AMILOIDOSE SARNA SARCÓPTICA
Por: Salezio.Francisco • 27/3/2018 • 1.746 Palavras (7 Páginas) • 322 Visualizações
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O material colhido deve ser colocado em lâmina de microscopia com 1 gota de parafina liquida, óleo mineral, glicerina ou hidróxido de potássio 10% e coberto por lamínula (BOND, 1996).
Durante o tratamento, se tiver uma redução de 75% dos ovos e aumento de 75% e ácaros mortos, considera-se um bom prognostico (BOND, 1996).
MALASSEZIA
As leveduras do gênero Malassezia são consideradas como parte integrante habitual da microbiota da pele, dos ouvidos e das mucosas dos animais. O quadro clínico é desencadeado pela excessiva multiplicação da levedura Malassezia pachydermatis sobre a epiderme do animal. A importância das leveduras do gênero Malassezia vem aumentando a partir de seu reconhecimento como importante patógeno tanto em pacientes imunocompetentes como em pacientes com algum tipo de imunodepressão como alterações nos mecanismos de defesa do hospedeiro e na microbiota da superfície da sua pele (Schlottfeldt, 2002).
Vários estudos têm demonstrado que entre 50 a 100% dos animais sadios são portadores destas leveduras lipofílicas, principalmente em regiões do corpo ricas em glândulas sebáceas como porção ventral de pescoço e abdome, axilas, virilhas, região inguinal, face, ouvidos (face interna do pavilhão auricular), pés e extremidades das patas. (Zaitz, 1995).
O desenvolvimento e a evolução de quadros patológicos associados à Malassezia necessitam, de fatores predisponentes no hospedeiro. Deficiências vitamínicas, desnutrição, doenças crônicas infecciosas como tuberculose, diabetes melito, corticoterapia sistêmica, gravidez, imunodepressão e taxas elevadas de cortisol plasmático como fatores predispõem para estas infecções (Schmidt, 1997).
Atualmente o método de escolha para o diagnóstico da malassezia é o citológico. Dentre os métodos de citologia mais utilizados estão o raspado, o swab e o imprinting para identificação da levedura. Para alguns especialistas, 3 ou 4 leveduras encontradas por campo, na microscopia por imersão a óleo, são consideradas significantes para o diagnóstico clínico. (Dubugras, 1992).
PSEUDOMONAS
O gênero Pseudomonas constitui a família denominada Pseudomonadaceae, onde os membros desta família caracterizam-se como bacilos gram-negativos retos ou ligeiramente curvos, aeróbios estritos e a maioria das cepas apresenta motilidade por meio de um ou mais flagelos polares. É um agente patogênico oportunista que pode causar doenças como: Infecções do Trato Urinário, Infecções no Sistema Respiratório, Infecções da Pele e dos Tecidos Moles, Infecções Oftalmológicas, Infecções Ósseas e Articulares e outras infecções sistêmicas (Trabulsi, 1999).
A otite externa bacteriana é uma infecção causada pela bactéria Pseudomonas aeruginosa e costuma acometer filhotes (cujo sistema imunológico está em desenvolvimento), animais idosos ou imunossuprimidos. Essa é uma bactéria agressiva, resistente a maioria dos tratamentos usados em otites externas comuns e a infecção pode ultrapassar a pele atingindo tecidos moles, cartilagem e osso temporal e da base do crânio. Os principais sinais são intensa otorréia e dor, edema eritema e franca necrose da pela do canal do ouvido pode ser evidenciada.
O diagnóstico da infecção é feita pela cultura do material proveniente do processo infeccioso (Trabulsi, 1999).
SARNA OTODÉCICA
A Sarna otodécica é causada por um aracnídeo branco, transparente e móvel que se desenvolve por completo em cerca de 3 semanas. A transmissão ocorre de forma direta e indireta. O ácaro pode sobreviver no ambiente por 8 a 12 semanas. Pulgas também podem transmitir o Otodectes ou seus ovos que se aderem a elas. Visíveis a olho nu eles se movimentam dentro do ouvido dos animais afetados causando desde intenso prurido e desconforto até otites severas (NORSWORTHY et al., 2004).
A sarna otodécica caracteriza-se por secreção abundante, serosa de cor escura lembrando pó de café. Os ácaros se alimentam de restos de pele morta, mas ocasionalmente podem também picar a pele para se alimentarem de linfa. De alta prevalência entre cães e gatos, estima-se que seja o responsável por 10% das otites dos cães e cerca de 50% das otites nos gatos. O contagio se dá pelo contato direto entre animais sadios e "doentes" e também pela pulga. Esses ácaros se localizam não somente no ouvido como também no corpo do animal, principalmente pescoço, dorso e cauda (NORSWORTHY et al., 2004).
O diagnóstico se faz pelo aspecto singular da secreção ou com auxilio de otoscopio. Pode-se também proceder ao exame direto de swab da secreção.
Espalha-se o material preso ao swab sobre lâmina fazendo-se um "esfregaço" fino e procede-se ao exame direto em microscópio com objetiva de 10 (NORSWORTHY et al., 2004).
Referências Bibliográficas
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SCHLOTTFLDT FS, Tramontin SW, Nappi BP, Santos, JI. Reclassificação
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