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A ALVEOLITE

Por:   •  15/2/2018  •  2.015 Palavras (9 Páginas)  •  578 Visualizações

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Para Marzola (2008), os traumatismos são muitas vezes provocados durante as exodontias e, em sua maioria são originadas por causas iatrogênicas, tais como: a realização de manobras bruscas, dilaceração dos tecidos gengivais, osteotomias sem irrigação, além de curetagens não necessárias. Ressaltando que estas agressões aos tecidos estão muitas vezes associadas ao aparecimento da alveolite, o que por conseguinte, produziria um atraso significativo na reparação alveolar, que ocasionaria à trombose dos vasos subjacentes, diminuindo a resistência às infecções no osso alveolar.

Segundo Pretto et al (2012) a etiologia da osteíte alveolar não é absolutamente clara, mas a condição parece resultar dos altos níveis de atividade fibrinolítica no alvéolo. Essa atividade provoca a lise do coágulo sanguíneo e posterior exposição do osso, podendo ser resultado de infecções subclínicas, de inflamação do espaço medular ósseo.

2.4 Diagnóstico

Portela et al (2014) afirmaram que o diagnóstico da alveolite é feito geralmente no segundo ou terceiro dia após a extração dental, quando o quadro clínico é extremamente desconfortável para o paciente, já que é acompanhado de dor intensa, pulsátil e não controlada pela ação de analgésicos. Além da dor, a presença de um alvéolo vazio e a halitose são os principais achados clínicos no que tange a alveolite.

Na alveolite seca a dor é aguda e constante, há uma desintegração total ou parcial do coágulo, e totalmente sensível a curetagem. Podem apresentar edemas na parte gengival e halitose. O diagnóstico geralmente se dá ao segundo e quinto dia, onde os sintomas aparecerem, sendo a dor o principal sintoma para se diagnosticar.

2.5 Tratamento

De acordo com Marzola (2008), o tratamento da alveolite está diretamente ligado a cura da infecção e consequentemente o alívio da dor, visando à troca do osso necrótico por osso saudável, criando o ciclo de regeneração óssea que, no qual leva um período de duas a três semanas

Segundo Alexander (2000) o conjunto dos antibióticos sistêmicos usados para prevenção da alveolite, embora todos tenham demonstrado eficácia, o que apresenta um resultado melhor é o metronidazol. Este medicamento tem um estreito espectro de ação que afeta principalmente bactérias anaeróbias, reduzindo a possibilidade de resistência bacteriana, como também possui menores efeitos adversos.

Pretto et al (2012) afirmaram que a prescrição de metronidazol para o tratamento de alveolite foi usada em um estudo e mostrou ser um método simples e efetivo para prevenção. De 555 pacientes que receberam 200 mg de metronidazol, somente seis (1%) desenvolveram alveolite e dos 541 pacientes do grupo de controle que receberam placebo, 23 (4,2%) desenvolveram alveolite.

De acordo com Tores-Lagares et al. (2010) um composto de fibrina com Metronidazol apresenta evidentes efeitos hemostáticos e anti-inflamatórios e facilita o crescimento de fibroblastos e osteoblastos. Que promove a cicatrização precoce e reduz a incidência de complicações. No processo de cicatrização de feridas, a cura natural é um processo passivo, no entanto, sela-se a ferida usando este material, o que promove um processo ativo que facilita a proliferação celular e aceleração da cicatrização.

Um tratamento sistêmico que os autores abordam como alívio para os pacientes é tomar medidas para aliviar a dor do paciente. Por intermédio da administração de medicação analgésica é recomendada por um período de 24 horas, sendo citada a dipirona sódica 500 mg ou paracetamol 750 mg a cada 4 horas. Nos casos de dor de maior intensidade, prescrever os anti-inflamatórios não esteroidais por via oral, como nimesulida a cada 12 horas, pelo período de 48 horas, ou via intramuscular, como diclofenaco sódico 75 mg. Cabe ressaltar que esse tratamento é somente para aliviar a dor, mas não para tratar do processo infeccioso é característico da alveolite.

Segundo Boraks, o tratamento da alveolite deve realizar-se por curetagem do alvéolo para remover o osso comprometido e preenchê-lo com sangue. A manutenção de um coágulo saudável dará início à reparação e à vedação desse alvéolo, protegendo-o da entrada de restos alimentares, que funcionam como substrato aos microrganismos. Amui4 acredita que, diante dos inúmeros tratamentos apresentados por diversos autores,23, 25, 27 a ação mecânica da limpeza do alvéolo e o emprego de substâncias medicamentosas associadas ao novo coágulo sanguíneo oferecem resultados satisfatórios sobre a sintomatologia dessa complicação.

2.6 Prevenção

Segundo Pretto et ali (2012) a prevenção da síndrome do alvéolo seco é determinada pela história médica e dentária do paciente, descobertas no exame físico, resultados de exames laboratoriais e a presença de fatores contribuintes. É de suma importância para que complicações sejam evitadas, seja feita uma orientação rigorosa e que seja mantido um campo de assepsia durante o procedimento, além de que se respeite o uso e a indicação correta da técnica cirúrgica a ser seguida, de tal forma que o cirurgião minimize o trauma e a contaminação bacteriana na área operada.

Ainda de acordo com os autores o profissional deve realizar cirurgias atraumáticas com incisões limpas e delicadeza no afastamento dos tecidos moles. Há um maior risco de desenvolver alveolite com uma cirurgia traumática e difícil. O trauma é conhecido por resultar em cicatrização retardada pela compressão do revestimento ósseo do alvéolo, comprometendo, assim, a penetração vascular e a perfusão do sítio cirúrgico.

Após os procedimentos cirúrgicos, a ferida deve ser cuidadosamente limpa. A irrigação alveolar após a extração com quantidades variadas de soro fisioló- gico revelou que o aumento da quantidade de soro fisiológico (25, 175 e 350 mL) progressivamente diminui a incidência de alveolite (10,9, 5,7 e 3,2%, respectivamente).

A incidência também pode ser diminuída por meio de bochechos pré e pós-operatórios com soluções antimicrobianas como a clorexidina.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com Souza e Fernandes (2006), a alveolite é uma complicação pós-operatória rara, sendo uma das patologias mais pesquisadas dentro da odontologia. A raridade da alveolite instigou os estudiosos a produzirem uma série de estudos visando encontrar uma forma ideal para a prevenção e tratamento.

De acordo com Peterson

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