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O Cérebro e Emoções

Por:   •  17/5/2018  •  1.686 Palavras (7 Páginas)  •  280 Visualizações

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No que diz respeito à expressão facial característica da emoção alegria, encontra-se o erguimento do músculo zigomático maior, que vai dos lábios até as bochechas, resultando na elevação típica do sorriso. A expressão autêntica da alegria ainda implica na contração de um músculo orbital que resulta no rebaixamento da pele entre as pálpebras e a sobrancelha. Pesquisas apontam que cerca de apenas 10% das pessoas conseguem contrair voluntariamente esse músculo para provocar uma expressão falseada de alegria (Ekman, 2003; Plutchik, 2002). Quanto à expressão vocal da alegria, as características típicas são tons altos e variados, ritmo rápido com poucas pausas entre as palavras, e volume alto (Juslin & Laukka, 2003; Scherer, 1995).

Sendo categorizada como uma emoção positiva, a alegria é uma das que englobam o amor, a paixão, o prazer, o bom humor e a felicidade. É a mais procurada pelo ser humano, ajudando-o a ultrapassar dificuldades e outros sentimentos negativos (CASANOVA et al., 2009). A alegria surge em contextos considerados seguros, por situações em que podem apresentar a realização de algum objetivo pessoal. A alegria é “um estado de ânimo particular que se forma a partir de um prazer físico, moral ou intelectual e se exterioriza habitualmente com o riso”. Porém “nem sempre o riso exprime alegria, nem todas as experiências se exprime com riso”, (SENISE, 1950; NUNES, 2007).

Pessoas felizes percebem o mundo mais seguro, tomam decisões mais facilmente, tem rapidamente sucesso nos empregos, são mais cooperativas, perseguem formas de vida mais saudável, que lhes dê mais satisfação. Há atualmente imponente crescimento da busca de alegria e seus derivados, tanto quanto formas mais temporárias quanto mais profundas, desde a meditação quanto ao autoconhecimento em diversas formas de terapia e cuidados com o corpo e mente, respeitando toda a sua integralidade.

- O Medo e o Cérebro

A criação da emoção “medo” ocorre no cérebro, sendo inconsciente. Ocorre de duas formas: o caminho baixo e o caminho alto. Um sendo simples e rápido, o outro é um pouco mais complexo, pois leva uma interpretação maior do evento, mas ambos ocorrem juntos. Exemplo: Um cara para do seu lado de moto em uma rua escura, pode ser um assalto, mas também pode ser apenas uma pessoa atrás de informação. O caminho baixo corre primeiro e depois pensa sobre a situação. O estímulo é levado ao tálamo, passa pela amígdala e chega ao hipotálamo. Enquanto o caminho alto reflete sobre todas as opções, se é um assalto ou se é apenas alguém querendo informação, sendo um processo mais longo e de maior reflexão. Ocorre que o estímulo passa pelo córtex sensorial, em seguida pelo hipocampo, chegando amígdala e levado ao hipotálamo.

- A Raiva e o Cérebro

Desde a antiguidade, a sociedade procurou explicar os motivos que levam o homem a um estado colérico. Na Grécia antiga, por exemplo, Platão mencionava que era preciso haver um equilíbrio em todos os sentidos da vida, para alcançar a felicidade. Na Idade Média, deliberava-se sobre a patologia humoral, da qual partia do princípio de que um desequilíbrio entre os "humores corporais" conduzia aos quatro principais temperamentos humanos. O excesso de bile (em grego, kholé) determinaria violentas e calamitosas explosões temperamentais e de raiva, isto é, o tipo colérico. É notável que, diante de uma irritação, ficamos "verdes (a cor da bile) de raiva".

Mas, como acontece todo esse processo de irritação e raiva no nosso organismo? É importante destacar que não há apenas um neurotransmissor, ou apenas uma parte do cérebro responsável pela ira. Tudo age em conjunto para que aconteça essa sensação.

Primeiramente temos o tronco cerebral (cérebro reptiliano) responsável pelos reflexos e instintos. É por meio dessa parte cerebral que temos a mensuração do quanto vamos nos irritar. No sistema límbico temos as amígdalas, que ao serem estimuladas, em resposta temos um resultado de uma forte agressividade, esse sistema cerebral envia informações ao cérebro reptiliano em especial ao hipotálamo e consequentemente à hipófise (principal área liberadora de hormônio).

Dessa forma, o corpo entra em estado de alerta ao ataque (luta e fuga). Ele libera hormônios do estresse, como a adrenalina a testosterona a noradrenalina etc... Os folículos pilosos se eriçam (gesto primordial da sensação de ameaça, que faz com que os pelos fiquem arrepiados), aumentam a pressão arterial e os batimentos cardíacos, melhorando a irrigação dos órgãos. Por meio disso, nosso metabolismo se adapta à situação causadora da irritação. O sistema límbico também age mudando nossa fisionomia, fazendo com que a testa se contraia e os olhos fiquem semiabertos, assim como a musculatura fique tensa e contraída.

Há também o córtex cerebral, responsável pelos sentidos conscientes, ele é responsável pelas atividades complexas, como; a fala e o pensamento. No lobo frontal do córtex, podemos analisar a irritação e nomeá-la como; inveja, vingança ou decepção.

Portanto, por meio do córtex podemos controlar e moderar a intensidade da ira, o córtex é o lado ‘’consciente’’ da raiva em comparação ao sistema límbico, que é uma reação inconsciente e por impulso. A raiva surge da relação de vários sistemas cerebrais fisiológicos, como níveis de hormônios no sistema nervoso, ou processos somáticos como; a ajuda da memória, em situações desagradáveis e traumáticas do passado.

- A Tristeza e o Cérebro

A tristeza é uma resposta fisiológica primária cuja função é a de adaptação ao ambiente. Estudos mostram a desativação dos circuitos do córtex pré-frontal quando se experimenta a tristeza. A tristeza liga-se às suas variantes (melancolia, solidão, desamparo, depressão) e às outras emoções negativas (medo, raiva, ansiedade) formando assim o mapa mental de emoções negativas. A depressão, diferente da tristeza, é um indicativo patológico de um estado melancólico de que não se pode progredir. A tristeza ativa o giro cingulado e o hipocampo, cuja função é servir de memória emocional (memória de longa duração). O tratamento de depressão, um distúrbio orgânico causado por falta de neurotransmissores, um desequilíbrio orgânico de uma situação triste que o organismo não consegue superar.

Podemos

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