A Produção de Letreiros

...

2.1 Empresa objeto de estudo

A empresa usada como objeto de estudo possui mais de 35 anos de experiência dedicados à metalurgia. Localizada na cidade de Cataguases, Zona da Mata Mineira, tem como principal atividade a fabricação de letreiros, números e logotipos utilizando aço inoxidável e chapa de galvanizada como principais matérias primas. Contando com uma equipe de 23 funcionários, a empresa atende não só a cidade onde está situada, como também outros estados brasileiros, satisfazendo as exigências dos clientes em relação à qualidade de seus produtos. A maior parte de seu mercado consumidor é constituída de cidades não litorâneas, possuindo uma maior demanda de letreiros de chapa galvanizada.

2.2 Laminação

Segundo a ABAL, Associação Brasileira do Alumínio (2015), laminação é um processo de conformação mecânica, a quente ou a frio, com o propósito de diminuir o segmento transversal do metal por compressão, através do deslocamento do mesmo entre dois cilindros girantes de ferro fundido ou aço.

Conforme Regone (2001), o processo a quente é utilizado, usualmente, para operações de desbaste. Por ser executada em altas temperaturas, a laminação a quente requer menores forças. Já que, quando aquecido, o material tem uma perda de resistência e também pela sua tendência de recristalização a altas temperaturas, contendo o avanço da resistência pela deformação. Após este processo, o material é resfriado, determinando suas propriedades mecânicas e sua microestrutura.

Segundo Oliveira (2009), o processo a frio tem a finalidade de produzir tiras e folhas com um acabamento eficaz e impecável controle dimensional. O encruamento, oriundo da redução a frio, pode ser empregado para conferir maior resistência ao produto acabado. Ela ocorre a temperaturas inferiores às de recristalização do produto. Os materiais de partida, geralmente, são provenientes de bobinas a quente decapadas.

2.3 Aço inoxidável

Segundo a ABINOX, Associação Brasileira do Aço Inox (2015), é denominado aço inoxidável os aços da família resistente à corrosão e ao calor, contendo no mínimo 10,5% de cromo, com composição química balanceada para ter uma melhor resistência à corrosão.

Suas principais famílias são os aços austeníticos, ferríticos, artensíticos, martensíticos, endurecíveis por precipitação e dúplex.

Conforme o Núcleo Inox (2011), o aço austenítico AISI 304 é composto por ligas metálicas não-magnéticas de ferro-cromo-níquel com um teor de carbono reduzido. Os aços mais utilizados têm 8% de níquel e 17% de cromo com uma ótima ductilidade, resistência, conformabilidade e apresenta boa soldagem. O molibdênio é acrescentado em alguns aços austeníticos para elevar sua resistência contra a corrosão.

De acordo com Oliveira (2009), a corrosão é um oponente natural dos metais. Os aços comuns reagem com o oxigênio do ar causando a oxidação, ou seja, a corrosão, mais conhecida como ferrugem. O aço inox tem muitas vantagens, sendo, alta resistência à corrosão, facilidade de limpeza, resistência a altas temperaturas, acabamento superficial e formas variadas, baixo custo de manutenção e é reciclável. (ABINOX, 2015).

2.4 Chapas galvanizadas

Segundo Aguiar (2003), o processo de galvanização é utilizado para proteger um metal da corrosão, prolongando sua vida útil, através da aplicação de revestimento de zinco nas chapas. Este tipo de revestimento é utilizado em diversas aplicações, sendo empregado na construção civil, em instalações de distribuição de água, na indústria automobilística, em equipamentos de refrigeração, entre outras.

Conforme Ribeiro (2014), o processo de galvanização por imersão a quente tem como objetivo a formação de uma camada externa de zinco através da imersão da peça em um banho de zinco fundido.

Segundo Bastos (2008), a galvanização eletrolítica consiste na deposição do zinco em uma peça utilizando corrente elétrica. Esta deposição é realizada por meio da utilização de uma diferença de potencial entre o zinco, polo positivo, e a peça, polo negativo. Assim, o zinco ao se diluir em uma solução eletrolítica será orientado até a peça que se encontra ligada ao cátodo.

2.5 Corte a laser

Segundo Melo (2009), laser significa amplificação da luz pela emissão estimulada da radiação, em inglês, Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation, onde um meio ativo tem os elétrons excitados gerando energia e emitindo radiação eletromagnética. No laser a gás, a energia é conduzida por espelhos refletores que a direcionam até um bocal de corte. Esses espelhos afunilam o raio laser, obtendo uma grande concentração de energia em um único ponto.

Segundo Gollman (2010), essa excitação de elétrons acontece dentro de uma câmara, onde dois eletrodos são ligados em uma fonte de alta tensão, criando um arco elétrico que aumenta a energia do gás, fazendo com que os elétrons dos átomos do gás mudem de nível orbital, passando a girar em níveis mais externos. Assim, quando os elétrons voltam ao seu nível energético normal, essa energia extra é liberada em forma de fótons de luz.

2.6 Máquina trumpf trulaser 1030 (L22)

A Trulaser 1030 (L22) é uma máquina de corte a laser CNC, Comando Numérico Computadorizado, que, segundo Silveira (2007), é um equipamento que recebe toda informação geométrica e dimensional de uma peça e, através de impulsos elétricos, faz com que a máquina realize todos os movimentos de usinagem na sequência programada, sem intervenção do operador. A figura 1 mostra um modelo desta máquina.

Figura 1: Máquina Trulaser 1030 (L22)

[pic 1]

Fonte: Produzido pelo autor (2015)

O arquivo do letreiro ou desenho é feito em um software CAD, que, de acordo com Araujo (2009), o CAD, Computer Aided Design, tem como base a utilização do computador para a elaboração e projeto de desenhos técnicos, sendo possível visualizar os mesmos antes de sua produção.

De acordo com a Trumpf (2015), o gás utilizado no corte é o nitrogênio, pois é um gás inerte e não reage com o metal fundido, auxiliando apenas no sopro desse material para baixo e na proteção contra o ar atmosférico. Assim, as bordas cortadas não