As Reações de Aminoácidos
Por: Carolina234 • 30/5/2018 • 1.333 Palavras (6 Páginas) • 308 Visualizações
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e posteriormente a agitação, fez uma leitura de pH, anotando o valor encontrado. Concomitantemente para realizar a titulação, colocou-se 50mL da base KOH (hidróxido de potássio 0,5M) no interior da bureta.
Após preparados os instrumentos e soluções, foi incrementado 0,5mL da solução base na solução glicina presente no béquer e a cada incremento feito uma medição de pH, até atingir o pH 12.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A tabela 1 representa os valores de pH a cada mL titulado da solução de glicina com hidróxido de potássio.
Tabela 1 - Valores de pH obtidos através da titulação de KOH
KOH (mL) pH KOH (mL) pH KOH (mL) pH
0 1,74 10,5 3,18 21,0 9,97
0,5 1,79 11,0 3,29 21,5 10,04
1,0 1,84 11,5 3,48 22,0 10,13
1,5 1,89 12,0 3,76 22,5 10,3
2,0 1,95 12,5 4,69 23,0 10,39
2,5 2,02 13,0 8,24 23,5 10,51
3,0 2,06 13,5 8,65 24,0 10,65
3,5 2,14 14,0 8,87 24,5 10,82
4,0 2,18 14,5 9,02 25,0 11,11
4,5 2,25 15,0 9,14 25,5 11,38
5,0 2,31 15,5 9,24 26,0 11,65
5,5 2,37 16,0 9,33 26,5 11,84
6,0 2,43 16,5 9,42 27,0 11,96
6,5 2,49 17,0 9,49 27,5 12,07
7,0 2,55 17,5 9,57
7,5 2,62 18,0 9,57
8,0 2,69 18,5 9,72
8,5 2,77 19,0 9,72
9,0 2,85 19,5 9,83
9,5 2,94 20,0 9,83
10,0 3,04 20,5 9,9
Com os resultados obtidos na tabela, foi elaborado o gráfico 1 que representa a curva de titulação da glicina, a qual possui pK1 = 2,59 e pK2 = 10,08 e o momento de potencial isoelétrico (pI) igual a 6,33 de acordo com o seguinte cálculo:
Gráfico 1- Curva de titulação da Glicina (Titulação Prática)
Em pHs com valor semelhante/próximos a 1, a forma predominante de glicina é a que apresenta carga líquida +1:
Figura 2- Íon (Gly+) carregado positivamente
Em pH próximo de 4,69 a forma que aparece com maior frequência é a de carga líquida zero:
Figura 3 - Íon (Gly) dipolar
Em pH próximo de 12 a forma mais frequente da glicina é a que apresenta carga líquida -1:
Figura 4 - Íon (Gly-) carregdo negativamente
Foi percebido que, no gráfico 1, existe uma região na qual a solução de glicina (0,1M) resiste a variação de pH diante adição da solução de KOH (0,5M). Nesse intervalo, região próxima do valor de pK1, existe uma mistura de formas protonadas e desprotonadas e nessa região a curva mostra a existência de uma solução tampão, sendo a faixa apresentada pela tabela onde o pH tem um crescimento mínimo e logo após a “saída” da região tamponante há um salto no valor dos pHs.
O pH 6,33 é atingido no ponto onde há igualdade de cargas. Nesse ponto, chamado ponto isoelétrico, a carga líquida do aminoácido é zero e corresponde a um pH cujo o valor é a média aritmética dos valores dos pKs (pK1 e pK2).
Em pH muito baixo a glicina apresenta um grupo carboxílico protonado, um grupo sem carga e um grupo amina carregado positivamente que também é protonado. Sobre essas condições a glicina tem carga líquida positiva igual a 1. Ao adicionar base KOH, os grupos carboxila perdem seus prótons para tornar-se um grupo carboxílico carregado negativamente, e o pH da solução aumenta. A glicina não possui nenhuma carga líquida.
À medida que o pH vai aumentando com a adição de mais base (Glicina + KOH), o grupo amina protonado perde seus prótons, e a molécula de glicina passa a ter uma carga negativa.
Comparando os dados obtidos na prática de laboratório e os dados da literatura, observou-se que o pI da glicina mencionado na literatura encontra-se em torno de 6,02 e foi obtido, em prática, o valor de pI igual a 6,33. Especulou-se que essa mudança talvez possa ter ocorrido devido a diferença de titulantes, da prática KOH e o da literatura NaOH, mas observou-se que, mesmo com essa diferença, os valores são muito próximos.
4 CONCLUSÃO
Conclui-se, portanto, que o ponto isoelétrico do aminoácido glicina, obtido através dos valores de pKa encontrados a partir de uma curva de titulação é de 6,33.
Tendo ainda, como base para comprovação do resultado, os dados encontrados em livros de química orgânica, onde diz que o valor do pI é de 6,02. Valor aproximado ao encontrado.
5 TOXICIDADE
6.1 GLICINA
Se ingerido, podem ocorrer lesões corrosivas (ulcerativas) das mucosas oral, esofágica, gástrica e menos frequentemente, duodenal; disfagia, náusea/vômitos, cólicas, diarreia.
Se em contato com a pele pode ocorrer dermatite de contato (eritema, queimação, prurido, vesículas, eczema).
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