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Descolonização da Ásia e da África

Por:   •  29/3/2018  •  2.527 Palavras (11 Páginas)  •  299 Visualizações

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Estas deveriam realizar-se após julho de 1956, mas nunca serão convocadas. Bao Dai nomeia o 1-ministro Ngo Dinh Diem, enquanto o Vietminh assume formalmente, em 2/9/1945, o controle do Norte. Na guerra, a França perde 92.800 dos 470 mil soldados da tropa colonial e da metrópole; o Vietminh possui 375 mil soldados, mas não há dados exatos sobre suas perdas. A guerra repercute também nos dois outros países da Indochina.

- Laos

Autônomo desde 1949, divide-se em três grupos políticos: os neutralistas, do príncipe Suvana Fuma; os pró-comunistas, do príncipe Suvanavong; e os nacionalistas de direita, do general Fumi Nosavan. Em 1950, Suvanavong funda o Pathet Lao (Laos Livre), dissidência do movimento de resistência anticolonialista Lao Issarak. Passa a controlar as regiões de fronteira com o Camboja e o Vietnã, em aliança com os revolucionários desses países; e boicota as eleições exigidas pela Conferência de Genebra (1954), que determinara a partilha da Indochina e a independência do Laos.

Entre 1956 e 1960, os ataques do Pathet Lao e as tentativas de golpe de Fumi desgastam a coalizão de Suvana Fuma, que tem de fugir para o Camboja. Pressionadas por tropas americanas, as três facções concordam, na II Conferência de Genebra, de 1962, com a neutralidade do país e o retorno de Suvana.

- Camboja

Autônomo dentro da União Francesa desde 1946, torna-se independente em 1954 e seu chefe de Estado, o príncipe Norodom Sihanuk, declara-o neutro. Mas essa posição não agrada à extrema direita das Forças Armadas, em vista do aparecimento do Khmer Vermelho, grupo de extrema esquerda que age na clandestinidade. Em 18/3/1970, o golpe do general Lon Nol derruba Sihanuk e permite a entrada de tropas americanas no país, para combater o Khmer Vermelho e seus aliados do vietcong.

- Subcontinente indiano

No início do séc. XX, a Índia, cujo território incorpora os atuais Paquistão e Bangladesh, é o centro do Império Britânico. O movimento de libertação é organizado, a partir de 1919, pelo advogado hindu Mohandas Ghandi, que viria a ser conhecido como o Mahatma (grande alma). Ele prega a resistência pacífica e luta por reformas sociais e econômicas que deem melhores condições de vida a 60 milhões de párias contra os monopólios britânicos.

Em 1942, o Partido do Congresso (P do C), fundado pelos hindus em 1885, rompe com a Liga Muçulmana (LM), criada por Mohamed Ali Jinná, pois esta deseja formar um Estado muçulmano independente no Paquistão, englobando o Baluquistão, o Punjab ocidental, o Sind e Bengala Or. (Bangladesh). O P do C é posto na ilegalidade, enquanto a LM, em troca do apoio à Grã-Bretanha na II Guerra, é autorizada a funcionar.

- Cisão

Em 1947, surgem duas nações independentes: a Índia, liderada por Jauaharlal Nehru, e o Paquistão, tendo Liaqat Ali Cã como 1-ministro. Mas os conflitos entre hindus e muçulmanos continuam custando mais de 1 milhão de vidas. Os dois novos países disputam pelas armas os Estados de Jammu e Cachemira; o cessar-fogo obtido pela ONU não põe fim ao litígio e, em 1957, contrariando a resolução da Assembleia Geral, a Índia anexa a parte da Cachemira que ocupou.

- Guerra Indo-chinesa

Começa em 20/10/1962; suas causas são o litígio sobre territórios fronteiriços, a ajuda indiana à guerrilha antichinesa do Tibete e o apoio chinês às reivindicações paquistanesas sobre a Cachemira.

A rápida vitória chinesa acelera o programa nuclear da Índia, que explodirá sua primeira bomba atômica (1974).

- Guerra Indo-paquistanesa

Em 25/8/1965, o Paquistão tenta uma vez mais recuperar a Cachemira; mas é derrotado em 22/9. Um acordo será assinado, no ano seguinte, pelo 1-ministro Lal Bahadur Shastri e pelo presidente general Ayub Cã.

Secessão - Em 23/3/1971, o Paquistão Or. Começa a luta pela independência, proclamando, em 17/4, a República de Bangladesh. Mas como seu território continua ocupado por tropas de Islamabad, a Índia, em 3/12, invade o Paquistão, que se rende em 16/12, sendo forçado a reconhecer o novo país. Em 28/8/1973, é assinado acordo para resolver os problemas criados pela guerra, entre os quais o da troca de prisioneiros.

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- DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA

No fim da II Guerra, a França promete revisar o estatuto que limita o acesso dos nativos à cidadania e dar certo grau de autonomia a seus territórios de ultramar. E a Grã-Bretanha prevê, para futuro remoto, a representação majoritária dos colonizados no governo de suas próprias nações.

Começam a surgir, entretanto, movimentos de libertação nacional nos países árabes do norte da África (o Neo-Destur tunisiano, a Frente de Libertação Nacional argelina, os nacionalistas e pan-arabistas egípcios e sírios).

Na África negra, a consciência da necessidade de autodeterminação provém da ocidentalização das elites intelectuais e das transformações sociais decorrentes da exploração econômica europeia. O processo de independência desses países, entretanto, é desigual e, em muitos casos, a emancipação só será conquistada à custa de lutas demoradas.

- Países árabes

A independência do Egito é obtida com a revolução nacionalista de 1952; constitui-se em seguida, com a Síria e o Iêmen, a República Árabe Unida, que dura até 1961. No plebiscito de 1956, o Sudão decide separar-se do Egito.

Nesse mesmo ano, a ONU confirma a independência que a Líbia - perdida pela Itália na II Guerra - obtivera em 1951, e o Marrocos e a Tunísia conseguem que a França lhes dê autonomia. Mas a independência da Argélia terá de ser arrancada por uma guerra civil, fruto do descontentamento árabe com a política de confisco de terras (em 1950, um terço dos melhores terrenos estava nas mãos dos colonizadores).

- Guerra da Argélia

Nem a extensão da cidadania francesa aos argelinos (1947), nem a abertura de postos aos muçulmanos no serviço público conseguem conter a agitação. O conflito é desencadeado pelos atentados com que, em 31/10/1954, a Frente de Libertação Nacional (FLN) responde aos atos terroristas antiárabes dos extremistas pied noir (colonos franceses).

Tropas coloniais, reforçadas pela metrópole, obtêm vitórias

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