O grande irmão SEMPRE vence!

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Como solução, (MORAES, 2002, p.39) é a favor da implantação da linguagem não sexista. Ela diz: “não significa dizer que as diferenças entre os gêneros ou entre os sexos não existem, pelo contrario, elas coexistem, afirmando que homens e mulheres tem o direito de lutar, respeitando suas diferenças e localizações sociais a favor da emancipação humana.”.

Atualmente, a mulher passou a desempenhar um papel de maior efetividade perante a sociedade. Com alguns preconceitos quebrados, passou a ser reconhecida e representada de outra maneira nas mídias. Prova disso são as maneiras de ilustrar a figura feminina. Aspectos como poder e sabedoria tomaram lugar juntamente com as características físicas. É possível identificar isso analisando entidades da mitologia que são utilizadas como base para personagens femininos. Como exemplo, Hera foi a terceira mulher de Zeus e deusa do matrimônio e do parto, é considerada rainha e protetora da vida e da mulher, fatores que simbolizam seu lado “feminino” atribuindo as qualidades da época na qual se tornou a protetora da fecundidade, matrimônio, das esposas, do amor legítimo e símbolo da fidelidade, devido à sua união com Zeus.

Devido a essa representação há relatos que ela era ciumenta e agressiva perseguia as amantes de Zeus, seus filhos e com quem se relacionavam. Por conta desse seu jeito chegou a tentar matar Afrodite, quando eram crianças. Hera tem a característica de ser muito vaidosa e sempre ser melhor que Afrodite, sua maior inimiga.

Hoje muitas mulheres são “Heras”, por conta disso os profissionais usam sua representação em campanhas já que ela continua presente e não têm quaisquer problemas em assumir a sua autoridade.

Existem dois tipos de Hera a primeira é como a matriarca que cuida do seu marido e filhos e preza pelo casamento saudável, já a outra tem ciúmes de outras mulheres, mas ambas não deixam de mostrar força e autoridade em sua vida. Pegamos Hera como a representação, pois, hoje as mulheres conseguiram mais voz na sociedade, podem ser mais dedicadas a casa, filhos e marido, porém não deixam de ser impor apenas por ser mulher. A representação de Hera pode ser vista em comerciais de alimentos direcionados para crianças, onde vemos a dedicação e carinho de mães com seus filhos.

Na mitologia grega, Afrodite é considerada deusa do amor, da beleza corporal e do sexo. Para os gregos, ela tinha uma forte influência no desenvolvimento e na parte sexual. Nenhuma mulher chegava aos pés de sua beleza, os deuses que a conheciam logo se apaixonavam. Por causa de sua beleza Afrodite ficou conhecida por suas traições e diversos relacionamentos, já que foi destinada a ser a deusa do amor e do sexo. De todos seus relacionamentos, o mais famoso foi com Ares, o deus da guerra. A partir daí nasceu uma grande simbologia, o amor e guerra juntos em idílio; a paixão e o ódio; a beleza e a rudeza.

Quando tratamos de publicidade, vemos inspirações a partir de Afrodite que conduzem incessantemente o desejo e loucura pelo produto que está sendo apresentado, seja ele tangível ou intangível. Sentimos o poder da campanha através de imagens de modelos que a sociedade acaba entendendo como representação do belo, levando a sensação de ter ou ser igual, com isso nos leva a um conflito entre marcas e consumidores que querem ser cada vez mais poderosas.

O padrão mulher bonita e perfeita carrega a influência da beleza e perfeição de Afrodite quando falamos de beleza, relacionamento e prazer sexual – onde a deusa conseguia tudo -. Quem recebe essas mensagens, captam o que está sendo visto e praticam para sua vida, querendo cada vez mais estar no patamar do que a marca que gosta está passando (beleza, poder, superioridade, etc.).

Atena é considerada a deusa da sabedoria, indústria, justiça, guerra e artes. Filha de Zeus, uma mulher que veio para destronar seu pai. Na guerra, era conhecida por seu combate individual, estratégia e justiça. As batalhas em que ela se envolvia eram conhecidas por uso de sua inteligência e não força. Vemos Atena como exemplo da representação do feminino, as mulheres da última década que estão representadas por sua voz e estratégias, deixando a imagem do “sexo frágil”, ocupam mais espaço em cargos altos em empresas, presença em universidades, sociedade e conseguem desenvolver seu papel com competência.

Atena representa uma mulher realizada profissionalmente, antenada nas mudanças que ocorrem em seu tempo. A mulher que a publicidade representa através da representação de Atena é uma batalhadora que não para até alcançar seu objetivo, sempre atrás de interesses nobres para defender e representar aos que não tem ou possuem pouca voz, com isso é famosa por sua fidelidade e lealdade. Apesar dessas qualidades, coloca como uma ameaça já que é guerreira e independente, imagem que as marcas querem passar da nova mulher – acaba intimidando os homens que ainda acham que o lugar de mulher é em casa se dedicando 100% a vida doméstica e relacionamento afetivo -.

Segundo a mitologia Grega, em sua juventude Medusa era uma menina belíssima, tinha seu cabelo impecável e extremamente vaidosa. Em certo momento de sua vida, se encantou por Zeus e quis brigar com Minerva para conquistar Zeus e tê-lo só para ela. Com sua beleza e estratégia conseguiu o que queria, porém, furiosa pela traição, Minerva vingou-se e a transformou num monstro com dentes de javali, cabelos de serpente, asas de ouro e mãos de bronze. Por conta de sua transformação e aparência excêntrica virou uma mulher rejeitada, incapaz de amar e ser amada, acabou aprendendo a conviver com que havia se tornado, porém ficou estagnada.

Medusa se tornou uma mulher fria, porém muito forte, odiava os homens, pois, foi seduzida por um e assim teve seu castigo e não gostava das mulheres, pois, não tinha a beleza.

Quando tratamos de publicidade podemos tomar como exemplo a marca Versace que tem em seu logotipo a imagem de Medusa e seus cabelos de serpente. A Versace tem como direcionamento propor