AS INFECÇÃO CIRÚRGICA
Por: Kleber.Oliveira • 27/11/2018 • 5.960 Palavras (24 Páginas) • 320 Visualizações
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a maioria dos antibióticas.
• Nas UTIs as infecções mais frequentes são as respiratórias, em seguida a da corrente sanguínea e depois a urinária.
Projeto de melhora da qualidade (estudo feito pelo EUA) – prevenção de:
• Infecção de área cirúrgica e sepsis pós-operatória
• Complicações cardiovasculares, incluindo IAM
• Complicações respiratórias, incluindo a pneumonia e a dependendia de respiração assistida
• Complicações tromboembólicas
• As bases do uso de ATB profiláticos existe há mais de 30 anos e somente 56% dos pacientes da Medicare (plano de saúde americano) são tratados convenientemente
Infecção de área cirúrgica – porcentagens
• 14-16% de todas as infecções hospitalares
• 2-5% após operações limpas fora da área abdominal
• Até 20% dos pacientes submetidos a operações abdominais: cirurgia abdominal tem maior risco de complicação porque o abdome por si só já é contaminado (possui a maior contaminação de germes do corpo, pelo intestino, estômago...)
Projeto da melhora de qualidade cirúrgica
• Prevenção da infecção cirúrgica:
o Uso apropriado de ATB profiláticos. ATB usado preventivamente, exatamente antes da cx, pré-op. É uma medida coadjuvante.
o Controle da glicemia principalmente em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca
o Tricotomia apropriada: se faz em centro cirúrgico com barbeador elétrico/máquina de cortar cabelo (para evitar lesões da pele) muito próximo ao ato cirúrgico. O pelo só é raspado quando vai interferir no centro cirúrgico. Pois o menor índice de infecção foi verificado nos pacientes que nao fizeram tricotomia. Não se depila um dia antes com gilete, porque isso aumenta significativamente a chance de infecçãoo, pois faz muitas lesões de pele.
o Normotermia, principalmente em pacientes submetidos a cirurgia colorretal: doente não pode ter hipotermia durante a cirurgia, pois esta faz vasoconstrição (não leva a quantidade suficiente de O2 aos tecidos). Toda isquemia tissular pode aumentar os índices de infecção
• Operações video-assistidas tem um risco 2.7% menor de infecção cirúrgica: isso acontece porque há menos áreas expostas e menos trauma.
Diminuição de infecção em 27% em 3 meses, quando adotaram os critérios acima.
Infecções de áreas cirúrgicas
Correspondem a segunda principal causa de infecção intra-hospitalar (a primeira é sonda vesical). É a segunda maior causa de infecção hospitalar (a primeira é sonda vesical). ***
• Incisionais:
o Superficiais: quando acomete a pele ou o tecido subcutâneo
o Profundas: quando acomete o tecido aponeurótico
As infecções de áreas cirúrgicas incisionais são as mais frequentes e totalizam 2/3 de todas as infecções cirúrgicas. Correspondem a infecção de pele e tecido subcutâneo (superficial), fáscia e músculo (profunda) NÃO ENVOLVEM AS CAVIDADES! (PROVA***)
• Órgão/espaço:
o É aquela que está dentro de órgãos ou dentro da cavidade.
Abscesso hepático pós-apendicectomia
Abscesso intraperitoneal após CX de ressecção de cólon
Infecção hospitalar:
1a causa: SONDA VESICAL
2a causa: INFECÇÃO DE ÁREA CIRÚRGICA
Incisional superficial
• Ocorre até 30 dias após a operação. O doente faz o procedimento cirúrgico, 2 dias depois, em geral, recebe alta e vai para casa e não é marcado retorno. Quando isso acontece, as estatísticas de infecções do hospital ficam furadas. É válido lembrar que as infecções hospitalares ocorrem em até 30 dias, por isso pedir retorno do paciente antes de 30 dias é importantíssimo, para ter a chance de detectar e controlar a infecção.
• 2/3 das infecções cx são dessa área
• Envolve a pele e o tecido celular subcutâneo da incisão – APENAS
• Incisão fica avermelhada, com drenagem purulenta com ou sem confirmação laboratorial. Sinais clínicos de dor, calor, turgor e rubor. O diagnostico é CLÍNICO e confirmado pelo exame bacteriológico feito pela cultura da secreção, para saber qual tipo de germe que é.
o Na maioria das vezes não é necessário nem fazer ATB pois a infecção melhora no momento em que se retira o pus, melhora com a drenagem local.
Incisional profunda
• Ocorre até 30 dias após a operação ou até 1 ano se uma prótese for colocada – operações em que se coloca uma prótese, o paciente pode chegar no consultório 5 meses depois do procedimento, por exemplo, e a lesão estar com secreção purulenta. Se o médico considerar isso como uma reação à prótese, pode acabar perdendo o “time” para diagnóstico de infecção de próteses, que pode ocorrer até 1 ano após a cirurgia.
• Envolve tecido mole profundo (fáscias e músculos- plano musculoaponeurótico)
• Drenagem purulenta com ou sem confirmação laboratorial – pode se exteriorizar com uma drenagem purulenta (que ocorre na maioria das vezes), permitindo confirmação laboratorial da secreção. Algumas vezes, não ocorre essa drenagem e nem sintomas clínicos de infecção, mas o paciente queixa-se de dor. Em alguns casos, podemos pedir uma ecografia, que revelará uma infecção -> ex: o caso típico é da bainha do reto – é nessa bainha que se aloja a infecção -> exemplo típico de infecção incisional profunda.
• Diagnóstico pela cultura, pela deiscência da ferida ou reincisão cirúrgica.
• Sintomas de febre e dor ou aumento da sensibilidade local. Ë mais difícil de fazer diagnóstico pelos sinais flogísticos de inflamação.
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