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A Doença e os Novos Avanços Tecnológicos

Por:   •  5/3/2018  •  1.330 Palavras (6 Páginas)  •  258 Visualizações

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As crises podem caracterizar de forma simples e por questão de segundos onde o individuo pode confundir os sinais como uma falta de atenção, perda momentânea de concentração, ações involuntárias, automatismos gestuais e dores; ou com sinais acentuados como a apresentação de espasmos, perda de consciência acompanhada de espuma na boca, alucinações e paralisia.

O diagnostico da doença requer uma avaliação das crises e das probabilidades de reincidência. Por exemplo, se o individuo manifestou um ataque após a ingestão de bebidas ou entorpecentes, as hipóteses de um novo ataque vir a acontecer são mínimas; em outros casos onde as crises são em série causadas por lesões no cérebro, as possibilidades de recorrências são maiores.

4 O CONTROLE E TRATAMENTO

Para minimizar as crises epiléticas, existem os tratamentos terapêuticos prolongados a fim de impedir todos os ataques epiléticos, esse recurso leva em consideração a privação de álcool, drogas, estresse, e a cautela com temperaturas elevadas, bem como privação de sono. Consideram-se também os tratamentos farmacológicos de caráter emergencial e curto prazo com o uso de antiepilépticos, por meio deste recurso 70% das pessoas alcançam controle sobre a doença. Em crises de tratamento farmacológico extenso, é considerada a opção de cirurgia que tem por finalidade evitar a propagação das descargas elétricas diminuindo a intensidade dos sintomas, por meio da remoção ou desconexão de vias neuronais mapeadas que apresentem exacerbação de estímulos eletroquímicos.

5 OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS

A neurologia ganha um novo aliado ao tratamento da Epilepsia. Tendo em vista que os sintomas das crises provoquem alterações elétricas no cérebro horas ou dias antes de sua ocorrência, foi desenvolvido recentemente por cientistas um aparelho que, implantado no cérebro, é capaz de detectar os sinais elétricos emitidos por esse órgão antes da ocorrência de crises epiléticas. Trata-se de um dispositivo implantado entre o crânio e a superfície do cérebro, que atua em conjunto com um implante no tórax, este envia as informações gravadas no cérebro à um pequeno aparelho externo. Esse dispositivo externo por sua vez, dispara alertas luminosos de cores diferentes para indicar a possibilidade de um ataque epilético acontecer nas próximas horas. O dispositivo externo constitui-se de três cores distintas, sendo que, ao acender a luz vermelha o aparelho alerta sobre a possibilidade elevada de uma crise acontecer, para chances moderadas a cor indicativa é branca, e para baixas possibilidades é representada pela cor azul.

[pic 2]

(Lancet Neurology - Fonte: Veja)

Após dois anos de estudos e pesquisa experimental incluindo 15 pessoas de idades variadas e que apresentavam cerca de doze ataques por mês, o dispositivo neles implantado foi capaz de prever corretamente cerca de 60% a 100% das crises, além de emitir um alerta antecipado de uma possível crise em 65% dos casos. (Veja,2013)

A criação desse novo método tende a melhorar significamente a qualidade de vida daqueles que apresentam crises acentuadas da doença cerebral, proporcionando a eles certa independência, e principalmente a tomada de precauções a fim de evitar desastres diante de um alerta vermelho do dispositivo. Diante de uma detecção segura do aparelho, é possível que o tratamento acentuado do individuo em questão apresente avanços mediante terapia e até mesmo que seja diminuído progressivamente o tratamento crônico farmacológico que em alguns casos é feito durante toda a vida. Com a ajuda desse dispositivo, o uso de antiepilépticos se daria apenas em probabilidades iminentes da ocorrência de crises.

O avanço tecnológico é um marco importante e tende a acrescentar no tratamento da doença, mas é válido salientar que a eficácia e os benefícios do dispositivo é variável, o mesmo pode não apresentar tolerância em alguns pacientes, pois a detecção das crises apresentam uma margem de erro possibilitando alertas falsos ou até mesmo a falha nos alarmes e perda das crises. Contudo, a consideração da introdução desse novo método ao tratamento da doença epilética é de grande relevância, uma vez que essa vem auxiliar os processos medicinais, além de disponibilizar aos portadores uma nova dinâmica de adequação, detecção e monitoramento das crises resultando em melhor qualidade de vida.

REFERENCIAS

Mente e cérebro. Doenças do cérebro: Hiperatividade e epilepsia, volume 5 / [organizadora Glaucia Leal]. 2. Ed. São Paulo: Duetto Editorial, 2012. Disponível em http://www.menteecerebro.com.br

Revista Veja. [Novo aparelho é capaz de prever crises epiléticas]. Pub. Maio 2013 [especialista, neurologista Elza Márcia Yacubian]. [acesso em 25 Setembro 2013]. Disponível em: HTTP://veja.abril.com.br/noticia/saude/pesquisadores-criam-aparelho-capaz-de-prever-crises-de-epilepsia

Cook MJ, O’Brien JO, Berkovic SF, Litewka L, Hosking S, et al. Prediction of seizure likelihood with a longe-ferm, implanted

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