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Avaliação Psicológica

Por:   •  12/11/2017  •  5.515 Palavras (23 Páginas)  •  392 Visualizações

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A conquista de outro avanço metodológico importante embasa-se na utilização da TRI como meio para o aprimoramento da interpretação de medidas (PRIMI, 2004), a interpretação dos escores de um teste é tradicionalmente conferida por meio de referência à norma, comparando os escores obtidos por um indivíduo, com os escores obtidos por um grupo de referência com grupo normativo, indicando a posição relativa desse escore. PRIMI (2010).

Entre os acontecimentos mais importantes que marcaram a história da avaliação psicológica no Brasil destaca-se a criação do Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (SATEPSI) e a Resolução CFP no 007/2003, consideradas marcos de mudanças na prática profissional, ao final do ano de 2001. O gerenciamento do SATEPSI é feito por um grupo de especialistas psicólogos e conselheiros em avaliação psicológica com experiência e produção científica na área, que constituem uma Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica, propondo-se como tarefa desse grupo, analisar e emitir pareceres sobre os testes psicológicos encaminhados ao CFP, com base nos parâmetros definidos na resolução.

Em níveis de pós - graduação também é possível observar a ampliação da área de avaliação psicológica ocorrida neste período. Tradicionalmente, a avaliação psicológica se organizou em laboratórios e linhas de pesquisa. Dos 65 programas existentes no Brasil, nove UFMG, UFU, UFRGS, PUC/RS, UFSC, USP/RP, USP/SP, PUCCAMP, UnB. Contam com linhas de pesquisa na área. Em 2001, a Universidade São Francisco deu início ao primeiro programa com área de concentração em Avaliação Psicológica, e até o momento o único no país.

De acordo com NORONHA, entende-se que a avaliação psicológica é uma prática exclusiva do profissional de Psicologia que historicamente contribuiu para a inserção profissional em diferentes contextos de atuação. Assim, embora sua importância já tenha sido nos devidamente reconhecida como em qualquer outra área de conhecimento. Seus avanços são necessários principalmente quanto à importância da qualidade de seus serviços. Adicionalmente, pode-se refletir também sobre a garantia dos direitos dos cidadãos e dos cuidados éticos e técnicos dos profissionais no que tange aos processos de avaliação e aos documentos deles decorrentes.

A resolução do conselho federal de psicologia (CFP) n° 002/2003, em seu Art. 11º, orienta que as condições de uso dos instrumentos devem ser consideradas apenas para os contextos e propósitos para os quais os estudos empíricos indicaram resultados favoráveis. O artigo define que a simples aprovação no Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos não significa que o teste possa ser usado em qualquer contexto, ou para qualquer propósito. NORONHA (2003). Nesta situação e linhagem podemos compreender que a recomendação para uso específico deste instrumento, deve ser buscada nos estudos que foram feitos com o instrumento, principalmente nos estudos de validade e nos de precisão e de padronização. Assim, os requisitos básicos para uma determinada utilização são os resultados favoráveis de estudos orientados para os problemas específicos relacionados às exigências de cada área e propósito.

No novo formulário de avaliação dos testes psicológicos foram descritos cinco propósitos mais comuns para o uso dos testes: classificação diagnóstica, descrição, precisão, planejamento de intervenções e acompanhamentos. Também são definidos nos vários contextos de aplicação, tais como: Psicologia Clínica, Psicologia da Saúde e hospitalar, Psicologia Escolar e Educacional, Neuropsicologia, Psicologia Forense, Psicologia do trabalho e das Organizações, Psicologia do Esporte, Social e Comunitária, Psicologia do Trânsito, orientação e ou aconselhamento vocacional ou profissional, entre outras. Dependendo da combinação de propósitos e contextos, é possível, pensar melhor quais estudos são necessários para justificar o uso de determinados instrumentos e estratégias. Por exemplo, considerando a avaliação de personalidade no contexto organizacional, se o propósito for somente descrever características de personalidade das pessoas, são necessários estudos de validade atestando que o teste mede o construto pretendido análise fatorial, correlação com outras variáveis, dentre outros. Mas se o propósito for prever o comportamento futuro, como geralmente é o caso nos processos seletivos, são necessários estudos de validade de critério, demonstrando que o teste é capaz de prever bom desempenho no trabalho.

No contexto do trânsito, geralmente, o objetivo da avaliação é a previsão de comportamentos inadequados a partir de variáveis psicológicas levantadas pelos testes. Assim, estudos de validade de critério comprovam que as variáveis medidas no teste prevêem comportamentos importantes. Ainda nesse contexto, os comportamentos de risco, envolvimento culposo em acidentes são os requisitos básicos que justificam o seu uso, já que irão sustentar a decisão sobre a habilitação.

Entende-se que em geral, a escolha mais adequada de um instrumento e estratégias são complexas, devendo levar em conta os dados empíricos que justifiquem, simultaneamente, o propósito da avaliação associado aos contextos específicos. Quando, no caso da escolha de um teste, é necessário que o psicólogo faça a leitura cuidadosa do manual e das pesquisas envolvidas em sua construção para decidir se ele pode ou não ser utilizado naquela situação.

Segundo BERALDO (2003) há uma freqüência dos instrumentos mais conhecidos por profissionais e estudantes de Psicologia, são eles: Teste de Apercepção Temática – T.A.T; Raven – escala avançada; O Desenho da Figura Humana; Bender – Teste Gestaltico Viso-Motor; Wartegg 74 90,24; Teste de Apercepção Temática C.A.T- A; Raven – escala geral; Teste de A percepção Temática C.A.T. – H; Teste Zulliger; Escala de Maturidade Mental Columbia – CEPA; Teste da Árvore; Teste de Apercepção Temática – C.A.T.-A; Matrizes Progressivas Coloridas; MMPI; WISC; Escala de Mat. Mental Columbia – Casa Psicól.; Teste das Fábulas; Rorschach; Teste de Aptidão Mecânica; Fábulas de Düss; 16 PF – 5ª edição; WISC III; Bateria Fatorial CEPA; Teste Palográfico; Pré-Bender; PMK; IAR; Teste das Pirâmides das Cores; Inventário de Interesses Angelini e Thurstone; DAT – Teste de Aptidões Específicas; Teste das Pirâmides das Cores; Escala de Beck; G36 – Teste não Verbal de Inteligência; Bender Hutt; G38 – Teste não Verbal de Inteligência; Os contos de fada e a psicopedagogia; Escala Gesell; WAIS; LIP – Levantamento de Interesses Profissionais; Teste das Cores; Escala Intelig. Stanford-Binet

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