Platão - Górgias
Por: Sara • 20/3/2018 • 826 Palavras (4 Páginas) • 271 Visualizações
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Sócrates então afirma que a maioria possui mais poder do que um indivíduo singular, assim como na natureza.
Após retrucagens de Cálicles, Sócrates leva a discussão a outro ponto, analisando extensamente a questão de qual tipo de pessoa possui mais poder, a que tem autodomínio, na visão de Sócrates, ou a que tem mais paixões e se satisfaz, segundo Cálicles. Sócrates fala da importância do domínio sobre as próprias paixões no processo de governar, a satisfação de nossas próprias vontades mundanas. Posteriormente são levantadas outras questões discutidas com Polo, a respeito de injustiça, também como o que faz um bom governante e um bom cidadão.
Comentário:
É difícil julgar um texto tão antigo quanto esse com os mesmo parâmetros que julgo textos atuais, mas o diálogo se mostra redundante em várias partes, há o uso desnecessário de exemplos óbvios repetidamente em tópicos que se estendem por páginas e páginas, talvez seja de forma a ser mais didático para o leitor, mas é desnecessário. Apesar de concordar com a maioria dos pontos de Sócrates em relação a retórica, a verdade e a justiça (pois são questões que também permeiam os problemas de nossa atual sociedade), a forma com que ele se coloca no diálogo deixa transparecer arrogância ao meu ver, além de utilizar-se das mesmas técnicas argumentativas que não possuem um peso relevante no debate sobre a verdade, como o uso de analogias bizarras, que acabam sendo recursos de retórica que ele tanto desgosta, deixando alguns argumentos mal explicados.
Platão aborda muitos assuntos que sempre serão atuais, como a justiça e o Bem, e mesmo não concordando que haja um Bem fundamental, como Platão afirma, posso observar muitos pontos válidos no texto, e considero interessante sua leitura para formação de um indivíduo.
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