A Doença Celíaca e Doença de Crohn
Por: SonSolimar • 11/12/2018 • 2.964 Palavras (12 Páginas) • 331 Visualizações
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Também iremos abordar a Doença de Crohn (DC), é uma doença inflamatória crônica do trato gastrointestinal, de etiologia e patogênese ainda não inteiramente conhecidas. O padrão etiopatogênico da doença inclui suscetibilidade genética, desbalanço entre bactérias comuns e patogênicas do trato intestinal, alterações na integridade do epitélio intestinal e resposta imune desregulada pela reatividade anormal dos linfócitos T da mucosa intestinal, com produção excessiva de citocinas pró- inflamatória.
- Doença Celíaca
2.1 Definição
A DC é uma patologia autoimune e caracteriza-se por uma inflamação da mucosa do intestino delgado causada pela intolerância ao glúten e consequentemente à má absorção de nutrientes (NASCIMENTO et al 2012). As proteínas do glúten são resistentes às enzimas digestivas, resultando em derivados peptídeos que leva à resposta imunogênica em pacientes com DC. O glúten é uma substância elástica, aderente, insolúvel em água, responsável pela estrutura das massas alimentícias (ARAÚJO, 2008). É constituído por frações de gliadina e glutenina, e o trigo é o único cereal que apresenta quantidades dessas proteínas suficientes para formar o glúten. Porém essas proteínas podem estar presentes em outros cereais como cevados, centeios e aveia, nas formas, respectivamente, de hordeína, secalina e avenina. Por esse motivo a DC muitas vezes está relacionada com a baixa estatura, esterilidade, anemia por deficiência de ferro refrataria a ferroterapia oral, hipoplasia do esmalte dentário, constipação intestinal, osteoporose, artralgia ou artrite, epilepsia associada a calcificação intracraniana e câncer principalmente linfoma intestinal. Além dessas manifestações clinicas a DC também está associada com outras doenças alto-imunes, tais como dermatite hepertiforme, diabetes mellitos tipo 1, deficiência seletiva de Ig A e doenças da tireoide.
2.2 Causa
A doença celíaca é causada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados, como massas, pizzas, bolos, pães, biscoitos, cerveja, uísque, vodka e alguns doces, provocando dificuldade do organismo de absorver os nutrientes dos alimentos, vitaminas, sais minerais e água.
A doença celíaca é uma condição crônica, autoimune, que afeta o intestino delgado de adultos e crianças geneticamente predispostos. A doença causa atrofia da mucosa do intestino, causando prejuízo na absorção dos nutrientes, sais minerais e água. O corpo de quem tem o problema não possui uma enzima responsável por quebrar o glúten. Como a proteína não é processada direito, o sistema imune reage ao acúmulo e ataca a mucosa do intestino delgado. Isso causa lesões e prejudica o funcionamento do órgão.
2.3 Sintomas
Os principais sintomas são: dor abdominal, diarreia, flatulência, distensão do abdômen, fraqueza, perda ou dificuldade para ganhar peso, queda frequente de cabelo, diminuição do apetite, lesões de pele, anemia, déficit de crescimento em crianças, infertilidade. Algumas pessoas com doença celíaca não apresentam sintomas ao diagnóstico.
A DC apresenta quatro padrões de apresentação clínica: clássica, não clássica, assintomática e latente:
A DC clássica é o padrão mais frequente e manifesta-se nos primeiros anos de vida, com quadros clínicos de diarreia crônica, vômitos, irritabilidade, anorexia, emagrecimento, déficit de crescimento, dor e distensão abdominal, diminuição do tecido celular subcutâneo, comprometimento variável do estado nutricional, palidez por anemia ferropriva e atrofia da musculatura glútea.
O padrão não clássico ou atípico apresenta se mais tardiamente e as manifestações digestivas estão ausentes ou, quando presentes, são pouco relevantes. Os indivíduos acometidos pelo padrão atípico podem apresentar manifestações isoladas como: baixa estatura, anemia por deficiência de ferro refratária à ferroterapia oral, artralgia ou artrite, constipação intestinal, hipoplasia do esmalte dentário, osteoporose e esterilidade. Lähteenoja et al. acreditam que as lesões na mucosa bucal ou os defeitos no esmalte dentário podem ser os únicos sinais presentes nos casos atípicos.
O padrão assintomático ou silencioso da doença é a condição na qual os pacientes apresentam alteração do quadro histopatológico do intestino delgado proximal, porém sem sintomas.
Já o padrão latente é uma condição na qual os pacientes apresentam, num dado momento, características histopatológicas jejunais normais consumindo glúten e, em outro período de tempo, apresentam atrofia subtotal das vilosidades intestinais.
A incapacidade de digerir e processar essas substâncias pode levar à inflamação dos intestinos, deficiências vitamínicas devido à falta de absorção de nutrientes, e anormalidades intestinal.
2.4 Diagnostico
O diagnóstico da doença pode ser difícil e demorado, pois os sintomas são muito variados e constantemente associados com outras doenças.
A demora no diagnóstico leva a deficiências no desenvolvimento da criança. Em alguns casos se manifesta somente na idade adulta, dependendo do grau de intolerância ao glúten, afetando homens e mulheres.
O diagnóstico pode ser proposto pelas aparições clínicas, presença de distúrbios agregados ou testes sorológicos e laboratoriais, no entanto sua comprovação se dará somente através de apresentação de alterações histopatológicas típicas em biópsias de intestino delgado, que segue como padrão de excelência para a diagnose. Os testes sorológicos concedem rastrear de modo menos agressivo maior números de pessoas. Certificando que formas tanto mais leves quanto mais graves sejam diagnosticadas.
Biópsia do intestino delgado realizada durante exames de endoscopia digestiva. Neste exame observa-se atrofia da mucosa do intestino e aumento no número de células inflamatórias (linfócitos) no intestino do paciente (CAMARGO, 2010).
2.5 Tratamento
A dieta sem glúten é o único tratamento possível para a doença celíaca.
Quando a proteína glúten é excluída da alimentação os sintomas desaparecem. No entanto, a maior dificuldade para os pacientes é conviver com as restrições impostas pelos novos hábitos alimentares. A doença celíaca
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