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LIDERANÇA

Por:   •  19/4/2018  •  3.400 Palavras (14 Páginas)  •  217 Visualizações

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Soto (2002) estabelece competência em três conceitos diferentes: competência em si, competência diante dos outros e competitividade.

- Competência em si: grau de preparação teórica, técnica e moral que constitui o perfil profissional particular de cada pessoa.

- Competência diante dos outros: é o exercício pelo qual a minha competência enfrenta outras competências em disputa por um mesmo benefício.

- Competitividade: conjunto de condições ótimas, derivadas da competência em si e da experiência ante os outros, para ter êxito na consecução dos objetivos.

Segundo Soto (2002), a competitividade é uma questão de sobrevivência, é a forma de aprender e crescer para enfrentar o ambiente e os desafios com êxito, dentro de um processo de mudança, desenvolvimento e melhoria contínua.

A diferença entre competitividade e competição é que na competição seria estabelecer uma relação ganha-perde, já competitividade significa uma medida de satisfação do consumidor em um mercado globalizado. Portanto, competitividade é uma estratégia de sobrevivência de médio e longo prazo. A competitividade não implica uma luta entre as partes, pois seus principais valores estão em “o que fazer” para a consecução da produtividade e serviço visando à satisfação do cliente, da sociedade e da própria empresa, diz Segundo Soto (2002).

Já na década de 50, Klemp Jr.(1999) definiu competência como “uma característica subjacente do indivíduo que resulta em desempenho efetivamente superior em um dado cargo”.

Desta maneira, entendemos competência como um agregado de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionadas que afetam mais significativamente o desempenho de um papel, objetivando a agregação de valor aos resultados organizacionais. Portanto, na atuação profissional, há competência apenas quando há competência de ação. É o saber (conhecimento), saber fazer (habilidade), querer fazer (atitude) e, principalmente, saber fazer acontecer.

O CHA - conhecimentos, habilidades e atitudes é um conjunto de capacidades humanas que justificam um alto desempenho, acreditando-se que os melhores desempenhos estão fundamentados na inteligência e personalidade das pessoas. Em outras palavras, a competência é percebida como estoque de recursos que o indivíduo detém. Embora o foco de análise seja o indivíduo, a maioria dos autores que escreve sobre competência sinaliza a importância de se alinhar as competências às necessidades estabelecidas pelos cargos ou posições existentes nas organizações diz Fleury (2000).

Hoje se discute, também o CHAE – Conhecimento, Habilidade, Atitude e capacidade de Entrega.

Elementos do CHA:

Conhecimento (saber o quê): tem como foco principal o saber. É baseado em conhecimentos técnicos, escolaridade e cursos realizados os domínios do conhecimento são constituídos de três partes: o cognitivo, o afetivo e o psicomotor. “O domínio cognitivo inclui os objetivos vinculados à memória ou recognição e ao desenvolvimento de capacidades e habilidades intelectuais”. O segundo domínio envolve os objetivos que descrevem mudanças de interesse, atitudes e valores, o desenvolvimento de análise e ajustamento adequados. O terceiro se refere à área das habilidades manipulativas ou motoras (BLOON et al., 1972, p. 7).

Nonaka e Takeuchi (1997, p. 7) citam dois tipos de conhecimento, o tácito e o explícito. O tácito é “altamente pessoal e difícil de formalizar, o que dificulta sua transmissão e compartilhamento com outros [...] estando enraizado na ação e experiência do indivíduo, bem como em suas emoções, valores ou ideias”. O conhecimento tácito pode ser segmentado em duas extensões: elementos cognitivos e elementos técnicos.

Os elementos cognitivos estão centrados em “modelos mentais” – esquemas, paradigmas, perspectivas, crenças e pontos de vista –, isto é, são referências pessoais que o indivíduo cria sobre o mundo para estabelecer e manipular analogias que o levem a compreender a realidade. Nos elementos técnicos do conhecimento implícito, por sua vez, estão inclusos know-howconcreto, técnicas e habilidades.

O conhecimento explícito é transmitido em linguagem formal, sistemática, e é facilmente processado por um computador, transmitido eletronicamente ou armazenado em bancos de dados. Podem ser distintos o conhecimento do indivíduo, do grupo, da organização e da rede de organizações interagentes.

Para Morin (1999, p. 21), o conhecimento é:

- Uma competência (aptidão para produzir conhecimentos).

- Uma atividade cognitiva (cognição), realizando-se em função da competência.

- Um saber (resultante dessas atividades).

Ainda segundo Morin (1999, p. 20), as competências e atividades cognitivas humanas necessitam de um aparelho cognitivo, o cérebro, que é uma formidável máquina biofísico-química, e este necessita da existência biológica de um indivíduo.

Na teoria cognitiva a mente é o objeto de estudo. A psicologia cognitiva, por exemplo, estuda os processos de aprendizagem e de aquisição de conhecimento.

Os estímulos ou eventos acionam as crenças, as crenças provocam os pensamentos e os pensamentos provocam as sensações e as emoções responsáveis pela definição dos comportamentos.

Os pensamentos podem ser conscientes/manifestos (raciocínio) ou automáticos, advindos das crenças que são inconscientes. Pensamentos automáticos são pensamentos com caráter avaliativo do evento e podem ser considerados como um nível mais superficial de cognição (fluxos de pensamentos que coexistem com um nível de pensamento mais manifesto).

A partir da tentativa de dar sentido as coisas do mundo, surgem as crenças. E são elas que fundamentam as interpretações que fazemos dos eventos que acontecem ao nosso redor. As crenças interagem e criam um mapa sobre quem é o indivíduo, o que é o mundo para o indivíduo e como se articulam. São as crenças que desencadeiam os pensamentos que o indivíduo tem acerca de quem é, ou ainda, como é o mundo para ele, quem é o que no mundo e como deve se relacionar, avaliar o que o outro merece, o que ele merece.

São essas interpretações que fazemos das coisas e eventos que estão a nossa volta, que regem o nosso estado emocional. Na medida em que interpretamos, fazemos a atribuição

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