O SURTO DE EBOLA

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Imagem 2 - Infográfico com os países atingidos pela epidemia

Fonte: G1

2.4 Contágio

O vírus Ebola pode ser transmitido por animais e humanos, não sendo transmitido pelo ar. Entre humanos, o contagio ocorre quando há contato com sangue, secreções e outros fluidos corpóreos de uma pessoa infectada e somente quando este apresenta os sintomas da doença.

Um fator importante para a disseminação da doença na África Ocidental são os ritos fúnebres praticados. Durantes esses ritos, que podem durar de dias a semanas, há o contato de direto com o cadáver, onde ele é abraçado, beijado, lavado, ou seja, caso a morte tenha ocorrido pelo vírus Ebola, a chance de propagação da doença torna-se potencialmente uma ameaça aos demais indivíduos da comunidade, já que, o vírus torna-se extremamente contagioso nas últimas horas antes de ocorrer o óbito.

O contagio por animais está relacionado ao manejo de chimpanzés, gorilas, morcegos, macacos, antílopes e porcos-espinhos contaminados que são encontrados mortos ou quando são usados como alimentos por essas populações.

Em humanos, as primeiras células afetadas são os macrófagos e consequentemente se dá a supressão da resposta imunitária. O vírus replica-se e posteriormente ataca os tecidos epiteliais no sistema vascular, causando danos no pericárdio e vasos sanguíneos. Os órgãos mais afetados são os rins, fígado e órgãos sexuais que acabam por ser destruídos, assim como os músculos e ligamentos. O córtex é liquidificado e uma hemorragia inicial provoca a sua morte. (MSF)

Imagem 3 - Formas de contágio

Fonte: G1

2.5 Sintomas

Normalmente os sintomas da doença surgem de dois a vinte um dias após a exposição ao vírus.

Os sintomas iniciais são inespecíficos, o que torna o diagnóstico mais difícil. Primeiramente aparecem sintomas como:

• Febre

• Fraqueza

• Dores musculares

• Dores de cabeça

• Inflamação na garganta

Após os sintomas iniciais e de forma abrupta surgem os sintomas mais específicos da doença como:

• Vômitos

• Diarreia

• Coceiras

• Deficiência hepática

• Deficiência renal

• Fadiga

• Conjuntivite

• Artrite

• Depressão

• Dores no peito

Um sinal muito importante é o aparecimento de manchas avermelhadas que sugerem um quadro de hemorrágico com um potencial para sangramentos nas mucosas como gengiva, olhos, nariz e anus. (MSF)

Imagem 4 - Sintomas da doença

Fonte: G1

2.6 Diagnóstico

O diagnóstico para a doença causada pelo vírus Ebola é de difícil definição devido aos primeiros sintomas serem inespecíficos. Mais, exames laboratoriais como a detecção de antígenos pelo método de Elisa, imunofluorescência indireta para a detecção de anticorpos monoclonais em hepatócitos ou a cultura de células podem sem empregados. (MSF)

2.7 Tratamento

O tratamento para o Ebola consiste um cuidados paliativos e terapia de apoio. Basicamente consiste em hidratação constante do paciente, monitoramento dos níveis de oxigênio e pressão sanguínea e o tratamento de possíveis infecções secundarias que possam surgir devido a supressão do sistema imunológico. (MSF)

1 INTRODUÇÃO

A epidemia de Ebola teve início na África Ocidental em dezembro de 2013 na Guiné e se propagou em diversos países do oeste do continente africano. A OMS classificou esse surto como o mais grave já registrado, seja em números de casos (26.683), como o de vítimas fatais (11.022), o fim da epidemia foi declarado em 14 de janeiro de 2016 após apresentar casos em dez países.

País Número de casos Número de óbitos

Libéria 10.564 4.716

Serra Leoa 12.492 3.904

Guiné 3.592 2.3787

Nigéria 20 8

Mali 8 6

EUA 4 0

Reino Unido 1 0

Senegal 1 0

Espanha 1 0

Itália 1 0

Total 26.683 11.022

Tabela 1 - Número de casos por países atingidos

Fonte: OMS

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 O Vírus

O vírus Ebola pertence ao gênero Filovírus, família Filoviridae. O nome filovírus significa em latim filiforme o que quer dizer que são compridos e finos.

A morfologia o vírus Ebola varia consoante a partícula viral de que se trata, ou seja, é pleomórfica, o que significa que pode surgir de diferentes formas. Normalmente tem a forma de “ U” ou baciliforme, mas também pode apresentar-se de forma circular. As partículas virais podem ter mais do que 14.000 nm de comprimento e 80nm de diâmetro. Este vírus possui uma nucleocapside helicoidal estriada, a qual apresenta ainda um canal axial. (Universidade de Évora)

O vírus Ebola possui cinco cepas (origem ou linhagem) sendo denominadas de acordo com o local onde foram isoladas primeiramente, são elas:

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