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A Hipertensão

Por:   •  23/7/2018  •  5.992 Palavras (24 Páginas)  •  261 Visualizações

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brancos, as complicações tendem a sem mais graves e frequentes, embora suas respostas às terapias sejam melhores. Não se sabe bem os motivos, mas pode estar relacionado à genética e ao nível sócio-econômico desta população. (MELO, 2009)

• Excesso de peso e obesidade:

As consequências da obesidade são várias alterações metabólicas e no ciclo hemodinâmico, que implicam em sobrecarga no eixo cardíaco-renal, especialmente se for o excesso de gordura for visceral. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO, 2005)

• Ingestão de sal:

Um estudo DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension), realizado nos Estados Unidos, demonstrou claramente a importância da redução do sal na melhora do controle da PA de pacientes hipertensos. (OLMOS & BENSEÑOR, 2001)

• Ingestão de álcool:

A ingestão frequente de bebidas alcoólicas não só aumenta as chances de desenvolvimento de HAS, mas também o índice de mortalidade por doenças cardiovasculares. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010)

• Sedentarismo:

Atividade física não só melhora o quadro de HAS como diminui a incidência de mortalidade. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010)

• Genética:

Alguns indivíduos têm predisposição genética para o desenvolvimento de HAS, especialmente em genes que regulam o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA). (MAHAN, ESCOTT-STUMP, & RAYMOND, 2012)

• Fatores socioeconômicos:

Indivíduos de baixa escolaridade têm prevalência maior para desenvolvimento de HAS. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010)

1.3 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:

A HAS é uma doença silenciosa e de evolução lenta, praticamente assintomática embora alguns sintomas, de maneira equivocada, são associados à doença, como dores de cabeça, cansaço e tontura, somente quando o indivíduo apresenta uma hipertensão arterial grave ou prolongada e não tratada, apresenta dores de cabeça, vômito, dispnéia ou falta de ar, agitação e visão borrada decorrente de lesões que afetaram o cérebro, os olhos, o coração e os rins. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010)

Quando um indivíduo é diagnosticado é preciso fazer, pelo menos, três avaliações: (MAHAN, ESCOTT-STUMP, & RAYMOND, 2012)

• Identificar as possíveis causas (genética, maus hábitos alimentares, sedentarismo, entre outros);

• Avaliar a presença de lesões em órgãos associados (rim, coração, cérebro);

• Identificar outros fatores de risco cardiovasculares que ajudarão guiar o tratamento.

O primeiro tratamento é sempre a mudança de hábitos, de estilo de vida, principalmente na alimentação, mas também na relação do indivíduo com a atividade física, trabalho e ralações interpessoais. O segundo passo, e também muito importante, é o controle medicamentoso com o objetivo de reduzir a morbidade e mortalidade. (MAHAN, ESCOTT-STUMP, & RAYMOND, 2012)

O não controle da PA pode levar a lesões em outros órgãos-alvo, podendo ocorrer: Acidente Vascular Cerebral (AVC), Infarto do Miocárdio, Insuficiência Cardíaca e/ou Renal e lesões em qualquer artéria do organismo, desde pequenas nos olhos a maiores nos membros. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010)

1.4 DIAGNÓSTICO:

O diagnóstico é feito pela medida da PA, podendo ser feita por qualquer médico ou profissional da saúde que esteja habilitado. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 201-?)

A PA deve ser aferida com o paciente na posição sentada, respeitando um período de repouso de 5 minutos. Medidas com valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg são consideradas altas, mas não é possível basear o diagnóstico apenas em uma leitura. Muitas vezes são necessárias várias leituras para estabelecer o diagnóstico. Se a leitura inicial apresentar um valor alto, deve-se então, medi-la novamente, em seguida, mais duas vezes e, em pelo menos mais dois outros dias, para assegurar o diagnóstico de hipertensão arterial.

A medida da PA também é utilizada para o acompanhamento em pessoas que já estão em tratamento, e a pressão é normalmente medida com um esfigmomanômetro de coluna de mercúrio, mas existem outros tipos de medidores. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010)

Exames laboratoriais também devem ser solicitados como de urina, creatinina, potássio, glicemia, colesterol ou mesmo de taxas hormonais como de aldosterona, com o objetivo de detectar hipertensão secundária chamada de Hiperaldosteronismo Primário (o excesso de sua produção gera excesso de sódio e aumento de potássio no sangue e pode causar aumento da pressão e diferença no pH sanguíneo). (MAHAN, ESCOTT-STUMP, & RAYMOND, 2012)

Eletrocardiograma e teste de esforço são importantes para um diagnóstico mais claro e detecção de lesões já existentes no coração, bem como avaliação para a possibilidade de atividade física para o paciente. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010)

Somente uma aferição de pressão não é suficiente para determinar que um indivíduo é hipertenso ou não, alguns fatores momentâneos elevam a pressão: como um estresse momentâneo, como por exemplo corrida para não perder a consulta ou mesmo o “efeito do avental branco”, que acontece quando a pessoa tem medo de ficar na frente do médico. No caso da alteração momentânea o paciente tende a baixar a pressão em alguns instantes. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2007) 

2 ASPECTOS GENÉTICOS

A HAS é considerada uma doença poligênica de herança multifatorial, resultante da combinação de fatores ambientais e alterações em diferentes genes. (BARTOCH & ARONSON, 1999) (AMADEO, BRANDÃO, & NOBRE, 2013) (KIMURA, 2010)

Existem duas classes gerais de genes: os “causadores” que fazem alterações necessárias para a pessoa desenvolver a doença e os de “suscetibilidade” com alterações que tornam o indivíduo mais suscetível à doença, quando estes agem em combinação com outros genes do mesmo tipo e/ou com fatores ambientais, como ocorre na expressão da HAS.

Muitos genes estão envolvidos na regulação da hipertensão arterial e, até o momento, 150 já foram identificados e separados por classes funcionais.

Figura 2 – Classes funcionais

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