
- Justificativa
A matemática é considerada por muitos como uma disciplina difícil e desmotivadora. Essa postura não é diferente para as crianças do Ensino Fundamental. É notável a dificuldade em realizar operações matemáticas, principalmente a subtração e a divisão, nesta fase.
A melhor alternativa é fugir do ensino tradicional e recorrer ao lúdico. A relação das crianças com o jogo é bem mais aceita, aumentando a concentração e o interesse, intervindo assim de maneira sutil no seu cognitivo.
Essa pesquisa foi impulsionada pela vontade de comprovar a importância das atividades lúdicas nas séries iniciais, principalmente na tarefa desafiadora que é tornar o aprendizado da matemática prazerosa. Foi-nos possível observar a utilização dos jogos na Matemática em sala de aula, enfatizando o Colégio Novas Ideias, do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, na cidade de Vitória da Conquista – Bahia.
- Objetivos
- Objetivo Geral
Analisar o desenvolvimento intelectual matemático através dos jogos.
- Objetivos Específicos
- Verificar se os jogos conseguem despertar o interesse dos alunos pela disciplina.
- Identificar os jogos mais eficazes no cumprimento desse papel.
- Identificar que o lúdico é uma atividade simples e eficaz.
- Analisar a crescente sociabilização e socialização das crianças, devido os jogos.
- Relatar o aumento da criatividade, concentração e concepção de estratégias.
- Hipótese
A aprendizagem da matemática é mais eficaz e prazerosa com atividades lúdicas.
- Referencial Teórico
No decorrer da história da humanidade os jogos se tornaram universais por fazer parte da cultura dos povos.
Não se pode afirmar ao certo como e quando surgiram os jogos. Os registros afirmam que eles eram realizados com a função de enaltecer as estratégias de um grupo.
Inicialmente eram praticados apenas pelas castas mais baixas e secretamente. Os escravos de Jó jogavam Caxangá.
Posteriormente os jogos foram ganhando lugar junto a grandes nomes como o Rei Arthur, que tinha a sua famosa mesa redondo para jogar com seus amigos; Teseu que inventou o labirinto; Galileu Galilei com o seu tão polêmico jogo dos Planetas Dançantes, entre muitos outros da história. Demonstrando assim o revelador valor dos jogos, seu grande nível de estratégias e seu grande poder de concentração.
O jogo está na origem do pensamento, na descoberta de si mesmo, na possibilidade de testar, de criar e transformar o mundo.
Na Grécia antiga, Platão (427-348) defendia a utilização dos jogos educativos a partir dos primeiros anos de vida da criança e ele acreditava na importância dos jogos para a formação do cidadão.
Quando se tem início os exercícios lúdicos?
A partir da primeira fase de vida, que é por puro reflexo. A interpretação do jogo para aquele que joga é um pré-exercício dos instintos essenciais.
Na segunda fase, o jogo parece se relacionar com os reflexos e com as condutas de adaptação.
Já na sua terceira fase de vida a assimilação intelectual é um pouco mais nítida, se tornando cada vez mais definida na fase de vida posterior até conseguir atingir seu mais alto nível de concentração e coordenação.
O ensino em sala de aula quanto mais atrativo, mais resultados conferem ao trabalho do professor, pois isso reflete no processo de aprendizagem.
A criança aprende brincando, então porque não brincar em sala de aula? Enquanto brinca a criança enriquece a sua personalidade, estruturam os seus pensamentos e raciocínio lógico, sua criatividade, sua concentração, sua curiosidade, o companheirismo, sua autoconfiança e autoestima, passando a ser um processo de transformação.
No entanto, o sentido verdadeiro da educação lúdica só estará garantido se o professor estiver preparado para realizá-lo, para tanto precisa conhecer os fundamentos da mesma.
Assim é notório que o lúdico apresenta uma concepção teórica, profunda e prática, atuante e concreta, oferecendo alternativas pedagógicas que facilitam o processo de ensino e aprendizagem da matemática. Desta forma torna possível e também prazerosa despertar o interesse pelo conhecimento matemático.
Durante a nossa observação no estabelecimento de ensino – o Colégio Novas Ideias foi notável o uso do Material Dourado e do Xadrez como métodos lúdicos de ensino.
Observamos que o uso do Material Dourado, criado pela médica Maria Montessori (1870-1952), esteve presente na instituição de ensino de forma mais agradável, conseguindo estabelecer relações numéricas abstratas por uma imagem concreta. Já o hábito de se jogar xadrez se fez notar pelo surgimento de inúmeras habilidades destacando-se desde a euforia à concentração, o raciocínio rápido, porém lógico e elaborado, ajudando em seu rendimento escolar e no desenvolvimento social.
- Metodologia
Este trabalho será desenvolvido obedecendo duas etapas. A primeira etapa de caráter teórico será realizada a partir da coleta de dados através de livros, consulta à Internet, profissionais de ensino, psicólogos infantis e familiares dos alunos do ensino fundamental. A etapa seguinte obedecerá a elaboração dos trabalhos de campo e de gabinete.
- Trabalho de campo
Essa pesquisa será realizada no município de Vitória da Conquista, em estabelecimentos de ensino, tanto da rede pública quanto da rede privada, que utilizam ou não o método lúdico de ensino, afim de comparação.
- Coleta de dados
Em princípio serão selecionados os jogos que correspondam às expectativas do projeto (as quatro operações básicas), que deverão ser jogados pelos participantes
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