Globalização
Por: Sara • 3/11/2017 • 1.937 Palavras (8 Páginas) • 278 Visualizações
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Esses países asiáticos importavam muito petróleo e com a crise reduziram suas compras. Como o petróleo russo é competitivo no mercado internacional, houve significativa redução de suas vendas e as receitas cambiais da Rússia foram fortemente afetadas o que levou o presidente Boris Iéltsin a declarar em 1998 que não pagaria no vencimento os títulos de sua dívida externa, fato que gerou fortes quedas nas Bolsas de Nova York e Frankfurt, grandes patrocinadores do governo Russo (por medo da volta dos comunistas).
Ao mesmo passo da crise russa havia um escândalo correndo na Casa Branca, envolvendo o presidente Clinton e seus casos extra conjugais, o que causou um certo estancamento em suas políticas administrativas.
Brasil 1999
Em 1999, o Brasil foi afetado pelo que se chamou de efeito manada (que ocorre quando não há motivo aparente, mas todos correm na mesma direção, matando-se muitos pisoteados pelo caminho).
Nesse ano, o país sofreu um ataque especulativo e não conseguiu defender sua taxa de câmbio e acabou por desvalorizar sua moeda (como ocorreuna crise asiática de 1997).
Os mercados funcionam com base em riscos. Há pessoas que se propõe a correr riscos, outras não. Quando os riscos são mais ou menos conhecidos há uma constância no mercado, mas quando fatores capazes de atuar no mercado econômico mudam em grande velocidade e algum investidor importante se dá conta que seu risco aumentou e resolve debandar, muitos outros o acompanham sem pensar, o que causa um grande desequilíbrio econômico.
A Crise Asiática e os Problemas do Crescimento Econômico
Quando investidores em curto espaço de tempo saem de um país para outro com menos risco ocorre a geração de uma crise cambial importante.
Quando na Tailândia o risco passou de 99% de ganho e 1% de não ganho, para 80% ganho e 20% de não ganho, os investidores saíram para o Tesouro dos EUA. Mesmo com agências como a Standart&Poors e a Moody’s Investors Service apontando a Tailândia, Filipinas, Malásia e Indonésia, em 1992 a 1995, com rentabilidade de 3% a 4% ao mês e indicando-as como mais seguras que Argentina, Brasil e México (antes de 1994), não se impediu a debandada.
Esses países do sudeste asiático ficaram dependentes de financiamentos externos, os financiadores ao perceberem que o risco era maior do que estavam dispostos a assumir recusaram-se a continuar o financiamento o que gerou uma crise cambial com forte desvalorização da moeda.
A crise se espalhou a atingiu a Coréia, Taiwan, Hong Kong e chegou à Rússia com a questão do petróleo.
O Brasil foi afetado no plano financeiro (com fuga de capitais), oque enfraqueceu suas reservas e também o comércio de mercadorias, pois diminuíram as exportações para a Ásia, já que com a moeda desvalorizada, os países asiáticos apresentaram melhores condições para competir com nossos produtos tanto no mercado internacional quanto no mercado interno.
Crescimento econômico
Tanto ricos quanto pobres querem o crescimento econômico. Para os pobres significa ampliação de empregos, para os ricos é o aumento dos lucros com aumento da produção de bens e serviços. A soma de todos os bens e serviços é o Produto Interno Bruto – PIB.
O PIB quando comparado ao crescimento da populaçãopode ser maior, igual ou menor que a expansão demográfica.
Com as últimas crises da economia brasileira, a expectativa de crescimento econômico se fixou em patamares mais modestos.
Nos anos 70 o crescimento era de 10% ou mais, agora um crescimento de 3% é considerado satisfatório. Quando o índice é negativo estamos diante de recessão, aliás, pode haver recessão mesmo com crescimento de 1 ou 2% quando ele não representa o crescimento da população, ou seja, a população aumenta e a renda per capita diminui. Para os economistas os anos 80 e 90 são chamados de década perdida, pois não houve crescimento, as pessoas mantiveram a mesma riqueza per capita.
Quando ocorre crescimento a demanda cresce, se a oferta de produtos não acompanha há aumento de preço e pode causar pressão inflacionária.
A inflação aponta, em economias desenvolvidas, que o crescimento econômico atingiu seu ponto máximo.
Ciclos Econômicos
Economias de mercado atravessam fases de expansão alternadas com períodos de contração ou ciclos que podem ser longos, médios e curtos.
Um ciclo é composto de várias fases: recuperação, prosperidade, desaquecimento, contração e recessão.
Desaquecimento e recessão acarretam muito desemprego, matérias primas encalhadas e preços em queda, geralmente ocorrem queimas de estoques com liquidações.
Com os preços muito baixos, os empresários compram a preços módicos e vislumbram alguma lucratividade em função de custos mais baixos. A produção começa a crescer podendo gerar uma onda de otimismo.
As empresas podem estar com a capacidade instalada em ociosidade o que poderá dar conta do aumento da demanda sem aumento de preços e sem pressões inflacionárias.
Além disso, o mercado altamente globalizado, com fornecedores espalhados por todo o mundo, facilita o acesso à matéria prima, que poderá ser buscada por um preço acessível em todo o mundo.
Outro fator que favorece o empresário é que em períodos de desemprego a exploração da força de trabalho aumenta, já que por medo do desemprego se trabalha mais por menos.
O ciclo de expansão se inicia quando o otimismo aumenta com o crescimento econômico, aumento do emprego, com isso os bancos passam a procurar clientes oferecendo crédito.
Se os estoques de matéria prima e mão de obra se aproximarem da exaustão, o preço tende a aumentar. No caso do capital financeiro esse preço é a taxa de juros.
Quando essa escassez se acentua, o mercado financeiro se recolhe e passa a reduzir os empréstimos e mesmo assim, oferece altas taxas de juros. Os empresários podem reduzir investimentos, tudo leva para uma reação em cadeia. Com a falta de investimentos a economia sofre um desaquecimento que pode resultar em uma recessão ou se aprofundar em uma depressão (como a de 1929).
Um crescimento muito eufórico pode gerar
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