Inovação e Pseudoinovação

...

O ambiente organizacional faz parte dos fatores externos dessa equação, pois é o local real ou virtual onde o trabalho é pensado e realizado. Há ambientes que auxiliam o processo criativo e outros que constroem muralhas que precisam ser vencidas. Nem sempre os ambientes naturais são os mais adequados no aspecto da qualidade e produtividade. Gestores experientes devem promover esse processo. As empresas que operam com o modelo burocrático de administração não traduzem o ambiente mais favorável ao processo criativo, sufocando-o e enviando para a clausura os inovadores organizacionais. O que os gestores precisam fazer é não destruir nas pessoas os processos criativos que se iniciam, pois naturalmente ocorrerão com muitos erros e medos, e é óbvio que deverão ser minimizados, mas jamais negar-lhes a existência.

Certas culturas organizacionais não propiciam o desenvolvimento dos processos inovadores. Elas se diferenciam entre si, moldam e são moldadas pelas circunstâncias ambientais e pelos seus colaboradores e dirigentes. E essa dificuldade se inicia desde o início da alfabetização da grande parte da população, o que no futuro gera a dificuldades de se encontrar gente disposta e preparada para pensar diferente quando a primeira organização fora do ambiente familiar – a escola - está infectada com o vírus não pense. O sistema educacional reforça as angústias e virtudes do modelo burocrático, o local de pesquisa, de ensino, de questionamento, da busca do novo e do pensamento, acolhe o modelo que tem em sua essência o propósito de inibir todos esses processos. Para inovar é necessário correr riscos. O objetivo é minimizá-los, porém, eliminá-los é uma utopia. Além do risco é necessário que a organização tenha pessoas competentes e criativas. Encontrá-las e mantê-las é o desafio.

A sugestão aprender um novo idioma, a tocar um instrumento musical, realizar um curso fora de sua área de atuação profissional, são exercícios mentais que ajudam a criar novas sinapses, e preparam a mente para produzir novas ideias. São atitudes que devem ser incentivadas sempre que surja a oportunidade, pois como abordado no livro, essas atividades trarão o adubo que a terra árida da inovação precisa. Lembrando sempre de observar o nosso estado emocional, pois O bom humor auxilia a baixar as defesas da mente, rompe os bloqueios e ajuda a não preocuparmos exageradamente com regras, exigências práticas ou em sabermos se estamos certos ou errados. Um dos resultados da brincadeira é o prazer, que é uma das motivações mais poderosas que conhecemos.

Outra abordagem frisada no decorrer da obra é a questão da atividade física, pois é ela que nos dá disposição, aumenta a oxigenação do nosso cérebro e auxilia-nos a liberar substâncias favoráveis ao bom humor. Pessoas felizes, bem resolvidas, produzem mais e melhor.

Tudo que vier a trazer bem-estar ao indivíduo, irá propiciar a sua produção. Tanto o sentimento, o ambiente, sua saúde, sua alimentação. Para criar é necessário estar em equilíbrio, não tem como colocar o que nos atrapalha em uma caixa, e simplesmente ignorar. Os problemas nos afetam sim, logo irá afetar a nossa produção e criatividade.

E sempre que possível, fomentar o conhecimento. É necessário alimentar a mente: ler, pesquisar, viajar, ter conversas construtivas. Como o livro demonstra a inovação não surge do nada, é necessário plantar boas sementes, através de preparação e estimulação. Além de que, ter boas ideias requer tempo. E não importa o locar, a qualquer momento elas podem surgir, as inspirações, os insigths e as ideias estão em toda parte e fluem a qualquer hora.

Ressaltando a necessidade de se ter a quantificação, que muitas vezes é deixada em segundo plano, pois se esquecem que muitos empresários e executivos desejam respostas claras e rápidas a duas questões cruciais: quanto custa e quando retornará o capital investido. Se essas informações não estiverem disponíveis, corre se o risco de toda ideia ser deixada para trás, assim como aquele que apenas cria e não se certifica que há racionalidade e utilidade da inovação para empresa. O índice de sucesso das criações é relativamente desconfortável se comparado com os índices financeiros estabelecidos o que, talvez, contribua para o posicionamento de não medir os resultados. Medir e comparar a inovação abre as portas para o mundo cartesiano: receitas, custos, tempo, podem ser vislumbrados sob a ótica quantitativa. As bases para comparação eclodiram a partir da premissa de que entre cem ideias que surgem, uma sobreviverá e poderá pagar os custos de todas as demais.

A inovação tem a capacidade de agregar valor aos produtos da empresa, trazendo uma diferenciação, mesmo que momentaneamente, no ambiente competitivo. A inovação é ainda mais importante em mercados com abundância de commodities, como as que apresentam um elevado nível de concorrência e cujos produtos são praticamente equivalentes entre os concorrentes.

Aqueles que inovam neste contexto, seja fazendo inovação incremental (pequenas melhorias contínuas em produtos ou linhas de produtos) ou radical no produto, processo ou modelo de negócio. A empresa que inova está em vantagem sobre as outras.

Inovações são importantes porque permitem às empresas alcançar novos mercados, aumentar a receita, realizar novas parcerias, aprender novos conhecimentos e aumentar o valor de suas marcas.

Sabendo das ferramentas que alimentam a criação, resta agora direcionar toda essa energia de inovar em um foco. Direcionar esse conhecimento ao que a empresa precisa para se despontar no mercado, e inovar sua plataforma de atuação. Proporcionando para si os lucros almejados, o reconhecimento aos colaboradores dessa conquista e aos clientes a satisfação de adquirir o produto e ou serviço dessa empresa.

Sendo que com o conhecimento do que é repassado através dessa obra, é visto que ela é não somente uma ferramenta profissional, como pessoal. Pois se podemos nos aperfeiçoar a cada dia e nos transformarmos em nossa melhor versão, o que trará melhoria em todos os âmbitos da vida, o sucesso profissional e crescimento financeiro será apenas reflexo de nossa aprimoração.

Com a infinidade de opções que as pessoas possuem para realizar qualquer atividade e/ou adquirir produtos, a necessidade de inovar e se diferenciar dos concorrentes