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A Nutrição Clínica

Por:   •  25/12/2017  •  1.977 Palavras (8 Páginas)  •  321 Visualizações

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Filho e Akamine (2005) argumentam que a NP é indicada quando o trato digestivo não funciona, se estiver obstruído ou inacessível, com a previsão que esta condição continuara por pelo menos sete dias. Quando a absorção de nutrientes é incompleta e principalmente quando as condições mencionadas estão associadas ao estado de desnutrição. No geral, as indicações de NP seguem as categorias:

- Pré-operatória: particularmente doentes portadores de desnutrição (perda de 15% do peso corpóreo) com doenças obstrutivas no trato gastrintestinal alto;

- Complicações cirúrgicas pós-operatórias: fistulas intestinais, íleo prolongado e infecção peritoneal;

- Desordens gastrintestinais: vômitos crônicos e doença intestinal infecciosa;

- Pós-traumática: lesões múltiplas, queimaduras graves, infecções;

- Moléstia inflamatória intestinal: colite ulcerativa e doença de Crohn;

- Insuficiências orgânicas: insuficiências hepática e renal;

- Condições pediátricas: prematuros, ma formação congênita do trato gastrintestinal, gastrosquise, onfalocele e diarreia crônica intensa.

Alguns fatores devem ser considerados na decisão de se utilizar NP, incluindo: previsão da duração da terapia; requerimento calórico e proteico; limitação de infusão hídrica e acesso venoso disponível. Deve se enfatizar que a NPT não deve ser usada rotineiramente em pacientes terminais. (WAITZBERG, 2000).

- Qual a apresentação dos nutrientes (macro) em uma solução parenteral?

De acordo com Oliveira e Cal (2005), os macronutrientes se apresentam na dieta parenteral da forma elementar, ou seja, totalmente hidrolisados, em especial a proteína (aminoácidos).

Os carboidratos são os principais substratos utilizados como geradores de energia na NP sua quantidade é determinada pelos requerimentos calóricos dos pacientes, taxa de oxidação da glicose, melhor relação carboidrato/lipídios para calorias não protéicas. Ele é utilizado em uma concentração ótima, para poupar o catabolismo das proteínas, mas sem agravar a hiperglicemia no paciente. A glicose é utilizada quase que exclusivamente em soluções de nutrição parenteral como fonte calórica, pois é mais acessível, econômica e segura, e embora seja possível utilizar frutose, xilitol ou sorbitol. A glicose é utilizada principalmente nas formas mono-hidrato de dextrose que fornece 3,4kcal/g e encontra-se em concentrações a 05%, 10%, 25%, 50% e 70%. A quantidade mínima requerida de glicose/dia é 100 a 150g, a máxima concentração de dextrose que pode ser administrada perifericamente é 10%. Por via central, a máxima concentração é de 35% na solução final. (FILHO e AKAMINE, 2005).

As proteínas considerando que a desnutrição aumenta o catabolismo proteico, favorecendo o desbalanço e perda de nitrogênio, as proteínas administradas na NP são essenciais para manter o balanço de nitrogênio corpóreo. São usadas de 0,8 a 1,0 g/Kg de peso em que cada grama fornece 4 calorias. Em situações especiais com estados de catabolismo elevado, como trauma, sepse e queimados, pode-se usar de 1,2 a 2,0 g/kg. E é na forma de soluções de aminoácidos ou dipeptídeos que as proteínas são fornecidas NP e são classificadas em soluções padrões e especiais. A solução padrão a 10% contem uma mistura balanceada de aminoácidos essenciais e não essenciais. E a solução especial contem a mistura de aminoácidos necessários para determinadas doenças, idades ou dietas solicitadas. (FILHO e AKAMINE, 2005).

Os lipídios são muito importantes na terapia nutricional, pois são fontes de ácidos graxos essenciais (triacilglicerídeos de cadeia longa), apresentam baixa osmolaridade e uma alta densidade calórica (emulsão lipídica 10% = 11kcal/g ou 1,1 kcal/ml e a 20% = 10 kcal/g ou 2 kcal/ml). As emulsões lipídicas são isotônicas e podem ser administradas por veia periférica, sendo uma importante fonte calórica se usadas em NP. Os lipídios são incorporados às formulações de NP na forma de emulsões lipídicas, constituídas basicamente por:

- Uma fonte lipídica que fornece os ácidos graxos essenciais e a maior parte das calorias;

- Uma fase aquosa, constituída por água estéril e apirogênica e a glicerina que torna a emulsão lipídica isotônica e tem pequeno componente calórico;

- Um sistema emulsificante ou estabilizante, os fosfolipídios que estabilizam a solução, evitando a separação das fases aquosa e lipídica.

As emulsões lipídicas podem conter triacilgliceridios, derivados do óleo de soja, girassol, coco, peixe, oliva ou açafrão; fosfolipídios derivados da gema de ovo ou da soja (emulsificantes) e glicerol. (FILHO e AKAMINE, 2005).

- Quais as intercorrências que podem ocorrer em pacientes com uso de nutrição parenteral?

- Metabólicas: o paciente em terapia nutricional parenteral pode apresentar complicações como hipoglicemia (administração inadequada de glicose e de insulina), hiperglicemia (estresse metabólico, obesidade, diabetes, excessiva administração de glicose), hipofosfatemia (alcoolismo crônico, inadequada administração de fosfato), hiperfosfatemia (excessiva administração de fosfato, insuficiencia renal), hipomagnesemia (alcoolismo, uso de diuréticos), hipermagnesemia (excessiva administração de magnésio em insuficiência renal), hipocalemia (inadequada administração de potássio, perda de potássio em diarreias ou fluidos intestinais), hipercalemia (excessiva administração de potássio, acidose metabólica), hipocalcemia (decréscimo da administração de vitamina D, hipoparatireoidismo, hipoalbuminemia), hipercalcemia (falência renal, exessiva administração de vitamina D, hiperparatireoidismo), hiponatremia (nefrite, insuficiencia adrenal, excesso de fluido hipotônico), hipernatremia (excessiva perda de água, excessiva administração de sódio, inadequada administração de água livre), esteatose hepática, produção excessiva de CO2, deficiência de ácidos graxos essenciais e doençaa óssea (principalmente em lactentes) e desajustes hormonais. (WAITZBERG, 2000).

- Mecânicas: (relacionadas à inserção do cateter): incluem pneumotórax, hidrotórax e lesão vascular. É imperativo o controle radiológico antes de infundir a NP. A infiltração de NP ocorre por causa de um extravasamento que ser originado pelo mau posicionamento do cateter ou pela hiperadministração

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