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Motivação

Por:   •  29/1/2018  •  2.921 Palavras (12 Páginas)  •  255 Visualizações

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Não se pode negar que ambas as perspectivas se complementam e ajudam a explicar a complexidade do comportamento humano; no entanto, devido às suas limitações no esclarecimento de comportamentos mais complexos, grande parte da pesquisa científica atual se desenvolve no âmbito da motivação como atração.

Uma compreensão da motivação como força de atração não pode deixar de levar em conta as preferências individuais, uma vez que diferentes pessoas vêem diferentes objetivos como mais ou menos desejáveis. Um mesmo objetivo pode ser buscado por diferentes pessoas por diferentes razões: uma deseja mostrar seu desempenho, outra anseia ter influência sobre outras pessoas (poder), etc. A essas preferências relativamente estáveis no tempo dá-se o nome de motivos.

O escritor gaúcho Luiz Fernando Veríssimo, escreveu a seguinte crônica acerca da motivação:

Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...

Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:

"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso?

- Ainda bem que esse infeliz morreu!

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.

A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?

No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO!

Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida.

Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo.

"Sua vida não muda quando seu chefe muda, quando sua empresa muda, quando seus pais mudam, quando seu(sua) namorado(a) muda. Sua vida muda quando você muda! Você é o único responsável por ela."

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda". (VERÍSSIMO. Luiz F; http://www.vitalves.com/2009/09/faleceu-ontem-pessoa-que-atrapalhava.html)

A motivação vem para clarear e desafogar, fazer ou proporcionar mudança para que funcionário e empresa saiam ganhando sem adoecer.

As mudanças são sempre complicadas. Mudar requer disponibilidade. Mudança, mais que disponibilidade, requer flexibilidade. E como dia o poeta e rapper Gabriel O Pensador:

“...Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente.

A gente muda o mundo na mudança da mente.

E quando a mente muda a gente anda pra frente.

E quando a gente manda ninguém manda na gente.

Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura.

Na mudança de postura a gente fica mais seguro, na mudança do presente a gente molda o futuro!

Nem sempre a fraqueza que se sente quer dizer que a gente não é forte.

Portanto, seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo...”

(Até Quando? O PENSADOR. Gabriel; SHUR. Itaal; MOCOTÓ. Tiago).

Vejamos teorias que defendem a mudança como fonte de motivação.

MURRAY: NECESSIDADES E MOTIVOS

Henry Murray descreveu dois tipos de necessidades: as necessidades primárias, fisiológicas, e as secundárias, aprendidas no decorrer da vida, de acordo com estruturas físicas, sociais e culturais do ambiente. As necessidades secundárias são definidas apenas pelo fim a que elas se direcionam e não por características superficiais do comportamento observável. Correspondente às necessidades, que são internas, Murray postula a existência de uma pressão do lado do ambiente ou da situação: é a atração ou repulsa geradas pelo ambiente no indivíduo. De uma maneira fenomenológica ele diferencia dois tipos de pressão: a pressão alfa é a exercida objetivamente pela situação, pressão beta é a exercida pela situação tal qual o indivíduo a percebe. Por dar às necessidades secundárias (muitas vezes chamadas de motivos) um caráter disponível, a teoria de Murray faz ponte entre a psicologia da personalidade e a motivação. (SPECTOR. Paul E; PSICOLOGIA NAS ORGANIZAÇÕES, 2ª edição, ed. Saraiva, São Paulo-SP, 2005, p. 21).

MASLOW E A PIRÂMIDE DAS NECESSIDADES

Abraham Maslow, psicólogo humanista, propôs uma classificação diferente das necessidades. Para ele há cinco tipos de necessidades: necessidades fisiológicas, necessidades de segurança íntima (física e psíquica), necessidades de amor e relacionamentos (participação), as necessidades de estima (autoconfiança) e necessidades de autorrealização. Essa nova classificação permitiu uma nova visão sobre o comportamento humano, que não busca apenas saciar necessidades físicas, mas crescer e se desenvolver. (FRAGER. Robert; FADIMAN. James; TEORIAS DA PERSONALIDADE, ed. Harbra, São Paulo-SP, 1986, p. 204).

A TEORIA DE CAMPO DE KURT LEWIN

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