O Inatismo
Por: Evandro.2016 • 27/9/2018 • 2.270 Palavras (10 Páginas) • 353 Visualizações
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para compô-las a partir de nossa memória. São inteiramente racionais e só podem existir porque já nascemos com elas. São “a assinatura do Criador” no espírito das criaturas racionais, e a razão é a luz natural inata que nos permite conhecer a verdade. Como as ideias inatas são colocadas em nosso espírito por Deus, serão sempre verdadeiras, isto é, sempre corresponderão integralmente às coisas a que se referem, e, graças a elas, podemos julgar quando uma ideia adventícia é verdadeira ou falsa e saber que as ideias fictícias são sempre falsas.
Empirismo
O empirismo é uma corrente que tem como fundamento que a obtenção do conhecimento se dá através do sentido, das experiências concretas, particularizadas. Foi definido pela primeira vez de modo formal e conceitual pelo pensador inglês John Locke, que defende uma corrente a qual denominou "Tabula Rasa", donde a mente seria um "quadro em branco", “papel em branco”, onde o professor deveria preencher, fornecendo informações e vivências. Desta forma, haveria duas formas de surgimento de ideias, pela sensação e pela reflexão, com ideias podendo ser simples ou complexas. As ideias simples não são passíveis de análise, sendo referentes as qualidades primárias e secundárias dos objetos. Já as ideias complexas combinam ideias simples e constituem substancias, modos e relações. Para Locke as ideias universais não passam de nomes, não tem correspondência com a realidade, porque não podem ser sentidas ou experimentadas.
Nesse processo, a razão teria o papel de organizar os dados empíricos obtidos pela via sensorial: “nada pode existir na mente que não tenha passado antes pelos sentidos”. A veridicidade ou falsidade de um fato deve ser verificada por meio dos resultados de experiências e observações.
A experiência, para Locke, não são as experiências de vida. Experiência para ele são as nossas sensações (sentidos). Ouvimos, enxergamos, tocamos, saboreamos e cheiramos. Cada um dos cinco sentidos leva informações para o nosso cérebro. A partir da sensação, há a reflexão. Dessa forma, nossas ideias são um reflexo daquilo que nossos sentidos perceberam do mundo e aprendemos.
George Berkeley formulou a hipótese de que as coisas só existiriam na medida em que são percebidas. Para além destas, existiriam as entidades que percebem, tendo sua existência garantida mesmo sem que outro as perceba. Exagerando a alegoria da tabula rasa. Berkeley defendeu que a ordem que vemos na natureza é a escrita de Deus. Por isto, sua posição é conhecida como idealismo subjetivo. Para ele, o que conhecemos do mundo não é realmente o que o mundo é. O mundo não é o que percebemos dele. Podemos perceber o mundo através dos sentidos, mas não conhecê-lo de verdade.
O escocês David Hume, que contribuiu com o “Princípio da Causalidade”. Diz que há uma divisão das ideias em impressões e ideias, as impressões são percepções nítidas das sensações e as ideias são copias das impressões. Segundo ele, não existe conexão causal, e sim uma sequência temporal de eventos, a qual pode ser analisada. Se o que sabemos vem da experiência e a experiência apenas nos informa um pouco sobre como o mundo é, precisamos, estar atentos e críticos às falsas ideias que não podem ser verificadas pelos sentidos.
Para o empirismo todas as hipóteses e teorias devem ser testadas experimentalmente. Por outro lado, toda afirmação metafísica deve ser rejeitada pelo Empirismo, já que para essas afirmativas, não há experimentação. Acredita-se nas experiências como únicas, as quais determinarão a origem, o valor, e os limites do conhecimento, que jamais será aceito como universal e necessário.
O empirismo diz que tudo o que o aluno tem que fazer é repetir o que esta pronto. Pois tem base na pedagogia tradicional, aonde o único conhecedor é o professor, é o centro da aprendizagem. Ensinar é transmitir conhecimentos, aprender é absorver tais conhecimentos.
Interacionismo
Interacionismo acredita que o sujeito é capaz de construir o seu conhecimento por meio da interação com o objeto do conhecimento. Leva em consideração fator orgânico e ambiental, isto é, aspectos objetivos e subjetivos na determinação do desenvolvimento do sujeito.
Os interacionistas acreditam numa complexa combinação de influências que podem favorecer o processo de aprendizagem. O ser humano não é compreendido como ser passivo, mas, ao contrário, assume um papel ativo, utilizando-se dos objetos e de suas significações para conhecer, aprender e consecutivamente, se desenvolver. A aprendizagem e o desenvolvimento se inter-relacionam, se misturam e se completam, proporcionando ao indivíduo a responsabilidade de sua aprendizagem.
A concepção Interacionista de desenvolvimento apoia-se na ideia de interação entre organismo e meio e vê a aquisição de conhecimento como um processo construído pelo indivíduo durante toda a sua vida, não estando pronto ao nascer nem sendo adquirido passivamente graças às pressões do meio.
Principais autores desta teoria Jean Piaget e Lev S. Vygotsky.
Jean Piaget, para ele a criança é ativa e age espontaneamente no meio. Ela é estruturalmente diferente ao adulto, mas funcionalmente igual. Isso significa que suas estruturas mentais são próprias ao seu nível de desenvolvimento, que é marcado por estágios. É pelo contato com o mundo que seus conhecimentos são construídos.
Segundo Piaget, nossos processos de pensamento mudam desde o nascimento até a maturidade, pois estamos constantemente lutando para atribuir sentido ao mundo, já que a aprendizagem é um processo construtivo. Dedicou-se à investigação e compreensão do desenvolvimento cognitivo e sua teoria ficou conhecida como construtivismo.
Piaget considera 4 períodos no processo evolutivo da espécie humana que são caracterizados "por aquilo que o indivíduo consegue fazer melhor" no decorrer das diversas faixas etárias ao longo do seu processo de desenvolvimento , o Sensório-motor (0 a 2 anos), Pré-operatório (2 a 7 anos), Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos), e Operações formais (11 ou 12 anos em diante).
Lev Seminovitch Vygotsky valoriza a mesma ação / interação de Piaget, porém situada em um contexto sócio-histórico-cultural. É pela relação com os mais experientes e pela força da linguagem que o sujeito se apropria ativamente do conhecimento social e cultural do meio em que está inserido. As influências e mudanças são recíprocas ao sujeito e ao meio onde se encontra.
Para Vygotsky, a formação se
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