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Desnaturação

Por:   •  17/1/2018  •  1.419 Palavras (6 Páginas)  •  1.003 Visualizações

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d) Precipitação de proteínas pelo efeito “Salting-out”

Reagente e solução:

- Solução de albumina (clara do ovo)

- Sulfato de amônio (solução saturada)

Vidraçaria e instrumental:

- Pipeta

- Tubo de ensaio

Procedimento:

Pipetar 1 mL (20 gotas) de solução de albumina num tubo de ensaio 6 e acrescentar 1 mL (20 gotas) de solução saturada de sulfato de amônio. Observe o resultado.

- RESULTADOS E DISCUSSÕES

Procedimento

Tubos

Soluções

Resultados

A

1

1 mL Albumina + HNO3 1mL

Precipitação coloração amarela / Desnaturação

2

Albumina 2 mL + CuSO4

Precipitação / Desnaturação

3

Albumina 2 mL + Ác. Tricloroacético

Precipitação / Desnaturação

B

4

Albumina 2 mL + Calor 100º

Coagulação

C

5

Albumina 1 mL + Acetona 1 mL

Precipitação / Desnaturação

D

6

Albumina 1 mL + Sulfato de Amônia 1 mL

Precipitação / Desnaturação

a) Precipitação de proteínas por ação de ácidos fortes, metais pesados e reagentes alcalóides

No tubo 1 foi dissolvido 1mL de albumina com 1mL de HNO3 e observado. Verificou-se que ocorreu precipitação da albumina com coloração amarela e sua desnaturação.

No tubo 2 foi dissolvido 2 mL de albumina com 7 gotas de solução de CuSO4 10% (gota a gota) e observado. Verificou-se precipitação e desnaturação da proteína.

No tubo 3 foi dissolvido 2 mL de albumina com 10 gotas de solução de ácido tricloroacético e observado. Verificou-se que ocorreram precipitação e desnaturação da proteína.

Conclui-se que no tubo 1 a presença do HNO3 (ácido forte) , modificou o pH do meio, resultando em alterações no estado iônico de cadeias laterais das proteínas, que modificam as pontes de hidrogênio e as pontes salinas tornando a proteína insolúvel e precipita na solução. No tubo 2 temos o CuSO4, que é um metal pesado, e no tubo 3 temos o ácido tricloroacético, e ambos formam um sal. As proteínas precipitam porque estes sais são insolúveis em água e também porque, com a quebra das ligações iônicas, os aminoácidos hidrofóbicos ficam mais expostos ao meio aquoso6.

b) Precipitação de proteínas por ação do calor

Foi colocado 1 mL (20 gotas) de solução de albumina no tubo 4 e aquecido por aproximadamente 6 minutos em banho-maria a 100º e observado. Verificou-se que depois desse tempo houve coagulação.

Acontece que ao fornecer energia a um meio aquoso contendo proteínas, atrações entre os radicais são desfeitas e a proteína é "desenrolada", expondo, ao meio aquoso seus radicais apolares que estavam contidos no seu interior. Isto é que leva à desnaturação6.

c) Precipitação de proteínas por ação do solvente orgânico

No tubo 5 foi dissolvido 1 mL (20 gotas) de solução de albumina com 1 mL (20 gotas) de acetona e observado. Verificou-se que houve precipitação e desnaturação da proteína.

O que acontece, neste caso, é que a acetona quando adicionada à solução protéica, vai competir com a proteína pela água, diminuindo a constante dielétrica da solução e as forças repulsivas de cargas iguais. Provocando agregação das moléculas e sua precipitação2.

d) Precipitação de proteínas pelo efeito “Salting-out”

No tubo 6 foi dissolvido 1 mL (20 gotas) de solução de albumina com 1 mL (20 gotas) de solução saturada de sulfato de amônio e observado. Verificou-se que houve precipitação e desnaturação da proteína.

Conclui-se que altas concentrações de sais precipitam as proteínas das soluções, fenômeno denominado salting out ou precipitação por sal. Na verdade, os sais atraem as moléculas de água causando desidratação da proteína, de modo a ficar menos água disponível para as moléculas protéicas. A solubilidade de uma proteína depende da quantidade de água disponível ao redor de seus grupos iônicos. Da mesma forma que, baixas concentrações de sais aumentam a solubilidade das proteínas, é o fenômeno salting in, que pode ser explicado pela interação entre os íons salinos e as cargas iônicas das moléculas, aumentando o número efetivo de cargas e a quantidade de moléculas de água fixadas à ionosfera protéica. Resumindo, pequenos aumentos da força iônica solubilizam melhor as proteínas, enquanto que aumentos maiores provocam precipitação das mesmas5.

- CONCLUSÃO

Conclui-se que a estrutura tridimensional definida da proteína está intimamente relacionada com suas propriedades físicas e biológicas. No entanto, com a desnaturação há alteração da conformação em todas as partes de sua molécula, acarretando a perda de sua atividade biológica e funcionalidade. É importante ressaltar que a desnaturação não envolve alterações na estrutura primária, mas de todas as outras (secundária, terciária e quaternária). A proteína desnaturada é geralmente menos solúvel ou até insolúvel, devido à exposição de radicais hidrofóbicos e outros que prejudicam a interação proteína-água e favorecem a interação proteína-proteína. Existem vários agentes de desnaturação que podem ser classificados

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