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A Revolução Keynisiana

Por:   •  4/8/2018  •  1.965 Palavras (8 Páginas)  •  251 Visualizações

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Keynes acreditava que o equilíbrio orçamentário preconizado pelos economistas clássicos seria um fator alimentador das recessões. A queda da renda agregada induz a redução do volume de impostos que inibe os gastos com investimento e também corte de gastos criando uma recessão mais profunda. A preocupação principal de um governo não deveria ser o equilíbrio fiscal mas sim o desemprego.

Keynes não negligenciou o papel da moeda, tendo esta papel relevante na Teoria Geral. Tanto a poupança como o investimento são influenciados pela taxa de juros. A oferta e a demanda de moeda determinam a taxa de juros. Com o intuito de alavancar os investimentos privados e em conjunto com a renda e o emprego, a política monetária tem papel preponderante no sentido de manter em níveis baixos a taxa de juros.

Na Teoria Geral, Keynes tinha dúvidas se a política monetária , de influência na taxa de juros, adotada pelos bancos centrais no inicio do século XX, seria pratica suficiente para evitar redução da atividade econômica e consequentemente a recessão. A crítica de Keynes não é no âmbito da relevância na política monetária, mas que esta para ser mais altiva deveria inserir uma maior participação de títulos de longo prazo.

No que concerne aos preços com relação ao seu papel na esfera internacional, Keynes irá inverter a visão de Marshall, ou seja, o mecanismo de ajuste de quantidade e preços. Segundo a colocação de Keynes, a redução da demanda agregada estaria ligada a um ajuste nas quantidades, isto é, no produto real e no nível de emprego. O foco analítico da Teoria Geral é um norteador para que os economistas assumam um caráter mais forte frente as variáveis macroeconômicas.

Keynes teve sucesso em suas investidas, pois se rompe o “status quo” do pensamento da época em que se procurava um refúgio na academia a enfrentar os problemas reais. Com isso, conseguiu propagar um novo conceito político. A Teoria Geral teve uma grande influência sobre o pensamento econômico rompendo paradigmas pré-estabelecidos . Cabe ressaltar o seu peso pragmático e não somente teórico, em que observamos políticas como o New Deal de Roosevelt e a própria criação do FMI e do BIRD na conferência de Bretton Woods nos USA em 1944.

Keynes possuía sapiência que a economia daquele momento estava repleta de variáveis e seu equilíbrio nas mesmas premissas emanadas pelo pensamento clássico não haveria de prosperar. A intervenção do Estado era condição primeira, de vital relevância para sua preservação. Keynes tinha preocupações de encontrar caminhos no sentido de preservar o sistema capitalista; ao estado caberia evitar tal degradação e a destruição total das instituições da época.

Uma das maiores injustiças a Keynes foi que ele tinha a ideia de estatizar a economia. Havia uma certa dificuldade no tocante a um consenso das ideias de Keynes, pois a nova concepção de seu pensamento trouxe à tona reflexões de seu caráter radical, intolerante.

Importante salientar a característica de Keynes como um homem público preocupado com os reflexos negativos na sociedade oriundos das crises cíclicas do capitalismo. O Estado tem um papel importante no sentido de complementar as carências de demanda no setor privado. Keynes considera a intervenção do Estado na economia mas é contra a argumentação e as bases conceituais do modelo socialista, em que os meios de produção eram controlados pelo estado.A sua ideia era encontrar formas de preservar o sistema capitalista.

Segundo Keynes, caberia ao Estado atuar no lado da procura, induzindo os gastos do governo no momento em que a carência da demanda efetiva estivesse bem evidente. Não aceitava o Estado como produtor de bens e serviços confrontando com o setor privado. As suas ideias emergem no sentido de que seu modelo ofertava algo novo.

O modelo econômico clássico vigente , sob a égide monetarista não atende, isto é, não reponde às demandas e necessidades da economia naquele momento,não consegue explicar a crise do capitalismo que se instaurou na depressão de29. As novas ideias vem trazer uma nova interpretação, novas alternativas no sentido de provocar uma expansão do emprego e na produção de bens.

Nesse contexto, a Teoria Geral irá romper paradigmas, provocando conflitos com as teses econômicas vigente. Um gradual desinteresse pela Teoria Geral alicerçado na concepção de pensadores pós – keynesianos emerge após a publicação da Teoria Geral. Plantou-se uma ideia de que a obra original estava fadada a pesquisas de caráter histórico e que o economista moderno não precisaria consulta-la.

O objeto de análise é a depressão dos anos 30. Keynes enfatiza que a crise não poderia ser “curada” com os métodos adotados até então, cabendo ao Banco Central assumir as operações de mercado e caso não conseguisse suprir as demandas o governo deveria intervir através da política fiscal.

Observou que as demandas econômicas eram mais relevantes que as políticas.

Segundo Keynes, “ preços estáveis e níveis altos de emprego eram mais desejáveis do que estabilidade do valor da libra no comércio exterior”.

Segundo Keynes, “Quando a poupança excedesse o investimento, a atividade econômica declinaria, se ocorresse o contrário, a atividade econômica expandir-se-ia” Havia ainda nesse período, 1930, uma crença por parte do governo nos fundamentos da oferta/procura e que a recessão era uma crise de mercado, ou seja, a oferta, a produção, criava a sua própria demanda.

A Teoria Geral se fundamenta em algumas premissas tendo como “pano de fundo” as razões do desemprego. Nesse contexto, Keynes analisa a preferência pela liquidez , a eficiência marginal do capital ( taxa interna de retorno), o multiplicador, o investimento e a propensão a consumir. Desenvolve uma nova concepção , isto é, o equilíbrio abaixo do nível do pleno emprego. Caso houvesse uma redução da demanda agregada, ocasionada pela retração do investimento a renda cairia provocando uma redução da poupança a tal ponto que a vontade de poupar se equilibrasse ao desejo de investir.

Keynes, no tocante ao investimento apregoava que o volume de gastos tinha uma relação direta com a taxa de retorno esperado e o custo. Nesse contexto, ao se reduzir a taxa de juros e não havendo alterações nas expectativas de lucros das empresas, o volume

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