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Exposição à Conversão e Exposição Econômica

Por:   •  4/12/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.708 Palavras (7 Páginas)  •  214 Visualizações

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INTRODUÇÃO

EMNs podem gerenciar a exposição de suas transações internacionais às oscilações da taxa de câmbio de várias maneiras. Entretanto, mesmo se transações internacionais estiverem protegidas, os fluxos de caixa e o balanço das EMNs ainda assim poderão ser sensíveis às oscilações das taxas de câmbio.

Esse fenômeno pode ser definido por “exposição à conversão” e “exposição econômica”, a depender do que está sendo estudado.

Ao gerenciar racionalmente a exposição econômica e a exposição à conversão, os gestores financeiros poderão aumentar o valor das suas EMNs.

DEFINIÇÕES

❏ “EXPOSIÇÃO À CONVERSÃO” / ”RISCO CAMBIAL”

Fenômeno em que mudanças no valor de uma moeda em relação a outra distorcem transações feitas em moeda estrangeira.

❏ “EXPOSIÇÃO ECONÔMICA”

O grau em que uma empresa é afetada por mudanças nas taxas de câmbio.

Os conceitos são semelhantes, já que demonstram o lucro ou prejuízo consequente de transações em várias moedas, mas não devem ser confundidos.

EXPOSIÇÃO À CONVERSÃO

A exposição à conversão ocorre quando uma EMN converte para sua moeda nacional os dados financeiros de cada empresa subsidiária durante a análise de balanço. Mesmo que a exposição à conversão não afete os fluxos de caixa, esta é uma preocupação de muitas EMNs por poder reduzir seus lucros consolidados e, portanto, causar um declínio no preço de suas ações. Desta forma, algumas EMNs poderão considerar fazer a proteção da exposição à conversão.

Quando se fala em “proteger-se” da exposição econômica e/ou da exposição à conversão, o caminho mais utilizado é o hedging (cobertura).

O hedging consiste na criação de “contratos a termo” ou “contratos de futuro”. Através deles, EMNs podem vender a termo moedas que suas subsidiárias estrangeiras recebem como lucros. Dessa maneira, criam uma saída de caixa em moeda para compensar os lucros recebidos nessa moeda.

EXEMPLO DE HEDGING

Uma EMN com base nos EUA (dólar) possui apenas uma subsidiária, localizada na Alemanha (euro). Por serem nações com moedas diferentes, a EMN está exposta à exposição à conversão e pode implantar um hedging para evitar distorções no balanço.

Digamos que a subsidiária prevê que seu lucro anual será de 20 milhões de euros e que esse valor deverá ser enviado de volta para os EUA. A EMN está preocupada que o valor desses lucros seja reduzido após a conversão para dólar, caso a taxa de câmbio do euro cair durante o ano. Para proteger-se dessa exposição à conversão, a EMN poderá implantar um hedging com contrato a termo sobre os ganhos esperados, vendendo 20 milhões de euros em um contrato a termo de um ano. Se o euro depreciar, então a EMN poderá adquirir euros no final do ano para cumprir o contrato a termo a uma taxa mais barata. Portanto, ela terá gerado um rendimento que poderá compensar a perda devido à conversão.

O nível exato do rendimento gerado pelo contrato a termo dependerá da taxa à vista do euro no final do ano fiscal. Sob cenários em que o euro deprecie, a perda da conversão será, de certa forma, compensada pelo ganho gerado da posição no contrato a termo.

EFEITOS DO HEDGING

A exposição à conversão poderá ser reduzida vendendo a termo a moeda estrangeira utilizada para medir o rendimento da subsidiária.

Se a moeda estrangeira se depreciar perante a moeda nacional, o impacto adverso sobre o balanço poderá ser compensado pelo ganho sobre a venda a termo dessa moeda. Se a moeda estrangeira se apreciar ao longo do período de tempo em questão, haverá uma perda sobre a venda a termo. Essa perda, porém, é compensada pelo efeito favorável dos ganhos consolidados.

No entanto, muitas EMNs não estarão satisfeitas com um “ganho em papel” (nominal, já que consiste apenas em conversão de moeda). O fluxo de caixa líquido da controladora não será afetado positivamente caso o hedging dê certo. Do contrário, caso a proteção falhe, a perda resultante será real; o fluxo de caixa será reduzido.

LIMITAÇÕES DO HEDGING

Há três limitações na proteção da exposição à conversão:

1) Previsões Inexatas de Ganhos: Os lucros previstos pela subsidiária não são garantidos. No exemplo anterior, os ganhos alemães projetados foram de 20 milhões de euros. No entanto, se os ganhos reais forem maiores e/ou se o euro se enfraquecer durante o ano, a perda devido à conversão possivelmente excederá o ganho gerado pela estratégia do contrato a termo.

2) Contratos a Termo Inadequados para Algumas Moedas: Os contratos a termo não estão disponíveis para todas as moedas. Portanto, uma EMN com subsidiárias em países menores poderá não conseguir contratos a termo para as moedas em questão.

3) Distorções de Contabilidade: As perdas de conversão não são dedutíveis de impostos, ao passo que os ganhos sobre contratos a termo utilizados para a proteção da exposição à conversão são tributados.

EXPOSIÇÃO ECONÔMICA

A exposição econômica representa qualquer impacto de flutuações da taxa de câmbio sobre os fluxos de caixa futuros de uma empresa. Os fluxos de caixa de empresas podem ser afetados pelas oscilações da taxa de câmbio de maneira não diretamente associada com transações estrangeiras (diferenciando-se, assim, da exposição à conversão). Portanto, as empresas não poderão simplesmente se concentrar em fazer o hedging de seus pagamentos ou recebimentos em moeda estrangeira, mas deverão também procurar determinar como seus fluxos de caixa serão afetados

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