A BIOQUÍMICA CLÍNICA
Por: Jose.Nascimento • 7/6/2018 • 2.172 Palavras (9 Páginas) • 422 Visualizações
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* Baixa pressão: rim libera a renina (precursora de angiotensina), a qual converte o angiotensinogênio (encontrado aderido às estruturas dos capilares) em angiotensina I. A angiotensina I tem baixa capacidade vasoconstritora, o que não resolve o problema da baixa pressão sanguínea na região renal; então essa angiotensina I quando liberada na circulação, passa por capilares pulmonares, onde, ligada aos capilares pulmonares, existe a enzima conversora de angiotensina (ECA), essa ECA converte a angiotensina I em angiotensina II, a qual possui poder vasoconstritor elevado, contribuindo para o aumento da pressão renal, e também estimula a liberação de aldosterona e ADH. A aldosterona sendo secretada estimula a reabsorção de sódio, aumentando a captação de sódio para a circulação sanguínea contribui para o processo osmótico de passagem de água para dentro do leito vascular, que aumenta a pressão; além disso, com a ação do ADH, tem-se o aumento da reabsorção de água, que também aumenta o volume sanguíneo.
*Processos para formação e eliminação urinária:
- Filtração glomerular
- Reabsorção tubular
- Secreção tubular
- Excreção
- Filtração glomerular:
- Formação do filtrado glomerular
- Substâncias que estão dentro do capilar glomerular e que conseguem atravessar a parede deste, indo para dentro do túbulo renal, são filtradas. Já as que não atravessam ficam retidas, devido ao alto peso molecular (acima de 50 KD).
- Ficam retidas no leito vascular dos capilares glomerulares: proteínas de alto peso molecular, lipídios (por causa da baixa solubilidade em água) e qualquer tipo de célula.
- Substâncias de carga negativa também tem dificuldade de filtração, devido a repulsão pela membrana basal do capilar glomerular.
- Forças que garantem o processo de filtração:
- Pressão hidrostática (PH) – 70 mmHg: exerce uma força sobre as paredes dos capilares glomerulares, contribuindo para o processo de filtração.
- Pressão coloidosmótica (PC) – 35 mmHg: força responsável por atrair a água, que passou para dentro da cápsula, de volta para o capilar glomerular, sendo uma força contrária ao processo de filtração.
- Pressão hidrostática intracapsular (PHIC) – 5 mmHg: a medida que a filtração vai acontecendo, o líquido do processo de filtração cobre toda a região glomerular, exercendo uma pressão sobre a região do capilar glomerular, sendo também uma força contrária ao processo de filtração.
* Filtração glomerular = PH – (PC + PHIC)
70 – (35 + 5)
70 – 40 = 30 mmHg
* Se o paciente tem insuficiência cardíaca, a pressão hidrostática vai ser menor, devido ao sangue chegar com menos força, devido à força de bombeamento ser menor, fazendo com que o vetor dessa pressão caia, podendo começar a reter substâncias tóxicas na circulação. Já no paciente hipertenso, a pressão hidrostática aumenta, aumentando a força que impulsiona as substâncias a atravessar o capilar glomerular, fazendo com que substâncias que deveriam ficar retidas comecem a aparecer no filtrado.
- Passa cerca 1 litro de sangue por minuto pelos rins (25% do volume sanguíneo). Desse 1 litro de sangue, 600 mL corresponde ao plasma e 120 mL desse plasma é filtrado pelos rins por minuto.
- Substâncias filtradas podem:
- Ser reabsorvidas completamente no túbulo renal, não sendo detectada na urina (glicose e aminoácidos)
- Ser parcialmente reabsorvida – encontrada na urina, mas em quantidade menor do que aquela que foi filtrada (ureia)
- Ser secretada, mas não reabsorvida (creatinina)
- Ser reabsorvida parcialmente e secretada (ácido úrico)
- Não ser reabsorvida e nem secretada (inulina)
- Reabsorção e Secreção:
- Acontece ao longo de todo o túbulo renal (túbulo contorcido distal e proximal)
- Filtrado que passa no glomérulo para o túbulo proximal tem a mesma concentração do plasma (em íons, pequenas moléculas) - isoosmótico
- Túbulo contorcido proximal: onde acontece a maior parte dos processos de reabsorção de glicose, aminoácidos, ureia. Suas células tubulares apresentam grande número de proteínas de transporte ativo, que vão lançando moléculas de glicose (por exemplo) para dentro da célula tubular e depois essa glicose atravessa passivamente para o interstício, para ser novamente encontrada na circulação. Nesse túbulo também pode ocorrer secreção de histamina; alguns hormônios esteroidais tem atividade nesse túbulo – como a ativação da vitamina D (derivado esteroidal) pelo paratormônio –; creatinina e íons potássio também são secretados nesse túbulo.
- Alça de Henle:
- Ramo descendente – há células capazes de reabsorver água, mas não reabsorver íons. Filtrado hiperosmótico (mais concentrado) em relação ao plasma.
- Ramo ascendente: reabsorve sódio, mas água não. Filtrado hipoosmótico em relação ao plasma.
- Túbulo distal: reabsorção de água e eletrólitos. Sendo assim, quando chega no túbulo coletor a urina, apresenta osmolaridade maior que a do plasma (hiperosmótica em relação ao plasma). Apresenta receptores para os hormônios aldosterona e ADH (o qual apresenta receptores no túbulo coletor também). O ADH se liga a um receptor e envia uma informação ao meio intracelular, para que sejam adicionados à membrana canais de água (aquaporinas), os quais fazem com que a água atravesse de dentro do túbulo renal para dentro da célula tubular e depois de volta para o interstício e circulação sanguínea, já a aldosterona manda a informação para que sejam adicionados canais de sódio (ou abertos, caso já existam), para captar o sódio do túbulo renal.
- Doenças renais (nefropatias):
- Doença renal aguda: é possível tratar
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