O Imperalismo
Por: Lidieisa • 25/1/2018 • 2.494 Palavras (10 Páginas) • 299 Visualizações
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As nações imperialistas tentam estabelecer algumas justificativas com o objetivo de desviar o foco e a pecha de responsáveis por inúmeros impactos negativos nos países dominados. O “projeto civilizatório” imposto pelos partidários do neocolonialismo acabou trazendo mudanças e problemas que não se extinguirão
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ainda hoje, onde podemos observar bem nítido nos países africanos e asiáticos onde foram efetivados terríveis controles e conflitos catastróficos.
MAPA POLÍTICO DO CONTINENTE AFRICANO
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CONFLITOS EM RUANDA E BURUNDI
Uma das mais delicadas questões da atualidade pode ser observada, com relação ao processo de ocupação territorial, muitas vezes ignorando a história e as diferenças étnicas de uma mesma localidade, forçando agrupamentos de tribos e etnias rivais, como exemplo, podemos citar os hutus e os tutsis, em Ruanda e Burundi. Os territórios dos países de Ruanda e Burundi são palco de conflitos entre Hutus e Tutsis, dois povos africanos que lutam pelo controle territorial desses dois pequenos países. Os territórios de Ruanda e Burundi formavam um único país que era denominado Ruanda-Burundi e pertencia à Alemanha. Após a derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, a partir de 1919, o país passou, como uma
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mercadoria simples, com uma “sessão de direito” ao domínio da Bélgica.
Essa região era governada conjuntamente pelos Tutsis (15% da população) e pelos Hutus que era a maioria (85% da população), os belgas escolheram os Tutsis para governar o país, subjugando a maioria Hutu.
Em 1959, após inúmeros conflitos sangrentos entre Ruanda e Burundi e entre Hutus e Tutsis até hoje ocorre, com algumas tréguas e retomadas dos conflitos, acarretando um grande número de mortes de crianças e velhos principalmente.
Em abril de 1994, o presidente ruandês Juvénal Habyarimana (um hutu) foi morto em um atentado contra o seu avião em que viajava. Logo no dia seguinte, o genocídio começou. Sem apresentar provas, as lideranças hutus acusaram os tutsis pelo assassinato do presidente e conclamaram a população a iniciar a matança. Horas depois, as milícias hutus já avançavam contra vilarejos e cidades por todo o país, matando tudo que viam pela frente. Postos de controle foram estabelecidos nas ruas. Pessoas identificadas como membros da minoria tutsi eram sumariamente executados.
O massacre sistemático no país contra os tutsis causou um deslocamento maciço da população para os campos de refugiados situados nas áreas de fronteira, em especial com o Zaire (hoje República Democrática do Congo) e Uganda. Em agosto de 1995, tropas do Zaire tentaram forçar o retorno desses refugiados para Ruanda. Catorze mil pessoas foram então devolvidas a Ruanda, enquanto outras 150.000 refugiaram-se nas montanhas.
Mais de 500 000 pessoas foram massacradas entre 7 de abril e 15 de julho de 1994 (algumas fontes dizem até 1 milhão de pessoas teriam sido mortas). Quase todas as mulheres foram estupradas. Muitos dos 5 000 meninos nascidos dessas violações foram assassinados.
O genocídio só terminou quando a Frente Patriótica Ruandesa derrotou o governo e se instalou definitivamente no poder. Até os dias atuais, o massacre deixa um profundo legado em Ruanda. O país segue enfrentando problemas étnicos e religiosos, ao mesmo tempo em que sofre com dificuldades econômicas e
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corrupção, gerando extrema pobreza entre a população.
Mesmo com a saída das potências indústrias, estas regiões se mostram assoladas por conflitos, guerras civis e genocídio por diversas razões.
Considerando que o aspecto fulcral deste trabalho é o imperialismo, vamos recordar a um dos fatos que se encaixam como o emblema desse processo e outros fatos associados que explicam os impactos negativos no planeta.
Entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885 foi realizado o Congresso de Berlim. Neste encontro, os países europeus imperialistas organizaram e estabeleceram regras para a exploração da África. Como já foi comentado antes, nessa divisão territorial foram desprezados os diferentes tipos de cultura e etnias dos povos dominados.
Devido ao fato de terem os mesmos interesses, os dominadores passaram a lutar entre si para se sobressaírem comercialmente. O governo dos EUA, já imperialista, colonizava a América Latina e percebendo a importância de Cuba no cenário mercantilista mundial, invade a ilha, que estava sob o domínio da Espanha.
Em 1823, o presidente norte-americano James Monroe decreta a doutrina Monroe, que tinha como lema “A América para os americanos”, decretando a América Latina como sua área de influência econômica e geopolítica.
Ao continente africano, vários fatos marcantes ocorreram ligados ao imperialismo que ainda reinava em terras já abandonadas ou monitoradas pelos colonizadores.
Na Nigéria ocorre a Guerra de Biafra, conhecida também como guerra civil nigeriana, ocorrida de 1967 a 1970, onde uma região denominada Biafra desejava a separação para formar a República de Biafra. A guerra de Biafra foi uma das mais cruéis da época, tendo sido a mais bem coberta pela imprensa internacional com imagens chocantes de mortes de militares, civis, mulheres e crianças.
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APARTHEID NA ÁFRICA DO SUL
O imperialismo também deixa seus tentáculos na África do Sul, onde uma minoria branca segrega à maioria negra, com leis cruéis que ficou conhecida como Apartheid.
O apartheid foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a1994 pelos sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul, no qual os direitos da maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca.
A segregação racial na África do Sul teve início ainda no período colonial, mas o apartheid foi introduzido como política oficial após as eleições gerais de 1948. A nova legislação dividia os habitantes em grupos raciais ("negros", "brancos", "de cor", e "indianos"), segregando as áreas residenciais, muitas vezes através de remoções forçadas. A partir de finais da década de 1970, os negros foram privados de sua cidadania, tornando-se legalmente cidadãos de uma das dez pátrias
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