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O SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

Por:   •  16/12/2018  •  3.570 Palavras (15 Páginas)  •  376 Visualizações

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São mantidos na posição por ligamentos ovarianos fixados ao útero e estão suspensos muito próximos das tubas uterinas (DANGELO e FATINI, 2007; RICCI, 2008).

BARBOZA (2010) O tecido que forma o ovário é dividido em córtex (camada externa), medula (porção interna) e o hilo. No córtex, temos o estroma, onde podemos encontrar os folículos ovarianos, que contêm os oócitos. Os folicitos iniciam seu desenvolvimento a cada 28 dias em média, caracterizando o ciclo ovariano.

A Ovogênese

BARBOZA (2010) A ovogênese é o processo que se inicia antes do nascimento através do qual as ovogônias, células germinativas primitivas, originam ovócitos maduros após a puberdade.

Nos ovários, encontram-se agrupamentos celulares chamados folículos ovarianos de Graff, onde estão as células germinativas, que originam os gametas, e as células foliculares, responsáveis pela manutenção das células germinativas e pela produção dos hormônios sexuais femininos.

Nas mulheres, apenas um folículo ovariano entra em maturação a cada ciclo menstrual, período compreendido entre duas menstruações consecutivas e que dura, em média, 28 dias. Isso significa que, a cada ciclo, apenas um gameta torna-se maduro e é liberado no sistema reprodutor da mulher.

O ciclo ovariano compreende diversas manifestações que estão associadas a um oócito em fase de transformação e desenvolvimento na célula germinativa feminina, o óvulo, que acontece no interior das gônadas (ovários). O ciclo ovariano inicia-se quando as células foliculares (óvulo e células circunvizinhas) incham, e a série de maduração começa. O folículo que amadurece nessa etapa denomina-se folículo de Graaf (RICCI, 2008). O ciclo ovariano é mediado pela ação dos hormônios gonadotróficos (LH e FSH) e divide-se em três fases específicas: fase ou desenvolvimento folicular, ovulação e fase lútea ou formação do corpo lúteo (RICCI, 2008; MONTENEGRO; REZENDE FILHO, 2011).

Figura 2 – Aparelho reprodutor Feminino – Folículos de Graaf

A ovogênese é dividida em três etapas1:

Fase de multiplicação ou de proliferação1: É uma fase de mitoses consecutivas, quando as células germinativas aumentam em quantidade e originam ovogônias. Nos fetos femininos humanos, a fase proliferativa termina por volta do final do primeiro trimestre da gestação. Portanto, quando uma menina nasce, já possui em seus ovários cerca de 400 000 folículos de Graff. É uma quantidade limitada, ao contrário dos homens, que produzem espermatogônias durante quase toda a vida.

Fase de crescimento1: Logo que são formadas, as ovogônias iniciam a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I. Passam, então, por um notável crescimento, com aumento do citoplasma e grande acumulação de substâncias nutritivas. Esse depósito citoplasmático de nutrientes chama-se vitelo, e é responsável pela nutrição do embrião durante seu desenvolvimento.

Terminada a fase de crescimento, as ovogônias transformam-se em ovócitos primários (ovócitos de primeira ordem ou ovócitos I). Nas mulheres, essa fase perdura até a puberdade, quando a menina inicia a sua maturidade sexual1.

Fase de maturação1: Dos 400 000 ovócitos primários, apenas 350 ou 400 completarão sua transformação em gametas maduros, um a cada ciclo menstrual. A fase de maturação inicia-se quando a menina alcança a maturidade sexual, por volta de 11 a 15 anos de idade.

Quando o ovócito primário completa a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I, origina duas células. Uma delas não recebe citoplasma e desintegra-se a seguir, na maioria das vezes sem iniciar a segunda divisão da meiose. É o primeiro corpúsculo (ou glóbulo) polar1.

A outra célula, grande e rica em vitelo, é o ovócito secundário (ovócito de segunda ordem ou ovócito II). Ao sofrer, a segunda divisão da meiose, origina o segundo corpúsculo polar, que também morre em pouco tempo, e o óvulo, gameta feminino, célula volumosa e cheia de vitelo1.

2.2 Hormônios

A função hormonal está relacionada com vários mecanismos neuroendócrinos. O hormônio viaja pelo sangue até a célula-alvo, onde interage e sinaliza uma adaptação ou modificação metabólica. Os hormônios podem também ser liberados dentro das próprias células para interação nesse local (FLECK E KRAEMER, 2006. P.108).

Segundo Fleck e Kraemer (2006), as ações e os mecanismos dos hormônios e podem afetar quase toda a função fisiológica dentro do organismo.

Existem diversos hormônios no sistema endócrino. Serão abordados os hormônios responsáveis pelo sistema reprodutor feminino. Estes podem ser divididos em (GUYTON, 1984, p.872):

 Hormônio liberador hipotalâmico (GnRH);

 Hormônios da hipófise anterior: Hormônio Folículo Estimulante (FSH) e Hormônio Luteinizante (LH);

 Hormônios ovarianos: Estrogênio e Progesterona.

Hormônios liberadores hipotalâmicos (GnRH)

De acordo com Widmaier et al.(2006), toda a sequencia de controle dependente da secreção pulsátil de GnRH das células neuroendócrinas hipotalâmicas. Essa frequência e amplitude em período de 24 horas alternam-se durante o ciclo menstrual. O GnRH tem um feedback negativo nas gônadas. Tem como papel principal estimular a liberação do FSH e do LH.

CANALI e KRUEL, (2001 p.145). A regulação da secreção das gonadotropinas é bastante complexa, envolvendo elementos pulsáteis, periódicos, diurnos e cíclicos, além do estágio da vida. A sua secreção é controlada pelo hormônio de liberação das gonadotropinas (GnRH), secretado pelo hipotálamo e que age na adenohipofise.

Hormônios Folículo-Estimulante (FSH).

O hormônio folículo-estimulante (FSH) tem a função de estimular o crescimento dos folículos nos ovário, e óvulos. E produzido na adenohipofise por estimulo do GnRH. De acordo com FLECK e KRAEMER (2006), o FSH aumenta na parte inicial folicular e então diminui durante o resto do ciclo, tendo um pico no meio dele. Nas mulheres, baixas taxas de FSH estimulam a produção de estrogênio, enquanto altas taxas o inibem.

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