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UMA RÉPLICA

Por:   •  17/4/2018  •  1.647 Palavras (7 Páginas)  •  250 Visualizações

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UMA CONTRIBUIÇÃO PARA O DEBATE

Kohachiro Takahashi

Os Studies de Dobb, ainda que não se restrinjam ao desenvolvimento do capitalismo inglês, não dão a devida atenção aos trabalhos franceses e alemães, que certamente não se encontram em nível inferior aos ingleses.

Tanto os Studies de Dobb quanto a crítica de Sweezy começam com definições conceituais gerais de feudalismo e capitalismo, que não são mera questão de terminologia, mas envolvem métodos de análise histórica.

Dobb, rejeitando os conceitos tradicionais correntes entre historiadores "burgueses", procura a essência da economia feudal nas relações entre os produtores diretos (artesãos e camponeses cultivadores) e seus senhores feudais. Este enfoque caracteriza o feudalismo como um modo de produção, é crucial para a definição de feudalismo dada por Dobb, e em geral coincide com o conceito de servidão.

Sweezy critica a identificação feita por Dobb de feudalismo com servidão. Sweezy nega que a servidão constitua uma categoria histórica em separado. Todavia, não indica o que constitui a forma de existência específica da força de trabalho própria ao feudalismo como modo de produção.

Minha opinião é a seguinte: Ao considerarmos os modos de produção antigo, feudal e burguês moderno como os principais estágios da história econômica, a primeira coisa a considerar deve ser sempre a forma de existência social de produção. Ora, certamente as formas (tipos) básicas de trabalho são a escravidão, a servidão e o trabalho assalariado livre; e positivamente está errado, como uma concepção geral, separar a servidão do feudalismo. A questão da transição do feudalismo para o capitalismo não é apenas uma transformação em formas de instituições econômicas e sociais. O problema fundamental deve ser a mudança na forma de existência social da força de trabalho.

Muito importante é a ênfase posta por Dobb no fato de que o capitalismo surgiu do pequeno modo de produção, o qual alcançou sua independência e ao mesmo tempo promoveu sua diferenciação social a partir do seu próprio interior. A tese de Dobb apresenta a questão histórica em duas fases: primeiro, a pequena produção estabeleceu-se gradualmente como base sólida da sociedade feudal; depois, essa produção em pequena escala, em consequência do aumento da produtividade, fugiu às restrições feudais, e chegou à sua própria desintegração, criando assim as relações capitalistas.

UM COMENTÁRIO SUPLEMENTAR

Maurice Dobb

Dobb admite a importância do artigo do professor Takahashi para ajudar na compreensão dos relevantes problemas da transição do feudalismo para o capitalismo. Dobb diz que Takahashi está justificado quando critica que ele não deu a devida atenção para trabalhos franceses e alemães, e considera que o nome do livro dele “ Estudos sobre o desenvolvimento do capitalismo “ indica o caráter seletivo e parcial. Não tinha a intenção de abranger os estudos, mas apenas fazer uma análise dos aspectos cruciais de certas fases, tomando a Inglaterra como exemplo clássico. Em segundo, quando Dobb diz que no século XIV ao XVI na Inglaterra não era nem feudalismo nem capitalismo, não era a própria conclusão dele a respeito. Ele considera que nessa parte expressou apenas uma dificuldade de muitos estudiosos de entender essa parte da história e não queria endossar esta parte. E quando considera a época como um processo “ transitório ”, o professor Takahashi diz que isso só foi utilizado na “ Réplica “, porém Dobb afirma que aparece na página 20 de seu livro. Ele afirma que a desintegração do feudalismo não resultou de um “ capitalismo mercantil “ em conjunto com a “ economia monetária “, mas da revolta dos pequenos produtores contra a exploração feudal. O modo capitalista de produção nasceu desse processo de desintegração dos pequenos produtores, que se diferenciaram socialmente, porém apenas depois que se madurou, no processo de transição do declínio do feudalismo. Por causa dessa necessidade de amadurecimento do capitalismo, que essa fase precisou de um intervalo entre o declínio do feudalismo e o capitalismo propriamente dito. Em terceiro, Dobb diz que Takahashi julgou-o dizendo que tinha deixado claro no capítulo sobre “ A ascensão do capitalismo industrial “ que considerava esse sistema não como uma forma econômica homogênea, mas antes uma denominação genérica para um fenômeno complexo que abrangia vários tipos diferentes. ”

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