OS TROCADORES DE CALOR
Por: Evandro.2016 • 21/12/2018 • 5.472 Palavras (22 Páginas) • 409 Visualizações
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I.1- Trocadores de carcaça e tubo
Este trocador é construído com tubos e uma carcaça. Um dos fluidos passa por dentro dos tubos, e o outro pelo espaço entre a carcaça e os tubos. Existe uma variedade de construções diferentes destes trocadores dependendo da transferência de calor desejada, do desempenho, da queda de pressão e dos métodos usados para reduzir tensões térmicas, prevenir vazamentos, facilidade de limpeza, para conter pressões operacionais e temperaturas altas, controlar corrosão, etc.
Trocadores de carcaça e tubo são os mais usados para quaisquer capacidade e condições operacionais, tais como pressões e temperaturas altas, atmosferas altamente corrosivas, fluidos muito viscosos, misturas de multicomponentes, etc. Estes são trocadores muito versáteis, feitos de uma variedade de materiais e tamanhos e são extensivamente usados em processos industriais.
[pic 7]
[Figura -1.4]
I.2- Trocador tubo duplo
O trocador de tubo duplo consiste de dois tubos concêntricos. Um dos fluidos escoa pelo tubo interno e o outro pela parte anular entre tubos, em uma direção de contrafluxo. Este é talvez o mais simples de todos os tipos de trocador de calor pela fácil manutenção envolvida. É geralmente usado em aplicações de pequenas capacidades.
[pic 8]
[Figura -1.5]
I.3- Trocador de calor em serpentina
tipo de trocador consiste em uma ou mais serpentina (de tubos circulares) ordenadas em uma carcaça. A transferência de calor associada a um tubo espiral é mais alta que para um tubo duplo. Além disso, uma grande superfície pode ser acomodada em um determinado espaço utilizando as serpentinas. As expansões térmicas não são nenhum problema, mas a limpeza é muito problemática.
[pic 9]
[Figura -1.6]
II - TROCADORES DE CALOR TIPO PLACA
Este tipo de trocador normalmente é construído com placas lisas ou com alguma forma de ondulações. Geralmente, este trocador não pode suportar pressões muito altas, comparado ao trocador tubular equivalente.
[pic 10]
[Figura -1.7]
1.3 – COEFICIENTE GLOBAL DE TROCA DE CALOR
Em transferência de calor o conceito de Coeficiente Global de Troca de Calor, U, é apresentado como uma maneira de sistematizar as diferentes resistências térmicas equivalentes existentes num processo de troca de calor entre duas correntes de fluido, por exemplo. A partir da lei do resfriamento de Newton:
[pic 11] (1.1)
que envolve a temperatura da superfície exposta a uma das correntes de fluido, estendemos o raciocínio para envolver outras partes do sistema.
Em diversos momentos ao longo do curso de transferência de calor, estudamos a troca de calor entre fluidos e superfícies divisoras do escoamento. Com as hipóteses de regime permanente, ausência de fontes, etc; utilizamos o conceito das resistências térmicas equivalentes e eventualmente apresentamos o Coeficiente Global de Troca de Calor, U. Vejamos dois exemplos:
- parede plana
- parede cilíndrica
[pic 12]
[Figura -1.8]
Dando origem ao circuito térmico equivalente:
[pic 13]
Ou seja, nestas condições, o calor trocado foi escrito como:
[pic 14] (1.2)
onde Tb indica a temperatura média de mistura de cada um dos fluidos.
Parede cilíndrica:
Consideremos a transferência de calor entre os fluidos do casco e dos tubos nos feixes de tubos de um trocador multitubular, como mostra a figura 1.9. O calor trocado entre os fluidos através das superfícies dos tubos pode ser obtido considerando as resistências térmicas :
[pic 15]
[Figura 1.9]
[pic 16], onde : (1.3)
[pic 17]
[pic 18]
[pic 19]
[pic 20]
Considerando que a resistência térmica a convecção na parede dos tubos de um trocador é desprezível (tubos de parede fina e de metal), a equação 1.3 pode ser rescrita da seguinte forma :
[pic 21] (1.4)
Como o objetivo do equipamento é facilitar a troca de calor, os tubos metálicos usados são de parede fina ( ri ≅ re ). Portanto, as áreas da superfícies interna e externa dos tubos são aproximadamente iguais, ou seja, Ai ≅ Ae. Assim, temos que :
[pic 22] (1.5)
O coeficiente global de transferência de calor em um trocador ( UC ) é definido assim :
[pic 23] (1.6)
A equação 1.6 pode ser colocada na seguinte forma :
[pic 24] (1.7)
Levando a equação 1.7 na equação 1.5 a expressão para a transferência de calor em um trocador fica assim :
[pic 25] (1.8)
Quando estudamos a troca de calor por convecção no interior de dutos e canais, começamos a relaxar a hipótese de temperatura média de mistura constante ao longo do escoamento. Consideramos duas situações para a condição térmica: fluxo de calor constante ou temperatura superficial constante. Após a devida análise, determinamos como a temperatura média de mistura do fluido varia do comprimento da superfície:
- Fluxo constante de calor na parede:
[pic 26] (1.9) [pic 27]
- Temperatura superficial constante:
[pic 28]
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