VIngadores a Era de Ulron

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de uma evolução perfeita que Ultron tanto buscava, mas que foi prejudicado pelos heróis. Foi criado a partir do Vibranium, mesmo material do escudo do Capitão América e que é encontrado apenas em Wakanda, a terra natal do Pantera Negra. Também por um artefato achado no cetro de Loki e material orgânico criado em laboratório que humaniza mais a figura do novo robô. Umas das cenas que mais me marcaram foi justamente o momento do seu nascimento. Momento esse de conflito entre o Homem de Ferro e Capitão América que se viram em lado opostos na concepção da vida do Visão e que foi decidido pela intervenção do filho de Odin, que buscou a verdade em seus pesadelos e teve um papel de virada na trama. A cena me fez lembrar a história do monstro Frankenstein. Não sei se intencional, mas percebi forte referência e foi uma das cenas mais bonitas e artísticas que achei. Falando em arte, vou abrir um parêntese para o diretor de arte Mathew Broderick (Curtindo a Vida Adoidado) que executou o trabalho muito bem ao lado do diretor de fotografia Bem Davis. A concepção de arte e fotografia nesse filme foi ótima. Muitas cenas foram bem caracterizadas ao estilo HQs. Para alguns pode ser ruim, mas para minha visão funcionaram bem. Voltando ao Visão. Ele teve acesso às mesmas informações de Ultron, mas ao contrário do vilão escolheu lutar pela proteção da vida, que é o tema central da história. O personagem foi magnificamente exposto no filme. Todos os seus diálogos foram milimetricamente essenciais.

A Era de Ultron integra a segunda fase dos filmes da Marvel e funciona como um ponto de transição para os próximos eventos que ganharão vida nas telonas em “Capitão América: Guerra Civil” e “Vingadores: Guerra Infinita”. Nesse sentido a trama ficou um pouco a desejar. O diretor Joss Whedon retratou os conflitos e as questões que funcionam como escada para os próximos filmes de uma forma muito sutil. Sutil até demais. A aventura é bem amarrada com início, meio e fim bem definidos, mas para quem vem acompanhando a criação do universo cinematográfico da Marvel possa sair do cinema com aquela sensação de: “Esperava mais”. A pessoa que assistir de forma mais descompromissada talvez nem se ligue muito no que estou dizendo, mas que também não há problema nisso, já que o diretor e também roteirista foi impecável em relação à história como acontecimento único. Toda a construção da ação é muito boa e não se perde. A batalha entre o Homem de Ferro e um Hulk dominado pelo feitiço da Feiticeira foi bem legal, mas nada muito diferente do que mostrado pelo o trabalho de marketing massivo durante a produção.

A Era de Ultron é um ótimo filme de ação e aventura que vale a pena pagar o ingresso sem medo. Um ponto importante a ser dito. Não precisa pagar mais caro para assistir em 3D. Não há relevância alguma no filme. Então, se quiser economizar pode ver no modo normal mesmo.

Diego Costa