A LAISHIMANIOSE
Por: Rodrigo.Claudino • 18/11/2018 • 3.327 Palavras (14 Páginas) • 329 Visualizações
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3.9. Diagnóstico ....................................................................................................................................13
3.10. Tratamento ................................................................................................................................. 13
3.11. Prevenção ................................................................................................................................... 15
4.0 METODOLOGIA .............................................................................................................................17
- CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 18
6.0 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS..............................................................................................19
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1.INTRODUÇÃO
A causa da leishmaniose é um protozoário intracelular do gênero Leishmania. O protozoário apresenta duas formas morfológicas, a amastigota e a promastigota e, completa o seu ciclo biológico em dois hospedeiros. A forma amastigota do parasita ocorre no hospedeiro invertebrado, e a forma promastigota ocorre no hospedeiro invertebrado, que serve como vetor (SAITO, 2008).
O mosquito flebotomíneos da subfamília Phlebotomus, do gênero Lutzomyia são vetores primários. Os flebotomínes-fêmea alimentam-se no hospedeiro vertebrado e ingere as amastigotas que em seguida se transforma na forma promastigota flagelada no inseto. Estas formas são injetadas na pele do hospedeiro vertebrado durante a alimentação do inseto. Os promastigotas são fagocitados por macrófagos e se disseminam por todo o corpo. Quando ocorre a ruptura dessas células, os parasitos livres invadem outras células, ou são fagocitados. Após um período de incubação de 1 mês a sete anos, desenvolve-se formas amastigotas (não flagelados) e lesões cutâneas (SAITO, 2008).
As leishmanioses fazem parte de dois grandes grupos: o primeiro grupo causa a leishmaniose tegumentar (leishmaniose cutânea, muco-cutânea e cutânea difusa), e os protozoários envolvidos são Leishmania mexicana, L. brasiliensis e L. tropica. O segundo grupo, este de maior interesse caracteriza-se pela gravidade e fatalidade dos casos, causa a leishmaniose visceral ou popularmente chamada de “calazar”. Os protozoários pertencentes a este grupo são L. donovani e L. chagasi, sendo apenas está última encontrada no Brasil (FOGANHOLI, 2011).
A leishmaniose é uma infecção zoonótica que afeta animais selvagens, animais domésticos e o homem. Os animais selvagens representam os verdadeiros reservatórios, enquanto que o homem é considerado um hospedeiro acidental (FOGANHOLI, 2011).
No Brasil, existe uma grande variedade de espécies do protozoário e a doença apresenta-se como uma zoonose em franca expansão geográfica, sendo uma das infecções dermatológicas mais importantes, não só pela frequência, mas principalmente pelas dificuldades terapêuticas, deformidades e sequelas que podem acarretar (FOGANHOLI, 2011).
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivos gerais
O presente trabalho tem o objetivo aprimorar o aprendizado, obtido em sala de aula pelos discentes, relacionado às disciplinas do semestre.
Demonstrar aspectos importantes relacionados à Leishmaniose.
2.2. Objetivos específicos
- Aprender sobre a Leishmaniose de forma interdisciplinar, promovendo a integração curricular.
- Pesquisar, em fontes científicas atualizadas, informações relacionadas à definição, importância, etiologia, patogenia, aspectos clínicos, sintomatologia, diagnóstico, tratamento e prevenção da Leishmaniose.
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1. Histórico da doença
Considera-se que Leishmaniosefoi descrita pela primeira vez na Grécia em 1835. O parasito foi identificado no início do século XX, quando William Leishman encontrou o protozoário no baço de um soldado indiano, e Donovan em 1903 foi responsável pela primeira publicação sobre o agente. Em 1904, Leonard Rogers conseguiu cultivá-lo e Patton observou diferentes formas morfológicas em 1907 (BASTOS, 2012).
O primeiro caso de LV autóctone do Brasil foi registrado em 1913 por Migone. Teorias indicam a possibilidade de o parasito ter desembarcado no Brasil através de cães infectados provenientes do continente europeu, trazidos por colonizadores no século XVI (BASTOS, 2012).
3.2. Leishmania
As leishmania são protozoários parasitas de células fagocitárias de mamíferos, especialmente de macrófagos. São capazes de resistir à destruição após a fagocitose. As formas promastigotas (infecciosas) são alongadas e possuem um flagelo locomotor anterior, que utilizam nas fases extracelulares do seu ciclo de vida. O amastigota (intracelular) não tem flagelo (FRASER, 2008).
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Figura 1 – Forma promastigota Figura 2 – Forma amastigota
3.3. Etiologia
As espécies de parasitas responsáveis pela leishmaniose visceral estão divididas mundialmente em três gêneros: Leishmania (Leishmania) chagasi, Leishmania(Leishmania) donovani e a Leishmania (Leishmania) infantum. A L. infantum e a L.donovani são os agentes causadores da doença nas áreas do mar Mediterrâneo e do Oriente Médio e a L. chagasi é responsável pela forma clínica da leishmaniose visceral nas Américas Central e do Sul, incluindo o Brasil (FRASER, 2008).
3.4. Morfologia do parasita
A Leishmaniaapresenta semelhanças morfológicas com as diversas espécies existentes. A forma aflagelada ou amastigota está presente nos tecidos dos vertebrados, especialmente em macrófagos, medindo 3,7 x 2,1 μm. É arredondada ou ovóide com núcleo grande, oval e excêntrico sem flagelos; junto ao núcleo encontra-se uma estrutura denominada cinetoplasto (extensão da mitocôndria), rica em DNA mitocondrial, o kDNA. Nos canídeos (cães e raposas),
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