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GLADIADORES: GUERREIROS DESTEMIDOS OU FANTOCHES IMPERIAIS?

Por:   •  16/10/2018  •  1.651 Palavras (7 Páginas)  •  246 Visualizações

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O coliseu foi o palco principal para os combates sangrentos e brutais dos gladiadores, onde o imperador, o senado e o povo assistiam com euforia as lutas dos escravos combatentes. Era capaz de abrigar 50 mil pessoas e era usado para diversos espetáculos. Foi usado para os espetáculos por aproximadamente 500 anos e deixou de ser usado no início da Idade Média e tempos depois foi usado para habitação, oficina, forte, sede de ordens religiosas e até como tempo cristão.

O coliseu foi inaugurado no ano 80 d.C. sob o mandato de Tito, para a celebração da finalização da construção.

No coliseu foram realizados diversos espetáculos, muitos realizados na urbe. Vários combates entre gladiadores não eram financiados pelo Estado, eram financiados por pessoas em busca de poder e prestígio. Um dos tipos de espetáculos que eram praticados no coliseu era a luta contra animais selvagens, chamada de venatio. Os animais que geralmente eram enfrentados eram os grandes felinos, como panteras, leões, leopardos, mas utilizaram também outros tipos como rinocerontes, hipopótamos, girafas e crocodilos. Nos combates contra animais, para relembrar batalhas famosas, eram criados cenários com árvores e edifícios.

Recentes descobertas atestam que era possível inundar o coliseu para realizar naumaquias, ou seja, batalhas navais, pois o coliseu tinha dutos subterrâneos que podiam ser inundados por aquedutos que traziam água de longe. Acreditam-se que o coliseu foi construído onde existia um lago chamado de Palácio Dourado de Nero.

4 O HOMEM QUE DESAFIOU ROMA

A história fala de um homem livre que desertou do exército romano e acabou tornando-se escravo, este homem era o célebre Spartacus. Capturado, foi vendido na cidade de Cápua para um importante cidadão chamado Lêntulo Batiato. Lêntulo Batiato era um homem que tinha por ocupação alimentar de modo farto, treinar e manter grande número de combatentes.

Spartacus foi um homem que apoiado por outros escravos fugitivos criaram uma resistência contra o exército romano fugindo e resistindo aos ataques dos soldados romanos. As autoridades romanas estavam bastante preocupadas com as revoltas dos escravos, e enviaram expedições para deter Spartacus e seus companheiros. A primeira expedição foi comandada por Clódio, este e seus soldados sitiam Spartacus e seus companheiros. Porém Spartacus já tinha um plano contra essa investida de Clódio e seus soldados, eles cortaram videiras e as fizeram como escadas e atacaram Clódio e seus soltados pela retaguarda surpreendendo-os, tomando o acampamento dos soldados romanos e vencendo a luta. Roma forma uma nova frota para deter Spartacus, comandada por Públio Varíno, este mais experiente que Clódio, levando consigo 3 mil homens nessa investida contra Spartacus. Públio Varíno falhou na missão de derrotar Spartacus. As notícias dos feitos de Spartacus logo se espalharam por toda a Roma e o gladiador escravo passou a ser um dos temores dos romanos.

Com as sucessivas derrotas e as ameaças provenientes dos numerosos gladiadores rebeldes de Spartacus, o senado fica extremamente alarmado com essa situação. Essa situação lhes causava medo e vergonha tanto por serem homens vencidos por escravos audaciosos quanto pelo perigo que a península Itálica passava.

Foi então incumbido de mais uma investida contra Spartacus e os rebeldes o general Marco Crasso. Crasso os perseguiu implacavelmente, e quando conseguiu derrotar mandou crucificar seis mil dos derrotadas ao longo da via Ápia.

O objetivo de Spartacus era ser livre e regressar para sua terra, a Gália Cisalpina e dispersar seus homens para voltarem para suas terras. Não se pode comprovar que Spartacus tinha intenções de reformar a sociedade, como pode ser visto no filme Spartacus de Stanley Kubrick 1960.

Acontecimentos no final de 73 A.C. e início de 74 A.C. indicam que haviam grupos independentes e operacionais de escravos. Uma dessas facções desejavam fugir para os alpes, enquanto as outras preferiram ficar e saquear o sul da Itália.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em suma, a visão que a maioria das pessoas tem a respeito dos gladiadores não está de um todo errada, até por que eles realmente eram escravos, porém, devemos levar em consideração que a história em si não é totalmente imutável, novos fatos, novos achados sempre contribuem para o esclarecimento e renovação de muitos fatos já estabelecidos e firmados outrora. Portanto, é imprescindível vermos os gladiadores de uma forma mais ampla, levando em consideração que apesar de serem escravos e verdadeiras marionetes dos imperadores romanos, os gladiadores não eram apenas isso, ansiavam e lutavam bravamente por sua liberdade e honra.

Muitos veem os gladiadores como guerreiros brutais e não se atentam ao fato de que muitas vezes participavam das lutas sangrentas por não terem outra alternativa. Sua luta em si, pode-se dizer que era a parte menos difícil, pois manter-se vivo naquelas circunstancias era extremamente complicado, por que a luta no coliseu era algo inevitável pois se não morressem em consequência da luta teriam a esperança de um dia conquistar a tão sonhada liberdade. Por outro lado, ao se recusarem a lutar eram punidos severamente, o que ocasionava muitas vezes em sua morte.

6 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SILVA, Ezequiel Camilo da. Gladiadores; Editoria Bubok S.L 1ª Edição, 2013: Portugal.

Gladiador, Ridley Scott, Russel Crowe, Joaquin Phoenix, Connie Nielsen. Dreamworks, Universal Studios, 5 de maio de 2000.

CANDIDO, Maria Regina. ROMA e as Sociedades da Antiguidade, Política, Cultura e Economia; NEA/UERJ, 2008. (Artigo Científico Disponível em: http://www.nea.uerj.br/publica/e-books/roma_e_as_sociedades_da_antiguidade.pdf).

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