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EVOLUÇÃO DA RESTAURAÇÃO

Por:   •  20/3/2018  •  871 Palavras (4 Páginas)  •  258 Visualizações

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Cabe ressaltar, que sua obra é detentora de uma posição moderada entre Ruskin e Viollet-le-Duc. Desta forma, Camillo Boito afastou-se das duas teorias, criando uma ideia intermediária entre ambos, pois ele não aceitava a morte inevitável dos monumentos, como defendia Ruskin, assim como não aceitava o pensamento de le-Duc, de levá-los a um estado que não poderia nunca ter existido antes. Sendo assim, ele pregava a precedência da conservação sobre a restauração e a limitação desta ao mínimo possível.

Boito acreditava que as restaurações só deveriam ser realizadas em casos necessários, a fim de preservar a memória e os valores implícitos de determinadas obras, utilizando o bom senso e infringindo o mínimo de ações possíveis. Além disso, ele acreditava que as novas intervenções deveriam revelar obras contemporâneas, distintas do estilo original da construção, sem colidir com a matéria original.

Diante disso, percebe-se que os três pensadores contribuiram para a evolução da teoria da restauração. Viollet-le-Duc imprimiu uma forte marca pessoal, estabelecendo um novo entendimento de restauração, através do estudo do projeto original, dos levantamentos detalhados da condição existente do monumento, da reutilização do edifício para sua existência, da importância da fotografia, como meio para justificar as ações. Já os pensamentos de John Ruskin contribuiram para a salvaguarda do patrimônio cultural, advogando a conservação como método de preservação, sendo assim, entendia o processo de restauração como um tipo de agressão e destruição da história da edificação.

E por fim, Camillo Boito contribui para o amadurecimento da formulação dos princípios da restauração, a partir do respeito à matéria original, à reversibilidade, ao interesse pela conservação dos monumentos, da mínima intervenção possível, da manutenção dos acréscimos, assim como, buscou harmonizar as arquiteturas do passado e do presente através da distinção de sua materialidade.

Referência Bibliográfica

VIOLLET-LE-DUC, Eugène Emmanuel. Restauração. Série Artes & Ofícios. 4°ed. São Paulo, Ateliê Editorial, 2013.

CAMILLO, Boito. Os Restauradores. Série Artes & Ofícios. 4°ed. São Paulo, Ateliê Editorial, 2003.

RUSKIN, Jhon. A Lâmpada da Memória. Série Artes & Ofícios. 4°ed. São Paulo, Ateliê Editorial, 2008.

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