O Bernini e Caravaggio
Por: Rodrigo.Claudino • 30/6/2018 • 2.549 Palavras (11 Páginas) • 266 Visualizações
...
A pintura simboliza a mortalidade. O choque, a fez ser devolvida para o pintor.
Em um surto de raiva contra Pasqualoni por causa de uma mulher, Caravaggio o esfaqueia por tras e foge.
Ron Luciano Thomazoni também o provaca, por causa de uma mulher. Caravaggio pede um duelo, o matando no final. Fugindo de Roma, ele é caçado e é oferecido uma recompensa pela sua cabeça.
No verão de 1606, ele vai para Nápoles. Ciente e sóbrio do que fez, começa a pintar novamente. Sua pinturas continham sentimento de pena, ternura e misericórdia. Ele foca no trabalho e para de brigar. Caravaggio entra para os cavaleiros de Malta.
Na pintura da catedral dos cavaleiros, onde João Batista é decapitado, Caravaggio assina seu nome no sangue de João Batista que escorre pelo chão. Somente um assassino em desespero para que a violência acabe, para que seu crime seja perdoado, poderia pintar tal obra.
Ele é preso, por assaltar um companheiro, mas consegue fugir para Sicília, através de um barco. Porém, é encontrado por seus inimigos, que o dilaceram e o deixam para morrer. Mas ele não morre. O papa de Roma o concede perdão ilegalmente e Caravaggio o paga da maneira que ele sempre pode, como ele sempre se virou, pintando.
O quadro da decapitação de Goliath, na espada de Davi, esta escrito ''Humildade conquista o orgulho.'' frase que simboliza suas duas personalidades.
Em 1610, Caravaggio manda suas pinturas para Nápoles. Em seguida é preso por soldados que não sabiam do perdão que havia sido concedido. Seu barco parte sem ele junto com suas pinturas. Ele consegue sair, em uma busca desesperada pelo barco, correndo pela praia, cai e desmaia de febre. É levado a um hospital, mas não sobrevive
Sua arte reflete a vida que teve. Os quadros de Caravaggio contêm traços dessa existência intensa e turbulenta, apresentando cenas religiosas com violência e crueldade, como em "A Decapitação de São João Batista". O forte contraste entre os fundos escuros (as "trevas") e os personagens banhados por uma luz que incide forte e dramática, típico da técnica do "claro-escuro", é a principal característica das obras do artista, marcadas também por um forte realismo na caracterização dos personagens, suas vestes e objetos que os cercam.
Em seu estilo artístico ele retratava personagens bíblicos, principalmente Jesus e Maria, baseando-se em pessoas comuns que encontrava nas ruas de Roma. Usava um forte realismo na pintura de suas obras e colocava o foco da imagem nos rostos dos personagens. Também a ausência de correções, a iluminação especial e os efeitos de sombras e luzes eram sua marca registrada. Ele pintava o fundo de suas obras de cores escuras, principalmente de cor preta. Este recurso dava um aspecto obscuro em suas pinturas.
O Poder da Arte: Bernini
Nascido em Nápoles, Gian Lorenzo Bernini era um talento excepcional desde jovem e passou a dominar o mundo da arte do século 17 . Seu trabalho sintetizou o estilo barroco e sua escultura, interiores de igrejas e exteriores e urbanismo podem ser vistos em toda parte. Ele também foi um pintor, dramaturgo e designer de teatro.
Bernini sabia tudo sobre a paixão. Sua arte era sobre isso. Seria essa intensidade física que transformaria sua escultura. Ninguém antes de Bernini consegui transformar o mármore em algo tão carnal, com tantas sensações e expressões. A intenção da escultura clássica era fazer os humanos menos humanos, dar a carne mortal a suavidade da imortalidade. Ninguém se comparou a Bernini na arte de esculpir o mármore. Suas esculturas desafiavam a física.
Ele surpreendeu as pessoas certas. Foi apresentado ao Papa quando tinha apenas 8. Fez um esboço da cabeça de São Paulo que estimulou e impressionou o papa a prever que o garoto seria o próximo Michelangelo. Seu pai era um escultor de Florença, incompetente as vezes, mas fazia sempre seu trabalho. Ele soube reconhecer que o menino o iria superar.
Ele fez uma escultura de Júpiter com sua cabra na adolescência, a qual já se podia sentir o vigor da vida emergindo daquela arte. Era vigoroso, travesso, indisciplinado.
Bernini chegou em Roma em 1605. Mesmo momento em que Michelangelo chocava a igreja com sua arte, dando a ele uma nova visão de como conduzir o rebanho. Sem mais Santos distantes, pelo contrário, o teatro chocante das paixões terrestres.
Então surge a pergunta: Como superar Caravaggio? E com o tempo ele obtém a resposta: Impossível, mas na escultura...
Na escultura de São Lourenço sendo queimado por suas crenças cristãs, ele tenta capturar o momento de dor transcendental. As crônicas dizem que o cheiro da carne queimada ficou perfumado. Dor e doçura se tornam um. Tormento se torna êxtase.
Faz um auto retrato seu. Para capturar a expressão de dor, ele queima seu braço com fogo na frente de um espelho. É um drama de carne que ninguém conseguiu capturar tão bem.
Bernini tinha tudo a seu favor. Era inteligente, charmoso, extremamente bem relacionado, culto, disciplinado, entregava no prazo e não bebia. Em outras palavras, era o oposto de Michelangelo. Conseguia tudo o que queria.
A escultura de Apollo e Dafne, se da em uma cena de perseguição, na qual Dafne se transforma em uma árvore no momento em que Apollo consegue a pegar. Tudo esta em movimento. Parecendo flutuar. Mas a provocação do drama é o nu sedoso, a medida que ela desaparece dentro da casca protetora da árvore que se forma.
Bernini trabalhou sob Papas sucessivos; Papa Gregório XV fez dele um cavaleiro, e ficou assim conhecido como Cavaliere. E o Papa Urbano VIII tomou-o como seu melhor amigo.
Francesco Barromini entra na jogada. Taciturno, neurótico, introvertido, depressivo.Um homem sem nenhum encanto social. Mas é ele, o rival de Bernini, eles se estimulariam mutuamente a atingir maiores alturas, maiores riscos. Ele era um arquiteto brilhante. Usava da geometria e da perspectiva para criar incríveis cenários arquitetônicos.
Se dois homens foram responsáveis por criar a aparência barroca de Roma, foram Bernini e Barromini. Porém eles se odiavam. Ambos genioso em áreas diferentes.
Barromini faz a igreja de San Carlo delle Quattro Fontane. Obra de um mestre arquiteto. Pura e austera. Apenas tijolos e estuque, nenhuma cor ou escultura admitida. Projeto magnífico obtido da geometria avançada. Ordem celestial, formas e números.
Já a igreja de Bernini possui
...