O Clausewitz
Por: Hugo.bassi • 5/2/2018 • 734 Palavras (3 Páginas) • 299 Visualizações
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lado tem seu determinado tempo para a execução de suas ações,
portanto, o interrompimento de uma ação pode ter consequências negativas para
seu executor, ou seja, o tempo não é algo desperdiçável. Somente o não
conhecimento perfeito da situação (já que cada comandante conhece perfeitamente
sua condição e sobre o adversário só uma noção de sua inteligência) ou a estratégia
de aguardar por condições melhores antes de uma determinada ação é justificável a
suspensão nessa questão do tempo, o que é muito difícil devido à consciência de
ambos os lados num cenário de polaridade, “[...]uma vez que a vitória de um lado
exclui a vitória do outro.”(CLAUSEWITZ, 1984, p. 85). Segundo o autor, a defesa é
mais vigorosa que que o ataque devido à vantagem que aquela possuí num
determinado jogo de tempo em adiar uma decisão e ao fato da polaridade não ser
aplicada à essas ações.
A duração da guerra e suas ações é importante para correção de erros e
reavaliação de estratégias: “Quanto mais lenta for a progressão da guerra e quanto
mais freqüentes forem as interrupções das ações militares, mais fácil será corrigir
um erro.” (CLAUSEWITZ, 1984, p. 88). Mesmo assim o acaso (sorte ou azar,
dependendo dos lados), de natureza objetiva ou subjetiva pode entrar em ação e a
adivinhação pode ter função essencial neste momento.
Finalizando, a guerra é um “fenômeno total”, “camaleão”, como Clausewitz
chama, que depende de uma interação que, por sua mutabilidade determina as
adaptações tentaculosas da guerra. Violência, ódio e inimizades primordiais são
enraizadas pelo autor na natureza humana e isso desdobra as peculiaridades
bélicas e os “três aspectos”: pessoas (paixões), exército (liberdade das ações
frente às circunstâncias) e governo (política).
Questões:
1) Ao estar inserido na lógica de guerra propriamente dita, Clausewitz estaria
justificando o status quo?
2) Por que o autor distancia realidade de teoria (ou ideais)
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