Mal Estar na Civilização

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Civilização essa responsável pela proteção do homem, responsável pela regulação das relações sociais. As relações sociais humanas são basicamente um amontoado de pulsões, ou pulsional. Onde podemos dividi-los em pulsão de vida, baseada na sexualidade, e pulsão de morte na agressividade.A falência dos projetos sociais de superação do mal-estar, levando à ruína do sujeito epistêmico e do indivíduo social, e consequente ameaça de extinção do relativismo cultural, consequentemente a fragmentação da subjetividade, estão no centro das preocupações desse começo de século XXI e contribuem como o aspecto fundamental do mal-estar na atualidade.

A questão da crise da psicanálise já vem de tempos com Freud porém continua muito atual na ordem dos dias de hoje e em todos os lugares. A crise não se configura da mesma forma nas diferentes formações sociais onde se constituiu um movimento psicanalítico, evidentemente. Porém com efeito, as diferenças nas formas de ser dessa crise são, muitas das vezes, mais importantes que as similitudes. Pode-se atribuir essa diversidade evidente aos diferentes processos de modernização do social que marcaram as múltiplas formações sociais onde se inscreveu a tradição psicanalítica assim muitas vezes se contradizendo do senso comum.

A civilização de modo geral passou a trocar uma parcela de suas possiblidades de felicidade por uma parcela de segurança, restringindo também a vida sexual e ampliado a unidade cultural, tabus, leis, costumes, impondo novas restrições para homens e mulheres. Acreditando-se que essas restrições pelo sentimento de culpa gerada na civilização, podendo ser considerada assim também uma de suas grandes influências para o mal estar que segundo Freud é inerente a qualquer civilização.