Bacterioses
Por: YdecRupolo • 3/5/2018 • 8.300 Palavras (34 Páginas) • 301 Visualizações
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Em casos de botulismo, os médicos devem comunicar às autoridades estaduais de saúde, para que os alimentos contaminados possam ser recolhidos.
- Diagnóstico
O primeiro diagnóstico é o clínico, feito pelo médico ouvindo os sintomas do paciente. O diagnóstico laboratorial é realizado pela detecção da toxina no paciente (sangue ou fezes) ou no alimento, através da injeção em ratos. Um caso suspeito é considerado surto e emergência de saúde pública.
Nos casos de botulismo por ferimentos é preciso procurar pela bactéria na ferida ou no sangue, em fezes não é possível.
- Esquema vacinal
Não existe nenhum esquema vacinal para o Botulismo, pois não existe vacina.
Salmonelose
- Agente Etiológico
As bactérias do gênero Salmonella pertencem ao reino Enterobacteriaceae, são classificados como bacilos e possuem forma de bastonetes de 0,5 por 1 micrômetro. Quanto à coloração de Gram, são consideradas Gram negativas, além de anaeróbias facultativas, onde a maioria é móvel devido à presença de flagelos peritríquios.
A grande maioria dos casos de infecção fica restrita somente ao intestino delgado. Contudo, dependendo do agente causador e do estado do organismo agredido pode haver multiplicação no baço, cérebro e fígado.
- Nome da doença
Salmonelose ou Gastrenterite por Salmonelas, como também é conhecida.
- Patogênese
A contaminação por Salmonella pode ocorrer através da pele lesionada, pelo trato digestivo, respiratório e pela conjuntiva, no entanto a via fecal-oral é considerada a principal via de transmissão.
Após a contaminação via oral, elas penetram no intestino delgado, invadem a mucosa intestinal não somente pela destruição da camada epitelial, mas também pelo transporte através do epitélio intacto. Na mucosa intestinal, há vários tipos de células como as células Paneth, células M, enterócitos absortivos e células crípticas. As células M, agrupadas sobre placas de Peyer e os enterócitos absortivos são considerados as principais portas de entrada para o patógeno.
Caso as bactérias atingirem a corrente sanguínea e infectarem outros órgãos, a gravidade da doença aumenta.
- Vacina
Não existe vacina para esta doença por se tratar de uma intoxicação alimentar. Mas tem como prevenir de formas muito simples, que se resume em ter bons hábitos de higiene, seriam eles: lavar bem utensílios e mãos após manipular ovos e carnes cruas; não usar os mesmos utensílios com alimentos crus e cozidos; cozinhar bem os alimentos, principalmente as carnes; refrigerar alimentos preparados com calor; proteger os alimentos do contato com animais que podem transmitir a bactéria, como aves, insetos e roedores; todas as verduras, frutas e legumes precisam ser super bem lavados, eles devem ficar mergulhados em água com um pouco de hipoclorito de sódio, leite deve ser ingerido apenas pasteurizado ou fervido.
Como os ovos são uma das principais formas de contágio, devem ficar sempre refrigerados e crus devem ser evitados, sejam consumidos apenas eles ou em receitas que os mantenham crus, como maioneses feitas em casa.
- Sintomas clínicos
Os sintomas tendem a se manifestar entre 12 e 72 horas após o contágio ou até mesmo 72 horas depois, durando de dois a sete dias, são eles: cólicas abdominais, dor de cabeça, desidratação, febre baixa e arrepios, náuseas, vômitos e diarréia intensa por mais de 3 dias, podendo ou não apresentar sinais de sangue.
A intensidade dos sintomas pode variar dependendo do estágio da infecção e de pessoa para pessoa. A doença não deixa graves sequelas, entretanto pacientes imunodeprimidos, idosos, crianças e portadores de anemia falciforme necessitam de maiores cuidados. A doença é considerada mais grave quando a bactéria causadora alcança a corrente sanguínea do paciente, pois ela irá atingir outros órgãos vitais do corpo humano.
- Tratamento
O tratamento da doença é muito simples, baseia-se em cuidar dos sintomas e manter o paciente hidratado. Apenas no caso de desidratação severa e/ou a infecção alcance os órgãos do intestino é necessário internamento para reidratação com soro intravenoso, ou uso de antibióticos, mas em poucos dias o paciente está recuperado. Deve-se ficar atento às medidas preventivas para se evitar futuras complicações.
- Diagnóstico
Geralmente diante dos sintomas logo há a suspeita de salmonelose, com uma breve conversa, o médico pode avaliar as últimas refeições e hábitos de higiene do paciente para ajudar na certeza do quadro.
Contudo, devido a existência de diversas espécies de Salmonella a identificação do agente causador pode ser um pouco complicada, por isso pode ser necessário a repetição de exames várias vezes. Para haver certeza do diagnóstico a bactéria deve ser isolada, devendo-se colher material clínico, que irá variar de acordo com o tipo de infecção, podendo ser fezes, sangue ou líquor. Em casos mais evoluídos, é necessário o exame de sangue para identificar e verificar se a bactéria está presente na corrente sanguínea do paciente.
Após a certeza do quadro deve-se dar início imediato ao tratamento, para a doença não evoluir.
- Esquema vacinal
Não existe esquema vacinal para esta doença por não ter vacina.
Tuberculose
- Agente Etiológico
Identificado por Robert Koch em 1882, o Mycobacterium tuberculosis, é uma espécie do gênero Mycobacterium. O M. tuberculosis é uma micobactéria BAAR (bacilo álcool ácido resistente), parasita intracelular, aeróbia obrigatória, que se divide a cada 16-20 horas. Este é um tempo relativamente longo comparado a outras bactérias que normalmente tem suas divisões contadas em minutos. É um pequeno bacilo, fino e encurvado, imóvel, em forma de bastão que pode resistir a desinfetantes fracos e ao ácido gástrico e pode sobreviver em estado latente por semanas
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