I-PRF e Microagulhamento na Harmonização Orofacial
Por: alexia2025 • 3/2/2025 • Trabalho acadêmico • 1.392 Palavras (6 Páginas) • 18 Visualizações
i-PRF EM PROCEDIMENTOS DE MICROAGULHAMENTO NA HARMONIZAÇÃO OROFACIAL
1 INTRODUÇÃO
As mudanças faciais decorrentes do envelhecimento, que é um processo inevitável, resultam de fatores tanto extrínsecos, como exposição a oxidantes e fatores ambientais; quanto intrínsecos, como mudanças fisiológicas ao longo do tempo, bem como efeitos da gravidade, reabsorção óssea progressiva, diminuição da elasticidade do tecido e redistribuição subcutânea (CARVALHO et al., 2022).
Essas transformações decorrentes do envelhecimento resultam no aparecimento de rugas e flacidez da pele, causando preocupação estética e insatisfação nas pessoas. Tal impacto é particularmente proeminente para a pele facial, em especial, a área periorbital que é propensa a alterações como hiperpigmentação, flacidez da pele e desenvolvimento de rugas (ATSU et al., 2023).
O rejuvenescimento da pele facial visa reverter o processo de envelhecimento para restaurar a aparência cosmética mais jovem, seja com procedimentos estéticos cirúrgicos ou não cirúrgicos (BANIHASHEMI et al., 2021; COSTA NOGUEIRA e SILVA, 2023).
Entre as abordagens não cirúrgicas, o plasma rico em plaquetas (PRP), um concentrado de plaquetas obtido de plasma autólogo, ganhou popularidade para o rejuvenescimento da pele facial, bem como para outras condições dermatológicas (WANG et al., 2019; SCHOENBERG et al., 2020; LIN et al., 2020; BANIHASHEMI et al., 2021; XIAO et al., 2021; NOBREGA, CASTRO e BASTOS, 2022).
Os concentrados de plaquetas autólogos (APCs) são agentes terapêuticos promissores, pois são uma grande fonte de citocinas, fatores de crescimento e outras substâncias biologicamente ativas. Obtidos do sangue do paciente, apresentam vantagens como a redução das reações imunológicas, tornando o procedimento mais seguro, bem tolerado, com reações adversas mínimas e menor custo. Os APCs vem sendo usados para rejuvenescimento facial tanto em combinação com microagulhamento ou intradermoterapia (BUZALAF e LEVY, 2022).
O PRP contém uma diversidade ampla de proteínas/fatores de crescimento, incluindo fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF), fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e fator de crescimento transformador beta (TGF β); portanto, tem o potencial de rejuvenescer a pele por meio da melhora da angiogênese, remodelação de tecidos, estimulação de células-tronco, proliferação/regeneração celular e produção de ácido hialurônico (NANDA et al., 2020).
Para superar limitações como a preparação difícil do PRP em razão da necessidade de centrifugação dupla e da necessidade de utilização de anticoagulantes que podem prejudicar o processo de cicatrização, devido à inibição do processo de coagulação (MIRON et al., 2017; MAISEL-CAMPBELL et al., 2020), em 2001, a fibrina rica em plaquetas (PRF), um agregado plaquetário autólogo de “segunda geração”, foi desenvolvida por Choukroun et al. (BUZALAF e LEVY, 2022). E, em 2014, foi desenvolvida uma forma fluida (injetável) de PRF, denominada fibrina rica em plaquetas injetável (i-PRF); “terceira geração”, por modificação da força de centrifugação relativa (RCF) (WANG et al., 2018).
Com a diminuição da RCF e o tempo de centrifugação e com a utilização de tubos plásticos, para que o tempo necessário para a coagulação da fibrina seja mais lento nos períodos iniciais, gera um produto contendo fibrinogênio e trombina, que permanece fluido por cerca de 20 minutos após a centrifugação, antes que a matriz de fibrina seja formada, tornando o produto adequado para ser empregado no rejuvenescimento facial (SHASHANK e BHUSHAN, 2021; BUZALAF e LEVY, 2022).
O i-PRF é um método de tratamento promissor para o rejuvenescimento da pele, que pode ser usado como um método antienvelhecimento, bem como para melhorar cicatrizes de acne, manchas e o tom e a textura da pele e, ainda, para melhorar o sulco lacrimal, dobras nasolabiais, linhas marionetes, linhas periorais e pele do pescoço, tórax e mãos (MIRON et al., 2017; DASHORE et al., 2021).
REFERÊNCIAS
ATSU, N.; EKINCI-ASLANOGLU, C.; KANTARCI-DEMIRKIRAN, B.; NUHOGLU, F. The comparison of platelet‐rich plasma versus injectable platelet rich fibrin in facial skin rejuvenation. Dermatol Therapy, v. 1, n. 1, p. 3096698, 2023.
BANIHASHEMI, M.; ZABOLINEJAD, N.; SALEHI, M.; HAMIDI ALAMDARI, D.; NAKHAIZADEH, S. Platelet-rich plasma use for facial rejuvenation: a clinical trial and review of current literature. Acta Biomed, v. 92, n. 2, p. e2021187, 2021.
BUZALAF, M. A. R.; LEVY, F. M. Autologous platelet concentrates for facial rejuvenation. J Appl Oral Sci, v. 30, n. 1, p. e20220020, 2022.
CARASEK, G. G.; FRAPORTI, L. Tratando o envelhecimento facial com PRF líquida e microagulhamento. Rev Reviva, v. 3, n. 1, p. 1-3, 2024.
CARVALHO, L. R.; CORRÊA, A.; SANTOS, I. D.; SANTOS, T. M. Ação dos bioestimuladores de colágeno semipermanentes para o tratamento de rejuvenescimento facial: uma revisão bibliográfica. 2022. 24 f. Artigo (Graduação). Joinville: Sociedade Educacional de Santa Catarina – UNISOCIESC; 2022.
COSTA NOGUEIRA, I. C.; SILVA, N. C. S. Aplicabilidade dos bioestimuladores de colágeno (Ácido Poli-LLático e Hidroxiapatita de Cálcio) no preenchimento dérmico em áreas off-face do corpo. Res Soc Develop, v. 11, n. 8, p. e47411831181(1-14), 2022.
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