POR OUTRA GLOBALIZAÇÃO
Por: Lidieisa • 14/5/2018 • 2.512 Palavras (11 Páginas) • 321 Visualizações
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No terceiro capítulo do livro “Uma globalização perversa”, Milton Santos, nos diz de forma histórica que, no final do século XX acontecia uma unificação, que na verdade se transformou na globalização perversa, que não passa de uma dupla tirania, pois é formada pelo dinheiro e pela informação. A interferência desta globalização na vida social pretende gerar a competitividade, que abala sistematicamente a vida cotidiana, e acaba confundindo em vez de esclarecer. Como se sabe se houver a desestruturação da noção de bem público e de solidariedade, consequentemente se desencadeia novos papeis políticos às empresas, contudo no que diz respeito à vida social. A agressividade das informações se apropria de técnicas para solucionar problemas particulares e para atender alguns estados ou algumas empresas, consequentemente se sucede a eliminação do processo de desigualdades. As técnicas hegemônicas como filhas da ciência, podem ser consideradas como infalível, se tornando umas das fontes do pensamento único. Milton Santos nos monstra o Surgimento um mundo mágico dominado pelo globalitarismo que desregula, quase que por completo, todo o funcionamento habitual. Sobretudo, neste pensamento, acredita-se que todo cidadão e cidadã que se preocupe com o futuro terá a função de elaborar um novo discurso.
A violência estrutural é a base da produção dos outros tipos de violência, na qual constituí a violência atual é motivada pelo autoritarismo e sobretudo pela globalização, consagrando afinal o fim da ética e o fim da política. O dinheiro, em estado puro, surge numa nova noção de riqueza.
Milton Santos nos descreve que existem três formas de pobrezas, a primeira é a pobreza incluída, uma pobreza acidental, que as vezes é residual ou sazonal e sobretudo sem vasos comunicantes. Antes, a pobreza era de certa forma acidental, residual, estacional, enfim se produzia em um lugar e não se comunicava com outros lugares. Existia um tipo de pobreza menos discriminatória, para daí poder-se falar de pobres incluídos, a segunda, a marginalidade como doença da civilização produzida pelo processo econômico da divisão do trabalho internacional ou interno, admite-se que poderia ser corrigido a que era buscado pelas mãos dos governos e a terceira seria dívida social é a pobreza estrutural como dívida social que deve ser analisada de um ponto de vista moral e político. A convergência das causas é considerada até mesmo um fato natural criando uma espécie de naturalização da pobreza que agora são interpretados como excluídos obedecendo.
No quarto capítulo do livro “O território do dinheiro e da fragmentação”, Milton Santos nos revela que no mundo da Globalização tudo ganha uma nova face, ele nos apresenta o território do dinheiro e da fragmentação, pois para Milton Santos o espaço geográfico ganha novos contornos, novas características e novas definições.
Em relação aos pactos coloniais e as nações imperiais, ocorria uma produção por meio da política do Estado e dentro de cada Estado ocorria uma compartimentação e solidariedade, assim como uma economia territorial e uma cultura territorial, tudo tem uma relação com a rapidez, fluidez e fragmentação. O mundo da rapidez e da fluidez, atualmente, se dividiu com fluidez virtual, pois foi possível pela presença de novos sistemas técnicos, assim como a fluidez efetiva ou potencial, àquela gerada pelo exercício da ação por empresas e instituições, compreender as políticas e as técnicas atuais são possíveis pela separação dos espaços da pressa, daqueles propícios à lentidão seguida por um processo de unificação, diferentemente da união. Quanto mais racionais forem as regras de sua ação individual, tanto menos serão respeitadas no entorno econômico, social, político, cultural, moral ou geográfico. Um elemento de perturbação e mesmo de desordem, no quesito de competitividade versus solidariedade, deve estar em estado de interatividade com o território, porém como forma de alienação do território e com outras formas de alienação. A agricultura científica globalizada em relação à alienação do território nos últimos séculos, devido à humanização e à mecanização do espaço geográfico, apresentaram uma considerável mudança de qualidade, chegando recentemente à constituição de um meio geográfico a que podemos chamar de meio técnico-científico informacional e o dinheiro passou a ser uma informação indispensável para este período. O dinheiro é a inversão da vida e das relações, ele aparece em decorrência de uma atividade econômica em que o intercambio já não é mais satisfatório e o território dependente do dinheiro necessita da criação de uma espécie para manifestar a vida social de forma que o dinheiro se torne utilizável nos diferentes territórios, nos quais, devido o crescimento do comércio interno e externo, a necessidade do controle econômico foi decorrente e consequente a um período em construção, o do Estado territorial, o do território nacional e o do Estado nacional, todos regentes do dinheiro e do comércio local. Desta forma, analisando a verticalidade dos territórios, pode-se constatar que um conjunto de pontos formando um espaço de fluxos, um subsistema, dentro da totalidade-espaço e este sistema de redes, serve para produção do espaço de fluxos.
No capitulo cinco “Limites à globalização perversa”, Milton Santos nos fala dos limites à globalização perversa, a promessa de que as técnicas contemporâneas pudessem melhorar a existência de todos, caem por terra e o que se observa é as expansões aceleradas da escassez, atingindo as classes médias e criando mais pobres. A situação contemporânea revela três tendências, primeiro uma produção acelerado, segundo uma incorporação limitada de modos de vida dita racional, terceiro uma produção limitada da carência e escassez. Nessa situação as técnicas, a velocidade, a potencia criam desigualdades e paralelamente, necessidades por que não há satisfação para todos, não é que a produção necessária seja globalmente impossível. Mas o que é produzido necessário ou desnecessariamente é desigualdade distribuído, daí a sensação e depois a consciência de escassez, pois aquilo que falta a um, outro mais bem situado na sociedade possui. Para Milton Santos o reino da necessidade existe para todos, mas de formas diferentes, uma para possuidores e outra para não possuidores. Para os possuidores cabe a fuga na escassez, e como o processo de criação de necessidades é infinito impõem a eles um circulo vicioso como a rotina da falta de satisfação. Quanto aos não possuidores viver na esfera do consumo é como subir uma escada rolante no sentido contrário, isto é cada dia
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