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Uma Nova Lusitânia

Por:   •  15/10/2018  •  749 Palavras (3 Páginas)  •  286 Visualizações

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O autor enfatiza que o engenho de açúcar constituiu inicialmente a prolongação da loja, do comércio e da vida urbana. As primeiras fábricas foram edificadas nos arredores de Olinda, como o engenho do Salvador do Mundo, levantado por Duarte Coelho, e o de Nossa Senhora da Ajuda, erguido pelo seu cunhado. É feita uma comparação entre o Pernambuco pós-duartino e a ilha de Barbados, segundo o qual o domínio da grande lavoura ocorrido nessa ilha não atingiu a capitania de Pernambuco devido ao contrapeso oferecido pela continentalidade, isto é, pela relativa elasticidade da oferta de terras e pela presença de população nativa, condições inexistentes em Barbados.

Segundo o autor, toda a estrutura do engenho eram idéias importadas do modelo madeirense, a exceção era a senzala. Seguindo o costume dessa ilha, os engenhos eram designados pelo nome do seu proprietário. Costume muito comum em Pernambuco e na Bahia. Quando, no passar do tempo, o nome do dono foi deixado de lado, a propriedade passou a chamarse apenas engenho Velho ou engenho Novo.

Como na Madeira, em lugar de “engenho”, usava-se a voz “terras” (“terras de Pero Dias da Fonseca”) ou “fazenda” (“fazenda de Vicente Correia”). Somente a partir do final de Quinhentos é que aparecem os dois outros critérios que vinte, trinta anos depois substituirão o costume de usar o nome do proprietário. O primeiro é o orago, mas que dependia de se dotar de capela o engenho de açúcar. O outro critério é o topônimo indígena: “engenho Araripe”, procedente do rio em cuja margem se ergueu a fábrica. Ambos os critérios podiam ser usados para a mesma propriedade.

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