A EUTROFIZAÇÃO
Por: Jose.Nascimento • 26/11/2018 • 1.626 Palavras (7 Páginas) • 268 Visualizações
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- TIPOS
- Eutrofização natural
A eutrofização é um processo natural de envelhecimento das massas de água (lagos, ou albufeiras) motivado pela acumulação de matérias de origem mineral ou orgânica trazidas por cursos de água e por águas drenantes da bacia hidrográfica. Conseqüentemente há uma evolução para o estado eutrófico, caracterizado por uma capacidade de produção biológica acima dos níveis normais. Os sucessivos depósitos vão assoreando e transformam-se em pântanos que evoluem para um ecossistema terrestre. Porém, para que este processo ocorra de forma natural são necessárias milhões de anos.
- Eutrofização cultural
Embora a eutrofização natural seja um processo lento ocorrido na natureza, pode ser acelerado (eutrofização cultural) através do lançamento de macronutrientes (N e F) advindos das atividades humanas, o que causa um enriquecimento das massas de água. A ação do homem intensifica de forma considerável os fenômenos naturais, gerando graves conseqüências. Dentre as ações antrópicas que mais contribuem para acelerar o processo de eutrofização destacam-se: Despejo de esgotos domésticos ou indústrias sem tratamento; Desmatamento; Criação de áreas agrícolas; Destruição das matas ciliares; Industrialização; Implantação de cidades; excessivas utilizações de adubos e pesticidas; Obras hidráulicas que impliquem ao aumento do tempo de residência das massas de água.
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- CAUSAS
O problema da Eutrofização tem como ponto de partida o acúmulo de nutrientes dissolvidos na água por ejeção de adubos, fertilizantes, detergentes e esgoto doméstico sem tratamento prévio que provocam o aumento de minerais e, conseqüentemente, a proliferação de algas microscópicas que se localizam na superfície.
Outra grande fonte de nutrientes vem da água usada para irrigação em fazendas, com uso de adubos e pesticidas, muitas substâncias e nutrientes, como sulfatos e nitratos, ficam dissolvidos na água, e acumulam-se no corpo d’água mais próximo.
Deste modo, cria-se uma camada espessa de algas que impossibilitam à entrada de luz na água e impede a realização da fotossíntese pelos organismos presentes nas camadas mais profundas, o que ocasiona a morte das algas, a proliferação de bactérias decompositoras e o aumento do consumo de oxigênio por estes organismos. Conseqüentemente começa a faltar oxigênio na água o que gera a mortandade dos peixes e outros organismos aeróbicos. Na ausência de oxigênio, a decomposição orgânica torna-se anaeróbica produzindo gases tóxicos, como sulfúrico (cheiro forte característico do fenômeno).
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- CONSEQÜENCIAS
A eutrofização causa a destruição da fauna e flora de muitos ecossistemas aquáticos, transformando em esgotos a céu aberto. Esse cenário permite a proliferação de inúmeras doenças causadas por bactérias, vírus e vermes.
As mudanças ocorridas no processo Eutrofização podem prejudicar o equilíbrio ecológico do ecossistema existente nas águas no local, provocando a morte de peixes e aumento de outras formas de vida como, por exemplo, as algas. A água pode ter gosto ruim, cor e odor que tem um impacto negativo sobre o turismo.
Os principais impactos à qualidade da água associado com a eutrofização são as algas nocivas (escumas, verde-azuis, sabor e odor, visual); excessivo crescimento de macrófitas (diminuição do espelho d’água) perda de transparência; baixo nível de oxigênio dissolvido (perda do habitat e do alimento dos peixes); excessiva produção de matéria orgânica e outros.
Um excesso de nutrientes pode, as vezes, acelerar o crescimento de algumas espécies de filoplâneton que produzem toxinas, estas toxinas podem causar a morte de outras espécies vivas, como por exemplo, os peixes viveiros. Os moluscos e os crustáceos acumulam as toxinas quando comem o filoplâneton e estas toxinas podem, então, passar para os humanos quando os consomem. Isso causa geralmente pequenos desarranjos gástricos, mas casos raros, estas toxinas podem provocar paragens respiratórias que, as vezes, são mortais.
O aumento da cinobactérias (organismos tóxicos), por exemplo, compromete a qualidade destinada ao abastecimento público. O processo de eutrofização não é apropriado para o consumo humano. O consumo desta água pode provocar doenças e graves problemas de saúde, podendo até mesmo levar o individuo a morte.
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- MEDIDAS PREVENTIVAS
A eutrofização pode ser combatida essencialmente em dois níveis:
- Evitar a entrada nos cursos de água de elevadas quantidades de nutrientes e sedimentos (longo prazo):
- Identificar as principais fontes de eutrofização, com destaque para as do dia-a-dia;
- Proibir o uso de detergentes fosfatados, pois o fosfato é um dos principais nutrientes responsáveis pelo desenvolvimento do fitoplâncton;
- Modernizar os processos de tratamento das águas residuais, que permitam recolher a maioria dos nutrientes, evitando a eutrofização a jusante do ponto de descarga;
- Controlar as águas de escorrência das explorações agrícolas e pecuárias, pois apresentam elevadas concentrações de nutrientes; os sedimentos das áreas de construção e extracção mineira que contribuem para o aumento da turbidez dos cursos de água e a erosão das ribeiras, com reposição da vegetação ribeirinha, e controlo da erosão nos vales, para reduzir o transporte de sedimentos em suspensão.
- Implementar medidas de recuperação de lagos e cursos de água eutrofizados:
- Tratamentos químicos à base de herbicidas, pouco eficazes, uma vez que são necessárias grandes concentrações para destruir o fitoplâncton, tornando-se extremamente tóxico para os outros seres vivos. O sulfato de cobre tem sido utilizado em alguns locais de captação de água para impedir o crescimento do fitoplâncton. Contudo, sabe-se que este composto, mesmo em concentrações muito baixas, é extremamente tóxico para a maioria dos organismos, pelo que os efeitos a longo prazo poderão ser catastróficos;
- Arejamento artificial – introdução de oxigênio, através de uma rede de tubos plásticos
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