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A Depressão

Por:   •  31/10/2018  •  2.194 Palavras (9 Páginas)  •  290 Visualizações

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Como nos alerta a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Depressão Clínica é uma doença bem definida do ponto de vista médico, cujos sintomas são intensos, prolongados no tempo e interferem nas atividades diárias dos indivíduos (Kandhelwal, 2001).

Um diagnóstico depressivo é bastante amplo, entre os sintomas de um começo está a tristeza. A partir do momento em que o indivíduo se entristece, por um motivo seja qual ele for, desde uma perda que se decorre de um luto e essa tristeza perdurar que ultrapasse um estado de luto normal, já podemos diagnosticar um começo de depressão. De acordo com José (1999), “As reações de luto normal podem estender-se até por um ou dois anos, devendo ser diferenciadas dos quadros depressivos propriamente ditos”. A depressão também como sintoma pode aparecer em quadros clínicos como transtornos de estresse pós-traumáticos, demências, esquizofrenia, alcoolismo etc. E também podem ocorrer devido situações de estresses do dia-a-dia, como vida social e crises econômicas. No quadro como uma síndrome, não somente como uma tristeza profunda, fadigas, falta de prazer e irritabilidade, ela também pode ser caracterizada como cognitivas e psicomotoras. Já no quadro como uma doença ela já pode se enquadrar, em transtorno depressiva maior, transtorno bipolar, depressão integrante, melancolia e entre outros. Como a amplitude do quadro depressivo profundo, nem sempre a tristeza ou vazio estão literalmente ligadas a um começo de depressão, pois são sintomas típicos. Existe pacientes que que relatam ter uma certa fadiga, perda na capacidade de sentir alegria, ao invés de serem tristes são “rabugentos” um humor irritável, eles costumam se sentir peso para família ou amigos. É nesses casos que se vem muita vezes o suicídio, por querer dar fim a essa certa emoção sentida.

- Aspectos gerais

Nos sintomas psíquicos, temos a tristeza, a auto desvalorização, e até mesmo o sentimento de culpa, que podem levar a um pensamento suicida. Sintomas fisiológicos, temos a alteração no sono, que seria a insônia, ou simplesmente o exagero ao dormir demais, aumento de apetite ou falta de apetite. Crises de choro, lentidão generalizada e entre outros. Temos também as características psicóticas, como delírios de culpa por questões sem coerência, e manias de perseguição.

- Depressão: a doença do século

"A depressão é um problema de saúde pública, e será o mal do século 21, juntamente com a síndrome do pânico", afirma Sílvia Ivancko, psicoterapeuta e psicóloga do Instituto de Cancerologia de São Paulo. Os números da depressão são mesmo alarmantes: embora não se tenha um cálculo exato, estima-se que cerca de 30% da população mundial sofra da doença, sem saber. Goncalves (2007) A depressão é uma doença pós-moderna? Alguns podem pensar que sim, pois está sendo muito comentada atualmente. O olhar da mídia direcionado para a depressão nos últimos anos, não é à toa. A depressão atinge maior parte da população, crises econômicas, crises acadêmicas tudo pode se gerar esse quadro. Pesquisas mostram um certo número de trabalhadores que se afastaram de seus empregos por conta de estar com a doença, e casos até de piorarem por falta de conhecimento das devidas empresas, causando o estado pior do portador da doença. A depressão no ambiente do trabalho é um caso crônico, segundo os especialistas. Entre as causas mais comuns responsáveis pelo quadro de depressão laboral está o assédio moral, o assédio sexual, a discriminação, o estresse, longas jornadas de trabalho, a competitividade dentro e fora da empresa e a ansiedade por resultados, entre outros. Os assédios moral e sexual ainda são uma das maiores causas de afastamento por depressão no ambiente de trabalho, de acordo com os advogados. Mestre em Direito do Trabalho e professor de pós-graduação da PUC-SP, Ricardo Pereira de Freitas Guimarães acredita que o assédio é um tipo nefasto de tratamento ao empregado e que, em alguns casos contribui diretamente para o quadro de depressão. Além de depressão, outros males, como a síndrome do pânico, podem ser causados em razão do ambiente que acaba por afetar a autoestima e confiança do trabalhador em razão do assédio do empregado. Temos também o quadro depressivo que atinge os universitários. Estudantes de ensino superior têm tendências a sofrer emoções decorrentes da vida nova que estão prestes a viver, ser um adulto e passar a ter responsabilidades e saber que tem passar a viver sobre seus próprios cuidados, gera uma espécie de desconforto, insegurança, baixa autoestima e desequilíbrio na capacidade. Com isso e fora seu histórico familiar, pode-se se ter sintomas de depressão e conforme o grau, levar a um suicídio. Vieira (2005) “Uma pesquisa realizada pela Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), por meio do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace), revelou que 39% dos estudantes das instituições federais de ensino superior (Ifes) passam por alguma dificuldade emocional.” A depressão e a emoção andam juntas. A emoção pode ser boa ou ruim, decorrente da vida do ser humano, em uma de suas fases. A tristeza é uma emoção, que surge e se vai, porem quando dura em sua persistência já vira um sintoma de depressão. Um fator relativamente consensual entre diversos investigadores prende-se com a forma como encaramos a vida, Lisboa (2009).

- Depressão: critérios e tratamentos

A depressão esta sendo frequentes na área da saúde muitos casos se dão a um quadro depressivo. Estima-se que 9,5% das mulheres e 5,8% dos homens passarão por um episódio depressivo num período de 12 meses, mostrando uma tendência ascendente nos próximos vinte anos (World Health Organization - WHO, 2001)

Autores como Conrad (2007) e Horwitz e Wakefield (2007) alertam para uma reflexão acerca dos números crescentes da depressão em análises estatísticas atuais, com base em critérios diagnósticos definidos pela quarta edição do Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais, conhecido como DSM IV, de 1994, texto amplamente utilizado na área médica. Esses autores colocam em dúvida se há realmente um aumento do transtorno depressivo ou se o que está ocorrendo é um processo de medicalização de condições humanas antes tidas como normais. Não é raro que na atenção primária, os pacientes com TDM apresentem predomínio de queixas com sintomas físicos em vez de queixas emocionais. Duailibi (2005) Este fato pode justificar o fato de 50% a 60% dos casos de TDM não serem detectado

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