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A Fundação SPT

Por:   •  18/10/2018  •  2.959 Palavras (12 Páginas)  •  269 Visualizações

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A NBR 6484 recomenda que em cada teste seja feita a penetração total dos 45 cm do amostrador ou até que a penetração seja inferior a 5 cm para cada 10 golpes sucessivos. Depois de feito cada ensaio SPT segue a perfuração até a profundidade do novo ensaio.

3.1. Critérios de paralisação da sondagem

O processo de perfuração, por trado ou lavagem, deve ser realizado até onde se obtiver uma das seguintes condições (sendo a relação de número de golpes/ espaço penetrado pelo amostrador):

- Em 3 metros sucessivos se obtiver índices de penetração maiores do que 45/15;

- Em 4 metros sucessivos se obtiver índices de penetração entre 45/15 e 45/30;

- Em 5 metros sucessivos se obtiver índices de penetração entre 45/30 e 45/45.

O ensaio deve ser interrompido caso a penetração seja nula dentro da precisão da medida, na sequência de 5 impactos do martelo, não havendo necessidade de obedecer o critério acima. Porém, se esta situação ocorrer antes de 8 metros, a sondagem deve ser deslocada até o máximo de quatro vezes em posições diametralmente opostas, com 2 metros de distância da sondagem inicial.

3.2. Coleta de amostras

Na sondagem à percussão são coletadas amostras retiradas nos avanços dos furos entre um e outro ensaio SPT, por trado ou lavagem. As amostras de trado devem ser acondicionadas em sacos plásticos ou ordenadas nas próprias caixas de amostragem e as amostras retiradas por sedimentação da água de lavagem ou de circulação também devem ser guardadas. Elas são constituídas principalmente pela fração arenosa do solo original, pois os finos geralmente são levados pela água de circulação da sondagem.

São obtidas também amostras pelo amostrador, que devem ser acondicionadas em frascos herméticos para a manutenção da umidade natural e das suas estruturas geológicas.

3.3. Número de furos

A NBR 8036 de 1983 – “Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios” estabelece o número de furos a serem feitos, de acordo com o tamanho do edifício, de acordo com o seguinte:

- Até 1200 m² de área, fazer no mínimo uma perfuração a cada 200 m² de área de projeção em planta do edifício;

- Entre 1200 m² e 2400 m², fazer uma perfuração a cada 400 m² que excederem os 1200 m² iniciais;

- Acima de 2400 m² o número de sondagens será fixado de acordo com o plano particular da construção.

Em quaisquer circunstâncias o número de sondagens deve ser de duas para a área da projeção em planta do edifício até 200 m², e três para área entre 200 m² e 400 m².

- Aplicações

O ensaio SPT é aplicado com mais frequência em:

- Projetos de estradas;

- Projetos portuários;

- Projetos de barragens;

- Projetos de prédios e residências de um pavimento;

- Projetos de fundações de várias naturezas.

- Resultados obtidos com este tipo de ensaio

Através do ensaio SPT são obtidas diversas informações, as principais são:

- A identificação das diferentes camadas de solo que compõem o subsolo (perfil geológico);

- A classificação dos solos de cada camada;

- O nível do lençol freático;

- A resistência de carga do solo em várias profundidades.

- Interpretação dos resultados

Geralmente, a interpretação dos dados SPT visa a escolha do tipo das fundações, a estimativa das taxas de tensões admissíveis do terreno e uma previsão dos recalques das fundações. Assim, é fornecido pela empresa encarregada de fazer o ensaio um relatório dos trabalhos e o desenho esquemático de cada furo. Cabe então ao projetista a interpretação dos resultados para escolha do tipo de fundação, ou ainda, se preciso, um ensaio mais específico.

A partir da análise das sondagens é feita a escolha do tipo de fundação A pressão admissível a ser transmitida por uma fundação direto ao solo depende da importância da obra e também da experiência acumulada da região, que é estabelecida em função de índice correlacionado com a consistência ou compacidade das diversas camadas do subsolo.

É possível estimar a carga admissível de acordo com o quadro 01 a seguir, que apresenta uma correlação entre o índice de resistência à penetração e a resistência a compressão simples para solos coesivos e é menos precisa que a anterior mas também tem caráter indicativo, ou mediante a fórmula seguinte:

[pic 1]

QUADRO 1 – Correlação do mesmo tipo para solos coesivos.

Relação entre tensão admissível e número de golpes (SPT)

Tipo de solo

Consistência

SPT

Tensão admissível (kg/cm²)

Argila

Muito mole

Mole

2 a 4

0,25 a 0,5

Média

4 a 8

0,5 a 1

Rija

8 a 15

1 a 2

Muito rija

16 a 30

2 a 4

Dura

> 30

> 4

Areia

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