SAEP E CRIRUGIAS NEUROLÓGICAS
Por: Jose.Nascimento • 7/9/2018 • 5.935 Palavras (24 Páginas) • 276 Visualizações
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8.1.2De enfermagem
Os aspectos de enfermagem do cuidado pré-operatório para o cliente que se submete às instruções pré-operatórias que podem ser realizadas em uma variedade de ambientes.
Incluindo a área de pré-admissão ambulatorial, o hospital ou a clinica durante a fase de pesquisa preliminar, devem orientar as instruções ao cliente direcionadas que abordem a higiene pulmonar pós-operatória, as opções de controle da dor, as restrições nutricionais, as linhas intravenosas e arteriais, os tubos (cateter de demora e, possivelmente, tubo nasogástrico) e deambulação precoce. Os clientes estiveram, em sua maioria, à espera de meses e estão ansiosos sobre a cirurgia. Ajudar o cliente a lidar com essas preocupações faz parte da função da enfermeira no manejo pré-operatório, assim como as instruções sobre o que esperar depois da cirurgia.
“No pré-operatório, os objetivos da assistência de enfermagem visam o preparo biopsicossocioespiritual do paciente e familiares / cuidadores para enfrentar o trauma anestésico-cirúrgico ao qual será submetida, a avaliação física e continuidade do tratamento. A equipe de enfermagem deve possibilitar ao paciente e familiar/cuidador o esclarecimento de dúvidas, uma vez que é o elemento da equipe de saúde que mais tempo permanece ao lado dos mesmos, sendo um elo entre a equipe multidisciplinar e os pacientes. O enfermeiro deve iniciar as orientações para o autocuidado envolvendo o paciente e a família no processo de educação “ (DUARTE et al, 2008).
8.2MANEJOS INTRAOPERATÓRIOS
A atuação da enfermagem nesse período tem como objetivos: avaliar, detectar e intervir precocemente nas possíveis complicações intra-operatórias; assegurar o posicionamento em mesa cirúrgica livre de danos devido ao tempo cirúrgico prolongado; realizar tricotomia em sala de cirurgia, utilizando tricotomizador elétrico; realizar a sondagem vesical de demora utilizando dispositivo fechado, com técnica asséptica; monitorar hemorragias e perdas de líquidos, bem como a entrada de soluções parenterais (soroterapia, hemoterapia e medicamentos); administrar hemoderivados junto à equipe da anestesia; realizar coleta de exames laboratoriais de urgência; prevenir a ocorrência de hipotermia por meio da administração de soluções parenterais aquecidas (as soluções podem ser aquecidas em microondas por até 60 segundos, evitando-se a desnaturação de seus componentes a qual ocorre quando a temperatura atinge 42ºC), utilização de insuflação de ar aquecido; prevenir a ocorrência de lesões ulcerativas por pressão (período igual ou superior a duas horas, utilizando-se dispositivos acolchoados – colchões pneumáticos, gel ou espuma), ou curativos protetores (hidrocolóide), protegendo-se as saliências ósseas (regiões occipital, escapular, cubital, sacral, calcâneos)
“A atuação da enfermagem no período intra-operatório tem como objetivos: avaliar, detectar e intervir precocemente nas possíveis complicações intra-operatórias.” (DUARTE et al, 2008).
8.3MANEJOS PÓS-OPERATÓRIOS
O período das primeiras 24h do pós-operatório do transplante renal está associado à instabilidade hemodinâmica e à necessidade de reposição parenteral de grande quantidade de líquidos. A evolução com poucas intercorrências nesse período inicial está associada à melhor sobrevida a longo prazo (DUARTE et al, 2008).
Os cuidados no pós-operatório são similares aos realizados com pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de médio porte, com ênfase na monitorização do balanço hidroeletrolítico, cuidados para prevenção de infecção, controle da dor, manutenção e estímulo da função pulmonar, deambulação precoce, restauração das funções gastrointestinais e restauração da função renal, por meio da avaliação da eliminação urinária, bem como da evolução dos exames clínicos de função renal (ureia, creatinina, sódio e potássio), administração e avaliação da terapia imunossupressora do paciente, e detecção precoce das complicações relacionadas ao procedimento cirúrgico (DUARTE et al, 2008).
O paciente, após receber o enxerto renal, está sempre correndo risco de rejeição. É necessário que o mesmo receba informações adequadas para poder conviver com a possibilidade concreta de rejeição e com o novo modo de vida que terá de assumir, agora sem as sessões de hemodiálise, mas com a dependência do uso diário das medicações imunossupressoras (LIRA; LOPES, 2010).
O transplante, embora proporcione uma melhor qualidade de vida ao libertar o paciente da máquina de hemodiálise, obriga-os a adotar um estilo de vida diferenciado em relação à alimentação, higiene, medicamentos e cuidados com a saúde (LIRA; LOPES, 2010).
O seguimento ambulatorial é uma etapa fundamental para a assistência continuada, favorecendo o sucesso da cirurgia e minimizando o risco de rejeição. Dessa forma, esses pacientes necessitam de um cuidado coordenado da equipe de transplante desde o período pré-operatório até as infinitas consultas pós-transplantes no ambulatório, recebendo orientações sobre dieta alimentar, medicação, exercícios, prevenção da infecção, dentre outros (LIRA; LOPES, 2010).
O cliente que recebe um rim de um doador vivo aparentado frequentemente fica preocupado com o doador e como este irá tolerar o procedimento cirúrgico. Se o cliente estiver recebendo um transplante de doador cadavérico, o receptor pode expressar tristeza e pesar em relação à perda de vida do doador. A enfermeira precisa manter comunicação aberta com o receptor do órgão e possibilitar a expressão de suas preocupações.
A enfermeira que trabalha em um ambiente de terapia intensiva pode fornecer cuidado ao doador de órgão que está com morte cerebral antes da remoção do órgão. A meta global consiste em preservar a função dos órgãos pela manutenção da estabilidade hemodinâmica, diminuição do risco de infecção e monitoramento dos valores laboratoriais enquanto se fornece cuidado digno ao doador e aos familiares (Flodén e Forsberg, 2009). O cuidado continuado para o doador pode ser complexo e durar várias horas. O cuidado freqüentemente fornecido em colaboração com o coordenador de obtenção de órgãos e coordenador de transplante.
O objetivo do cuidado pós-operatório consiste em manter a homeostasia até que o rim transplantado esteja funcionando adequadamente. O cliente cujo rim funciona imediatamente apresenta um prognóstico mais favorável do que o cliente cujo rim não funciona.
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