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Engarrafamento

Por:   •  5/4/2018  •  1.438 Palavras (6 Páginas)  •  233 Visualizações

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Art. Dr Dirceu Rodrigues Alves Jr. Especialista em Medicina de trafego sobre a repercussão dos congestionamentos no organismo e suas consequências para a saúde.

Os engarrafamentos e as lentidões do trânsito nas grandes cidades parecem motivo para avaliação detalhada por parte da engenharia e medicina de tráfego. A sensação de perda da liberdade sofrida pelo cidadão é capaz de levar-lhe a distúrbios de comportamento com consequências imprevisíveis.

Tivemos oportunidade de levantar alguns incidentes de engarrafamento. Todos envolviam pessoas tensas, apressadas e ansiosas. Nas entrevistas concluímos tratar-se de fóbicos do trânsito, do engarrafamento, dos obstáculos do dia a dia das grandes cidades. Tais fatores psicoemocionais transformados em sinais e sintomas orgânicos faziam apresentar queixas e consequentemente o uso de alguma droga caseira para aliviar. Isto gera um custo em dinheiro muito grande caracterizado não só pelo desperdício de combustível, desgaste de motores, mas também pelo dano físico e psicoemocional.

Poucos são aqueles que não se impacientam num engarrafamento. O desconforto de não ter o seu trânsito livre, de não poder ir e vir, de se sentir acuado no meio de ferros, gente, gases, vapores, ruído e fumaça, leva o indivíduo a manifestações ansiosas, passando a ter distúrbios de comportamento tornando-se negligente, imprudente e agressivo. E se imaginarmos que os engarrafamentos nas grandes cidades são diários, ocorrendo duas vezes por dia e que nos momentos de pico envolvem milhares de veículos, como na cidade de São Paulo, acreditamos que ninguém sairia de casa ou do trabalho para dirigir um veículo.

O problema é tão grave que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) fez um estudo do trânsito nas grandes cidades, já que tem afetado a produtividade. O custo benefício do transporte feito desta forma é extremamente negativo. Os prejuízos não param por ai. Estudo feito pela CETESB estima que para uma queda de 12,5 km/h na velocidade média dos automóveis em uma corrente de tráfego, há um aumento médio de 20% no consumo de combustível, de 25% nas emissões de monóxido de carbono e de 20% nas de hidrocarbonetos.

Os números tornam-se mais significativos quando expressos em reais. Deixa-se de faturar R$ 5,2 bilhões por ano na cidade de São Paulo em decorrência desse trânsito que não anda. Tal quantia daria para expandir o metrô.

O medo de ficar acuado, impossibilitado de se movimentar em qualquer direção, somado as preocupações e horários a serem cumpridos no dia a dia conduz o indivíduo a perda do humor, irritabilidade, e extrema agressividade. Como se não bastasse entram outros fatores meteorológicos caracterizados pelo calor, frio, sol, chuva, neblina, etc.. Tudo ocorrerá para o aumento do desgaste físico e mental, gerando ao longo do tempo sensações desconfortáveis. Dependendo das características individuais tais fatores serão mais ou menos evidentes. Não se pode entender como duas pessoas cada uma em seu veículo ao esbarrarem-se ou tocarem-se sejam capazes de discutirem, ofenderem-se e partirem para o corpo a corpo buscando destruir o companheiro de infortúnio no tráfego. Isso é verdadeiro, existe uma doença conhecida como “Transtorno Explosivo Intermitente” (TEI), conhecido vulgarmente como “Pavio Curto” e ainda “Sociopatias” e “Transtorno Obsessivo Compulsivo” (TOC), capazes de transformar o desconforto em agressividade, partindo muitas vezes para o corpo a corpo e a utilização de armas.

A condição insegura apresentada no engarrafamento caracterizada pelos riscos físico, químico, biológico e ergonômico nos leva a disseminar a idéia de horários de pegada e saída do trabalho diferenciado, acabando-se com os horários de pico.

A execução e controle de tal condição insegura cabem ao município, aos órgãos competentes, mas não podemos deixar de alertar sobre os riscos de condição insegura para a saúde de todos os habitantes dos grandes centros. Torna-se fundamental e urgente a necessidade de investimento num sistema adequado de transporte, já que isto refletirá na produtividade e qualidade de vida de todos nós.

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8.METODOLOGIA DA PESQUISA

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