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LAPIDAÇÃO

Por:   •  22/3/2018  •  3.954 Palavras (16 Páginas)  •  284 Visualizações

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Este é o processo mais usado atualmente para transformação de termoplásticos devido à sua rapidez, à diversidade de peças que podem ser obtidas e à precisão dimensional. Neste processo fabricam-se desde pequenas utilidades domésticas sem requisitos funcionais elevados, até peças automobilísticas ou aeroespaciais que demandam precisão dimensional e características funcionais elevadíssimas. Também são injetados desde minúsculas peças até para-choques de carros, painéis inteiros de veículos e caixas d'água.

[pic 4]

PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO COURO

O objetivo de transformar a pele em couro é, por um lado, preservar as propriedades originais como resistência à tração, viscoelasticidade e abrasão, e, por outro, eliminar problemas, tais como a facilidade de decomposição e rigidez ao secar e, ainda, acrescentar outras vantagens, como a resistência térmica e permeabilidade aos gases

Durante o processo de curtimento, as peles são submetidas às etapas químicas de caleiro, desencalagem, purga, desengraxe, piquelagem, curtimento, neutralização, recurtimento, tingimento, engraxe e acabamento e às etapas mecânicas de descarne, divisão, enxugamento, rebaixamento, estiramento, vácuo, toogling, lixamento, amaciamento, prensagem e medição .

[pic 5]

No caleiro, a camada epidérmica é eliminada da derme, com os pêlos ou a lã, conforme o caso, por meio da destruição das pontes de dissulfeto que unem duas cistinas, principal constituinte da queratina, produzindo um afrouxamento da estrutura fibrosa do colágeno com o objetivo de prepará-la para os processos de curtimento. Nessa etapa, as peles são tratadas com hidróxido de cálcio (cal), sulfeto de sódio, aminas e enzimas.

O tratamento das peles com produtos alcalinos favorece o intumescimento, importante para as operações mecânicas de descarne e divisão. No descarne, é eliminada a hipoderme, camada subjacente à derme, constituída de tecido muscular e adiposo na divisão, a espessura da pele é separada em duas metades.

[pic 6]

Na desencalagem, é feita a eliminação da cal que está quimicamente ligada ao colágeno, na forma de sais solúveis formados na reação com produtos químicos amoniacais ou ácidos não-intumescentes, preparando a pele para receber a purga .

A purga é realizado com enzimas proteolíticas visando à limpeza da estrutura fibrosa (colágeno), atuando sobre as proteínas globulares, glândulas, gorduras naturais e componentes queratínicos degradados no caleiro

A enzima da purga tem seu melhor desempenho em PH e temperatura do banho, específicos, dependendo da sua origem e concentração.

Após a purga, as peles ainda apresentam gorduras naturais entre a estrutura fibrosa que devem ser eliminadas para não interferirem nas etapas posteriores. Os sistemas de curtimento modernos empregam o desengraxe desde o caleiro até o curtimento, utilizando tensos ativos, solventes e enzimas adequadas ao PH de cada etapa.

No píquel, etapa que antecede o curtimento, as peles são preparadas para receberem os agentes curtentes que podem ser inorgânicos de origem mineral, ou orgânicos de origem vegetal, sintéticos, e aldeídos.

Na composição do píquel, além da água utilizada, são empregados ácidos orgânicos e inorgânicos e cloreto de sódio, na concentração mínima de 6º Baumè com a função de inibir o intumescimento da estrutura fibrosa, pois o PH elevado na faixa ácida tem a capacidade de intumescer a pele.

O PH dessa etapa interrompe a ação da purga, desativando as enzimas.

[pic 7]

No final do píquel, as peles devem estar isentas de substâncias que não contribuem para o curtimento e condicionadas para receber o agente curtente que irá transformá-las em couro, material estável e imputrescível.

Após o curtimento, o couro não deve retrair quando colocado em contato com água quente. Isto indica que foi incorporada e combinada com o colágeno a quantidade adequada de curtente, sendo o método muito empregado na avaliação das peles curtidas ao cromo. No final do curtimento ao cromo, os couros recebem a denominação, pois apresentam a cor azul determinada pelo cromo. Nessas condições, podem ser armazenados por longos períodos, se receberem o tratamento com fungicidas e forem mantidos envoltos em plástico para evitar a desidratação.

Após o curtimento, os couros são enxugados e rebaixados para a espessura próxima àquela solicitada pelo mercado e classificados quanto à ocorrência de defeitos. Após a classificação seguem para a neutralização ou desacidificação, para o pH ser adequado à penetração e fixação dos produtos de recurtimento

O recurtimento é executado após a etapa de neutralização ou antecedendo-a, e visa a definir parte das características físico-mecânicas, tais como maciez, elasticidade, enchimento e algumas características de toque e tamanho de poro (abertura do folículo piloso). Os produtos de recurtimento são empregados isoladamente ou misturados e podem ser orgânicos ou inorgânicos. No mesmo banho de recurtimento ou em um novo banho, os couros são tingidos com corantes aniônicos ou catiônicos dependendo do PH do substrato e do efeito desejado .

As fibras do couro ainda úmido deslizam facilmente entre si, mas, com a secagem, ficam rígidas por causa da sua desidratação e aglutinação, formando uma estrutura compacta. A operação de engraxe é realizada com a finalidade de incorporar substâncias lubrificantes no couro visando à maciez. Os lubrificantes mantêm as fibras do couro separadas e permitem o deslizamento de umas sobre as outras. Após o engraxe é aumentada a resistência ao rasgamento e à distensão da flor (camada lisa e externa do couro). A composição, a quantidade e as combinações dos lubrificantes determinarão produtos distintos com diferentes graus de hidrofugação e maciez .

Após as etapas de neutralização, recurtimento, tingimento e engraxe, os couros são estirados e submetidos ao vácuo para a eliminação do excesso de água, e secos naturalmente no ambiente interno do curtume ou na estufa. Na seqüência à secagem, os couros são recondicionados (para adquirirem a umidade adequada para a operação de amaciamento), amaciados, enviados para o lixamento e, posteriormente, para o acabamento final, com aplicação de resinas e lacas e prensados, para a fixação e apresentação do aspecto definitivo.

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