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O QUE É ÉTICA

Por:   •  13/11/2018  •  2.189 Palavras (9 Páginas)  •  282 Visualizações

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A partir deste Bem superior, o homem precisa buscar descobrir uma proporcionalidade da bens, que o ajudem a chegar ao ser absoluto. Sendo o sábio o ser que assemelhar-se ao Deus, tanto quanto lhe é possível humanamente. Segundo o diálogo das Leis, afirma que "Deus é a medida de todas as coisas". Contendo assim, uma ideia própria de Bem, uma ideia perfeita e subsistente.

Em outra pesquisas feita por Platão, ele verificou um outro quadro geral de virtudes diferentes, são elas: Justiça, prudência ou sabedoria, fortaleza ou valor e temperatura. Assim, o que mais caracteriza a ética platônica é a ideia do Sumo Bem, da vida divina, da equivalência de contemplação filosófica e virtude, e da virtude como ordem a harmonia universal. A maioria de seus escritos tem a forma de diálogos, que são lidos com muito prazer e interesse intelectual e moral. Já o seu discípulo Aristóteles, filósofo da mesma estatura de seu mestre, tem um outro estilo em seus escritos.

Já o pensador Aristóteles, dava mais ênfase a respeito da observação empírica na forma de depoimentos acerca da vida das pessoas, das diferentes cidades, da felicidade do homem e sobretudo, da correlação entre o Ser e o Bem. Ele ainda retrata o pensamento do elemento divino no homem como sendo o bem mais precioso. Por outro lado, Platão desenvolvia as suas reflexões baseadas em teorias a respeito das variedades dos seres e a busca em alcançar a complexidade do bem pelo ser. Isso, corresponde apenas como uma amostra da profundidade e da seriedade da reflexão ética. Levando em conta que é muito mais complexo do que isto.

Os gregos antigos, debatendo a discussão sobre o mundo e a sua harmonia cósmica produzindo doutrinas práticas, informa a ação do cidadão para uma vida voltada para o bem social, a virtude e a harmonia com a natureza. A religião grega, por exemplo, era muito naturalista, acreditava-se que os seus deuses personificados possuíam forças naturais, como raio, inteligência, amor e até a guerra.

Em se tratando de elementos éticos e morais, o homem deve se perguntar de qual maneira é a melhor para se agir, de acordo com a vontade do seu Deus próprio. A religião trouxe consigo um aperfeiçoamento moral a humanidade. Em contrapartida, os seguidores fanáticos ajudaram a ferir a mensagem ética profunda da liberdade, do amor e da fraternidade universal, levando assim, novas maneiras de pensar do impacto da religião transportou consigo.

O povo grego presumia o ideal ético estava na busca teórica e na prática do Bem, em que as reais mudanças participavam das ideias de Platão ou então, situava na felicidade entendida como sendo uma vida virtuosa, onde as capacidades superiores do homem tivessem a preferência, alegando-se, claro, que as outras capacidades não fossem desprezadas. Assim, o ideal ético estaria no viver conforme a natureza em harmonia cósmica.

Segundo o autor (2005), “O homem viveria para conhecer, amar e servir a Deus, diretamente e em seus irmãos.”, esse lema foi adotado pelo Santo Agostinho, onde ele retrata o ideal ético como uma vida espiritual, ou seja, de acordo com o espírito da pessoa, vida de amor e fraternidade. Em meados do século XX, os filósofos observaram a ideia de uma vida social mais justa, devido a superação as grandes injustiças econômica. Sugerindo então, a ética se sobressaindo sobre as relações sociais, construindo um conceito de um mundo mais humano.

A maioria dos países ricos de hoje, se definem por uma ética que busca assemelhar com a da Grécia do prazer, mas nem sempre isso acontece de maneira sensata. A possessão por materiais de bens ou propriedades do capital já foram palcos de muitos sangues derramados e inúmeras injustiças sendo cometidas. Por outro lado, a reflexão ético-social foi um fator bastante importante, pois a sociedade se comporta mais eticamente, pois não vive imoral, mas amoralmente. Assim, os meios de comunicações, as ideologias, os aparatos econômico do Estado, deixou de conceber sujeitos livres, isto é, cidadãos conscientes e participantes críticos numa determinada comunidade.

Ao falarmos sobre ética estamos falando também de liberdade. A princípio ética nos sugere as normas e responsabilidades. A norma significa a maneira como devemos agir. Vale ressaltar que partimos a suposição do homem poder não agir. Assim, da mesma forma como podemos obedecer determinada circunstância, podemos optar por não obedecer. As doutrinas éticas se baseiam em dois extremos, são eles: determinismo, onde não existe mais ética e autodeterminação, onde a ética não é bem-vinda.

O determinismo pode aparecer igualmente com a doutrina de um Deus dominador. Além disso, ele também pode aparecer como materialismo estrito. Já o contrário do determinismo, podemos citar a liberdade total e absolutamente incondicionada. Os filósofos estóicos, gregos ou romanos, pensando que o sábio é livre sempre, mesmo estando preso e acorrentado. O que ele quis dizer, é que o aprisionado tem a capacidade também de pensar, sem poder agir de acordo com os seus pensamento, sendo dependente de outro ser.

No entanto, quando paramos para pensar sobre liberdade no Estado moderno, verificamos que a ética se preocupa com as ações humanas de resolver algumas contradições entre necessidade e possibilidade, entre tempo e eternidade, entre o individual e o social, entre o econômico e o oral, entre o corporal e o psíquico, entre o natural e o cultural e entre a Inteligência e a vontade. Tais contradições mostram o fato do homem ser sintético, pois ele necessita torna-se homem, realizando a sua vida diante das diversas contradições que existem nela.

Graças a evolução de ideia, técnicas, métodos, entre outros, verificou-se muitos letrados ou pessoas alfabetizada foram adotando a autonomia moral do indivíduo agindo pela sua razão natural. Sendo o homem um ser natural, mas naturalmente livre, isto é, destinado pela natureza à liberdade, ele deve desenvolver esta liberdade através da mediação de sua capacidade racional. Caso a natureza não queira que os seres sejam livres, eles devem consultar a sua consciência individual, de modo a não cair numa subjetividade irracional, pois arbitrário, não-universal, temos de supor que todos os homens são estruturalmente iguais.

Por mais que os tempos mudem, algumas noções continuam até hoje, sendo uma delas a diferença entre o bem e o mal. Agir eticamente é agir com o bem. A opção entre o bem e o mal, levanta discussões até hoje. O julgamento concreto dessas ações exigem exatamente todos os pressupostos éticos. Uma vez que, se discutem menos sobre a questão da busca da felicidade, e se discutirá menos sobre

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