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A Revolução Cubana

Por:   •  21/12/2018  •  1.653 Palavras (7 Páginas)  •  321 Visualizações

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Nesse período a URSS passa a apoiar Cuba e suas ações, porque Cuba era um ponto estratégico para estabelecer postos de combates, e como os EUA haviam cortado relações com Cuba logo após a saída de Batista do poder, a URSS aproveitou a brecha e preencheu os espaços que pertenciam aos EUA.

As relações de comércio e indústria que havia entre Cuba e os EUA se romperam com a saída de Batista do poder, a compra de açúcar, as empresas petrolíferas norte-americanas, os navios-tanques vindo da Grécia também interromperam a compra e fornecimento, as empresas que havia em Cuba eram:

... fábricas de pequenos bens, como garrafas, tinta, detergente, papel e sabão, eram de propriedade dos norte-americanos. Com o bloqueio econômico imposto pelo governo dos Estados Unidos, não mais havia um influxo de maquinaria e tecnologia. (Rodrigues, Ribeiro, Dias, Melo, Os Rumos da Revolução Cubana. Simulação das Nações Unidas para Secundaristas – 2012;p.32)

O que levou os guerrilheiros a pensar a possibilidade de importar tecnologia da URSS, porém uma tecnologia atrasada que não podia se comparar a tecnologia dos EUA, fazendo com que os cubanos sentissem a diferença. Apesar da tecnologia atrasada foi à única solução encontrada, o único aliado no momento, o poder alternativo de que os cubanos poderiam ter.

Fidel Castro desenvolveu ações para contribuir com a população, colocou seus ideais em prática baixando preços de remédios, estabelecendo salários aos cortadores de cana de açúcar, nacionalizando as grandes propriedades que foram divididas e geridas por cooperativas agrícolas, criou-se o INRA – Instituto Nacional de Reforma Agrária, tinha por objetivo corrigir três pontos principais:

“... 1) eliminar o latifúndio (a lei prescrevia, de imediato, os latifúndios improdutivos; o artigo 2 excetuava da medida: as áreas semeadas de cana, cujos rendimentos estivessem 50% acima da média nacional; as áreas de criação de gado que correspondessem aos critérios de produtividade do INRA; as áreas de cultivo de arroz que rendessem não menos que 50% da média da produção nacional; as áreas dedicadas a um ou vários cultivos ou à agropecuária, com ou sem atividade industrial, "para cuja exploração eficiente seja necessário manter uma extensão de terra superior à estabelecida como limite máximo no artigo 1 desta Lei"); 2) corrigir os minifúndios; 3) extinguir legalmente, em futuro próximo, a alienação de terras cubanas e estrangeiras.” (AYERBE, Luís F. Estados Unidos e América Latina: a construção da hegemonia. São Paulo: Ed. UNESP, 2002,p.131)

Foram medidas encontradas para buscar melhorias na economia cubana. Che Guevara já pensava na industrialização rápida, foi responsável por organizar a economia de Cuba, para ele a industrialização era a única base verdadeira para o socialismo, a economia de Cuba dependia muito ainda da produção agrícola, a produção do açúcar ainda dominava o mercado, para a industrialização rápida Cuba pediu ajuda para a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), solicitando um economista para ajudar nessa ação, pois o país já sentia os resultados negativos da derrubada de Batista do poder e começava a faltar comida.

A Revolução Cubana desafiou o imperialismo norte-americano criando pânico na burguesia norte-americana, porque as medidas tomadas por Cuba atingiam a sociedade o que resultava no medo do que poderia acontecer, ao final a revolução afetou a América Latina inteira provocando medo do que poderia acontecer devido à união entre Cuba e a URSS, todos temiam o comunismo que poderia tomar grandes proporções, desestruturando muitos países, e o Partido Comunista é criado e atua até hoje.

Considerações finais:

Perante a breve analise da Revolução Cubana, vemos que seus precursores não estavam contentes com a situação e os rumos que Cuba tomava e por isso iniciaram uma revolução, não aceitavam mais depender economicamente dos EUA, estes que comandavam boa parte da indústria e comercio de Cuba, e a renda per capita que não era pouca, sempre era destinada aos mais ricos, dividindo e distanciando cada vez mais a população mais pobre da ilha de Havana.

A revolução tomou grandes proporções tanto econômicas quanto diplomáticas, desestruturando a economia dos EUA, e reestruturando Cuba com a ajuda da URSS, o que causa pânico por medo de uma Cuba comunista.

Cuba não quer continuar sendo comandada pela economia norte-americana buscava uma autonomia nacional, a busca pela retirada de Batista do poder afastou os EUA de Cuba, pois não aceitava um novo governo prejudicando ainda mais a economia cubana, fazendo com que os guerrilheiros comandados por Fidel Castro e Ernesto Che Guevara buscassem alternativas de sobrevivência, pensando na possibilidade de crescimento econômico através da rápida industrialização, acreditando que a industrialização seria a única alternativa para uma Cuba socialista, com ideais socialistas que visavam o bem da população em geral, o desenvolvimento do país inteiro e não somente de uma parte dele.

Cuba permanece com um regime político firme, tem-se uma abertura econômica grande, porém o Estado, o Partido Comunista é quem decide tudo, fazendo com que a economia cresça e se desenvolva.

Bibliografia:

AYERBE, Luis Fernando. A revolução cubana. São Paulo: UNESP, 2004.

AYERBE, Luís F. Estados Unidos e América Latina: a construção da hegemonia. São Paulo: Ed. UNESP, 2002.

BANDEIRA, Luiz Alberto Moniz. Fidel Castro, a revolução cubana e a América Latina. Revista Espaço Acadêmico, nº 82, março de 2008.

BRESSER-PEREIRA.

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