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Portfólio de Psicóloga

Por:   •  21/10/2018  •  3.065 Palavras (13 Páginas)  •  308 Visualizações

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A partir da Psicologia Cognitiva, três teorias serão abordadas por suas contribuições para pensar e refletir os processos de aprendizagem na educação.

Teoria da Aprendizagem Social de Albert Bandura

Pertence ao segundo momento da chamada Teoria da Aprendizagem Social na década de 1960, denominada inicialmente por sociobehaviorismo, foi posteriormente chamada de

abordagem cognitiva social. Acreditava na capacidade do ser humano de autoativação para aprender e de uma resposta consciente sobre seu meio. Segundo o autor, algumas formas de aprendizagem acontecem por meio da observação de comportamentos ou determinadas situações. “A abordagem de Bandura consiste em uma teoria de aprendizagem ‘social’, porque estuda a formação e a modificação do comportamento nas situações sociais” (Schultz e Schultz, 2006, p.306).

Abordagem traz como ideia central a possibilidade do comportamento de um indivíduo ser modificada de acordo com a exposição ao comportamento de outro indivíduo, ou seja, a imitação. Os sujeitos podem imitar comportamentos socialmente aceitáveis, ou não. Para Bandura, a aprendizagem por imitação ou observação pode ser descrita em quatro processos inter-relacionados: atenção, retenção, desempenho, motivação e reforço.

Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel

Ausubel defende a ideia de uma teoria voltada para instituições formais de ensino, de forma sistemática, intencional e planejada. Para o autor era fundamental articular aprendizagem e ensino, considerando a complexidade da educação e a necessidade de desenvolvê-la. A aprendizagem é um processo de organização das informações e coerência na integração dos conteúdos à estrutura cognitiva dos alunos, podendo ser classificada em duas extensões: aprendizagem memorística ( que se refere às novas informações que chegam ao aluno, com poucas ou nenhuma associação com os conceitos já adquiridos em sua estrutura cognitiva) e aprendizagem significativa (processa-se quando um novo conteúdo se relaciona com conceitos claros e disponíveis na estrutura cognitiva, sendo assimilado por ela) de acordo com o grau de significado da informação para o aprendiz.

Segundo Ausubel, outras duas dimensões da aprendizagem também podem ser destacadas de acordo com a maneira de apresentação dos conteúdos aos alunos: aprendizagem por recepção ou por descoberta.

A centralização na figura do professor, e na compreensão do ensino e da aprendizagem destinada nos processos cognitivos tem sido alvo de uma reflexão crítica, pois esta teoria traz conceitos importantes para a escola analisar e discutir a relevância dos conhecimentos significativos para o aluno, que seja adequado e capaz de respeitar seu desenvolvimento cognitivo.

A Teoria de Jeromer Bruner

Destaque na chamada revolução cognitiva nos anos de 1950, defendia que o foco da Psicologia deveria ser o estudo da mente, das atividades simbólicas do ser humano, em contrapartida à excessiva objetividade do positivismo e do behaviorismo. Embora não negue os aspectos biológicos no desenvolvimento humano, prioriza os elementos da cultura, trabalhando nos significados que os indivíduos produzem na cultura que estão inseridos e nas consequências e significados que suas ações acarretam para o mundo.

A aprendizagem para Bruner consiste no processo de construção de categorias por parte dos indivíduos, responsáveis por selecionar, organizar e transformar as informações adquiridas pela interação com o meio. O aluno constrói o conhecimento criando ou modificando as categorias presentes na sua estrutura cognitiva. Por sua vez o ensino, necessita que o professor exerça um papel de facilitador no processo (respeitando e se adequando as capacidades e necessidades do aluno), capaz de apresentar situações que estimulem e desafiem os alunos a investigar e experimentar, proporcionando descobertas. A metodologia deve privilegiar a resolução de problemas por parte do aluno, é importante que o professor avance para conteúdo mais complexos e utilize os conhecimentos adquiridos anteriormente.

5 A EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET E A APRENDIZAGEM

Jean Piaget (1896-1980) era bacharel em Ciências Naturais, doutor em Filosofia e estudou em Zurich, Psicologia, onde desenvolveu uma grande pesquisa no campo da epistemologia. No seu trajeto como cientista compreendeu que seu fascínio era no campo da pesquisa de como o ser humano adquiri conhecimento.

Segundo o texto, Piaget procedia na área de pesquisa onde a lógica era fundamentada por testes sob a medição de conhecimento, ele encontrou uma teoria diferente de análise dos processos cognitivos.

A teoria de Piaget recebe o nome de Epistemologia Genética, sendo os termos respectivamente pertencente ao científico (estudo do conhecimento) e à gênese, à origem.

Concepções do Desenvolvimento Piaget questionava quem entendia o conhecimento como se fosse uma direta da realidade. Para ele a aprendizagem se dá por contato com o ambiente, em trocas sujeito-meio. “Como é possível alcançar o conhecimento?” foi com essa pergunta que Piaget desenvolveu suas pesquisas. Estudou um método científico onde observava os diversos

comportamentos das crianças, para responder essa pergunta. Foi então que ele começou a instruir-se aos diferentes níveis de desenvolvimento do ser humano.

Os Estágios de Desenvolvimento Cognitivo-afetivo

São quatro os estágios apresentados por Piaget. Esses não são e nem deve ser julgados como momentos rígidos, mas sim como proximidade, e também que nem todas as crianças obrigatoriamente vão passar por todos eles.

• Sensório-Motor (0-2 anos): é a fase inicial da evolução da vida, se caracteriza por experiências práticas. Nessa fase o sujeito é inábil a pensar no futuro e lembrar do passado, pois vive apenas o momento presente.

• Pré-Operatório (2-6 anos): caracterizado pela expansão linguística e utilização de símbolos. O indivíduo mostra comportamentos egocêntricos, identificado por pensamento animista, antropomorfismo, artificialismo e finalismo.

• Operatório Concreto (6-11 anos): o egocentrismo é substituído pelo pensamento concreto, manifestando-se os procedimentos de pensamentos lógicos. Sendo assim, através da observação real são capacitados a conservação e reversibilidade.

• Operatório Formal (a partir de 11, 12 anos): a característica crucial é

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